Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 26 de junho de 2024

Por Beth Gaspar em 15 de junho de 2022

Ensino Superior em Estado de Greve articula movimento nacional por reajuste e condições de trabalho

Professores e pessoal administrativo no Ensino Superior privado estão em estado de greve no Estado de São Paulo. Essa foi decisão das assembleias convocadas pelos sindicatos integrantes da Fepesp e realizadas de forma praticamente simultânea em todo o Estado nesta quarta-feira, 15/06.

O estado de greve significa que os trabalhadores estão avisando formalmente as instituições de ensino que é possível ocorrer uma greve a partir do mês de agosto. Os trabalhadores decidiram manter-se em assembleia permanente. Nova assembleia deverá ser convocada imediatamente após a volta às aulas.

 

Além do estado de greve, professores e pessoal administrativo decidiram se articular nacionalmente com os demais sindicatos em campanha salarial no Superior. “É o que patronal está fazendo. Os grandes comerciantes do ensino estão participando de todas as mesas de negociação no país para tentar bloquear a recuperação da defasagem salarial gerada pela inflação”, diz Celso Napolitano, da Fepesp. “Estão em uma campanha predatória contra os educadores para manter e aumentar seus lucros”.

 

Ato nacional – Com a articulação junto aos demais sindicatos em campanha salarial, as assembleias decidiram promover um ato nacional, em defesa da educação e pela valorização dos profissionais da Educação, docentes e não docentes. O ato deve ser planejado para fazer frente à atitude predatória das grandes corporações do ensino nesta campanha salarial. Fique atento aos avisos de preparação desta mobilização.

Todas as propostas patronais foram rejeitadas novamente pelas assembleias. A proposta de reajuste de 4% agora e 2% em janeiro do ano que vem, com uma inflação que supera os dois dígitos, além de um abono que não se incorpora aos salários, foi considerada inaceitável e até mesmo ofensiva.

As assembleias também entenderam que não basta reajustar o salário. É preciso reajustar também as condições de trabalho nas instituições de ensino: regulamentar o ensino a distância, a carga extra das aulas híbridas, o aumento excessivo de alunos por professor provocado pelo ensalamento de turmas.

Essas condições, que também estão sendo ignoradas pelo patronal, chamam a atenção do Legislativo e foram motivo de pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Em pronunciamento, o deputado estadual Carlos Giannazi defendeu os sindicatos e prometeu ‘todo apoio à luta dos professores no ensino superior”.

 

Voltamos em agosto, voltamos à luta – A data do nosso ato na volta às aulas, em agosto, será anunciada o mais rapidamente possível. Fique atento aos avisos do seu sindicato.  Todas as novidades e convocações estarão nos sites dos sindicatos e também no site da Fepesp. Fique de olho e vamos à luta, unidos por respeito!

 

Inédito: Ensino Superior terá assembleia (dia 15/06) com abono de falta e pagamento

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