Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 28 de maro de 2024

8 de abril de 2021

08/04 – escola particular oferece merenda para abrir as portas na pandemia, Justiça do Trabalho veta aula presencial no Pará, banco BTG abre faculdade em SP, e mais: o equívoco da ‘educação em casa’

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Ensino Superior: negociamos com as mantenedoras desde antes das restrições da pandemia e, diante da situação de emergência, defendemos e mantivemos as garantias da convenção coletiva de trabalho. Mas o patronal emperrou a discussão do seu reajuste.

 

 

DEFESA DA VIDA

Em SP, escolas de elite usam merenda como motivo para abrir as portas na pandemia
Carta Capital; 07/04
https://bit.ly/39Vc5Bn

Parte das escolas particulares da capital paulista voltaram a receber alunos na segunda-feira 5, descumprindo determinação da Prefeitura. Um decreto publicado no início do mês pelo prefeito Bruno Covas estabelece o retorno às aulas nas redes estadual, municipal e privada a partir do dia 12 de abril, caso não seja prorrogada a fase emergencial em todo o estado de São Paulo.

CartaCapital teve acesso a denúncias de mais de 20 escolas que estão funcionando — e obrigando professores e demais profissionais a atuarem nas unidades diariamente. O fenômeno ainda é pequeno, considerando as 4 mil escolas privadas na cidade, mas especialistas ouvidos pela reportagem temem que isso cresça, sobretudo no momento em que a pandemia avança em todo o estado.

“A escola recebe a visita da supervisora [de ensino], porém a direção é informada antes sobre o horário dessa visita. Ou seja, assim que eles recebem a informação, a direção dispensa as crianças para mascarar que a escola está funcionando com o limite de crianças acima do permitido”, alega o profissional. “Estão utilizando a alimentação como desculpa para abertura.”

A diretora do Sinpro-SP, Silvia Barbara, é taxativa ao dizer que não se trata de possíveis interpretações da lei. “Essas escolas estão afrontando a legislação”, garantiu. “O decreto da prefeitura tem valor legal, é inaceitável que escolas descumpram isso de forma tão frontal”, acrescentou.

 

Hipocrisia que fala? Escolas particulares de educação infantil usam aval para servir merenda e reabrem em SP
Estadão; 06/04
https://bit.ly/2PBYCrn

Escolas particulares de educação infantil reabriram nesta segunda-feira, 5, na capital paulista, apesar de a Prefeitura de São Paulo ter mantido a suspensão das atividades escolares presenciais nesta semana. Segundo o sindicato que representa essas unidades, cerca de 300 escolas foram reabertas nesta segunda para fornecer alimentação aos estudantes. As crianças recebem nas escolas café da manhã, almoço e até lanche da tarde. No intervalo entre as refeições, fazem atividades de recreação.

Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Mantenedores de Escola de Educação Infantil do Município de São Paulo (Semeei), Eliomar Pereira diz que a abertura das escolas para refeições está amparada no decreto publicado pela própria Prefeitura, que estipulou que o retorno às atividades escolares presenciais poderá ocorrer a partir de 12 de abril, se o Estado sair da fase emergencial. O 2.º artigo da norma indica que “durante a fase emergencial, as escolas ficam autorizadas a receberem os alunos que necessitarem de alimentação escolar”.

 

Pará: Justiça do Trabalho suspende retorno de professores às aulas presenciais em escolas particulares
G1; 06/04
https://glo.bo/323mUgd

A Justiça do Trabalho suspendeu nesta segunda (5) o retorno dos professores às aulas presenciais na rede particular de ensino no Pará.

A decisão da juíza Dirce Furtado Nascimento vale para as escolas particulares de todo o estado, até o dia 4 de maio. A magistrada levou em consideração a situação alarmante da Covid-19 no estado e a alta taxa de ocupação de leitos. Segundo a determinação, as aulas on-line podem ser mantidas normalmente.

A decisão derruba autorização do governo estadual que, por decreto, havia autorizado o retorno às aulas presenciais a partir desta segunda.

 

Rio Gde do Sul: Trabalhadores da educação reivindicam prioridade na vacina em carta aberta
Extra Classe; 07/04
https://bit.ly/3fTqrpO

Trabalhadores da educação gaúcha lançaram nessa manhã desta quarta-feira, 7, a Carta Aberta pela Vacinação dos Trabalhadores em Educação. Endereçada ao governador Eduardo Leite (PSDB) e aos prefeitos dos 497 municípios do estado, o documento solicita que todos os trabalhadores, professores, funcionários, que tenham contato direto com a comunidade escolar tenham prioridade no plano de imunização contra a covid-19.

Assinada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers – Sindicato), Associação dos docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Adufrgs Sindical), sindicatos municipais de ensino e pela Federação dos Professores, Trabalhadores Técnicos e Administrativos e Empregados em Estabelecimentos de Ensino (Fetee-Sul), a carta ressalta o compromisso dos trabalhadores com a educação.

“Somos a favor da volta às salas de aulas quando o estado sair da bandeira preta, pois essa é razão da nossa vida e da profissão que escolhemos para servir a sociedade e porque dele depende a nossa existência. Mas sem a vida, de nada adiantará a nossa abnegação”, diz trecho do documento.

