Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 28 de maro de 2024

31 de julho de 2020

Professores repudiam pressão patronal para volta às aulas

Vídeo em defesa da volta às aulas tem causado revolta em professores e trabalhadores em estabelecimentos de ensino. A peça, produzida pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro, insinua que crianças e adolescentes estariam imunes aos riscos do coronavírus por serem assintomáticos.

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Por Cinthia Ribas
da Agência Sindical

 

A narração do vídeo coloca em xeque estudos sobre a pandemia do coronavírus e o distanciamento social, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotado em todo o mundo democrático.

 

Entidades que representam trabalhadores do setor repudiam a publicação. Para o professor Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de SP e diretor do SinproSP, a volta às aulas só pode ocorrer no tempo certo e em condições que vão muito além das medidas sanitárias. Ele diz: “Essa discussão não deve ser motivada por critérios econômicos ou políticos, mas com base em certificados científicos que garantam a saúde de toda a comunidade acadêmica e escolas, incluindo alunos, pais funcionários e educadores”.

Segundo Napolitano, familiares dos alunos, professores e demais trabalhadores da escola são simplesmente ignorados. “É uma ação criminosa, que têm por meta unicamente garantir os interesses econômicos de alguns empresários que tratam a educação como mera mercadoria. Eu não colocaria um filho meu numa instituição que compartilhe desse pensamento”, ele declara.

 

Guarulhos – Durante sete dias, o Sindicato dos Servidores Municipais de Guarulhos (Stap) realizou enquete pra saber a opinião dos trabalhadores sobre a reabertura das escolas neste momento. Mais de 1,8 mil participaram. Destes, 96% votaram contra.

Diretora do Stap e presidente do Conselho Municipal de Educação, Sara Santana, afirma: “A sociedade entende que não podemos expor as crianças e seus familiares ao risco de contaminação. Temos que nos cuidar, a fim de preservar vidas”.

 

Fiocruz – Em sintonia com educadores e especialistas, a Fiocruz lançou semana passada documento no qual reitera o alerta de que a volta às aulas no Rio acontecerá antes da hora e representa um grave risco para a saúde pública. “Diante da possibilidade de recrudescimento de casos e óbitos no município do Rio de Janeiro, a reabertura das escolas parece prematura”, afirma a publicação da Fiocruz.

Vídeo – Clique aqui e assista ao vídeo que causou repercussão

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