 

CORONAVÍRUS

É provável que fase emergencial seja estendida ‘por mais algum tempo’, diz comitê de contingência de SP
Folha de S. Paulo; 07/04
https://bit.ly/2PKFQOu

O comitê de contingência do governo de São Paulo indicou que a fase emergencial provavelmente será estendida. A fase emergencial, que inclui maior restrição até a serviços essenciais, está prevista para terminar no dia 11. Na próxima sexta-feira (9), deve ser tomada a decisão final sobre o assunto.

No entanto, o coordenador do comitê já adiantou que as restrições atuais tendem a continuar.

 

 


Com 10 regiões com mais 90% de ocupação de UTI, São Paulo mantém fase vermelha
Rede Brasil Atual; 07/04
https://bit.ly/3fQTQAX

O estado de São Paulo vai continuar, pelo menos, na fase vermelha da quarentena na próxima semana, segundo indicou hoje (7) o coordenador do Comitê de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes. Apesar de ter havido uma redução nas internações diárias por covid-19, o estado ainda tem 10 regiões com mais de 90% de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTI). E as outras sete ainda têm mais de 85% desses leitos ocupados. O número total de pacientes internados no estado caiu de 31.175, no dia 31 de março, para 29.085 hoje. No entanto, a queda foi bem menor entre pacientes em UTI do que nos de enfermaria.

São Paulo entrou na fase vermelha da quarentena em 6 de março. E está na fase emergencial, a mais restritiva até agora, desde o dia 15 de março.

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Sócios do BTG terão faculdade com foco em tecnologia
Valor Econômico; 08/04
https://glo.bo/3uzttDO

Família de André Esteves investe R$ 200 milhões no projeto que prevê um campus de 9 mil metros quadrados em São Paulo.

Há dois anos, na Brazil at Silicon Valley, conferência organizada por estudantes de Stanford e Berkeley, nos Estados Unidos, André Esteves e Roberto Sallouti (na foto), sócios do banco BTG Pactual, ouviram um investidor estrangeiro dizer que não colocava dinheiro no Brasil porque a quantidade de engenheiros com capacidade de liderança não era suficiente. A argumentação do investidor deu o impulso para que ambos criassem uma faculdade que pretende formar líderes capacitados em tecnologia.

O projeto começou a ser desenhado há cerca de dois anos. A família de André Esteves, fundador do BTG, doou R$ 200 milhões para investimentos na etapa pré-operacional da faculdade, batizada de Inteli – Instituto de Tecnologia e Liderança. As aulas estão previstas para começar em fevereiro de 2022, num campus de 9 mil metros quadrados na capital paulista. A nova faculdade, que tem apoio institucional do BTG, será aberta com 250 vagas e a meta de ter 1 mil matriculados até 2025. O valor da mensalidade está sendo definido.

A ideia dos banqueiros é ter no Brasil uma escola de negócios como há na Universidade de Stanford, na Califórnia, e em outras americanas, com apoio de empresários e hubs de tecnologia no seu entorno. “Queremos atrair os alunos das melhores escolas privadas e os estudantes da periferia que querem empreender, que pensam fora da caixa. Para este último grupo, vamos criar um fundo com doação de empresários” disse Sallouti, CEO do BTG.

 

Artigo: ‘Por que a educação em casa pode ser um equívoco’
Veja Rio; 07/04
https://bit.ly/2Remz8p

Por Patricia Lins e Silva, pedagoga, autora de ‘Inteligência de aprende’: “É muito triste assistir ao descalabro que está acontecendo na educação brasileira, ou melhor, ao seu desmonte nos últimos pouco mais de dois anos. Um tempo em que passaram pelo cargo mais de 3 ministros ineptos e os secretários das áreas mais importantes da pasta também foram substituídos com frequência jamais vista. É difícil compreender que pessoas que frequentaram a escola, que chegaram ao fim da educação básica e talvez até de uma faculdade, se empenhem tanto em impedir que o conhecimento e a cultura cheguem à população. Assistimos a um culto à ignorância.

O projeto de orçamento capenga, recentemente votado pelo Congresso, diminuiu a verba destinada à educação. E veio o pedido de demissão da secretaria do INEP, responsável pela avaliação do ensino, e que estava no cargo desde agosto de 2020, sucedendo a uns 4 secretários antes dela. Tudo em pouco mais de dois anos. E pelo histórico e discurso, as perspectivas não são melhores.

Agora circula a proposta de lei a ser votada pelos deputados que permitirá que as crianças não frequentem a escola, o que é obrigatório no Brasil.

Não é aceitável deixar que uma criança deixe de frequentar a escola por causa de fundamentalismo religioso, que não é uma razão justa e admissível.

Crianças e jovens precisam de liberdade para experimentar vivências novas, amigos diversos, exercer sua curiosidade, vontade de saber, pensar, brincar. É uma bagagem que adquirem na cooperação com os pares, nas experiências na escola e no convívio familiar, o que pavimenta o caminho de suas escolhas futuras.

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