Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 31 de agosto de 2021

31/08 - ‘Boom’ de casos de covid em escolas particulares, Governo não conta casos confirmados, dissídio tem julgamento em 22/09 e mais, lá fora: Talibã permite mulheres na escola, mas separadas de homens

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De olho na data: acompanhe aqui a cobertura completa do julgamento do nosso dissídio: https://bit.ly/3zxqdLY

 

 

Gestão Doria deixa de contar casos confirmados e mortes por Covid em escolas
Folha de S. Paulo; 30/08
https://bit.ly/3BoHis3

Desde que as aulas presenciais foram retomadas sem restrição de atendimento de alunos em São Paulo, a gestão João Doria (PSDB) não contabilizou nenhum caso confirmado ou morte por Covid nas escolas. Os registros, agora, são apenas de "casos prováveis" de infecção.

De 2 a 14 de agosto, a Secretaria Estadual de Educação diz que as escolas estaduais e particulares registraram 1.288 casos "prováveis" de infecção, 72,5% deles entre alunos e 27,5% em trabalhadores. Não foi informado quantas pessoas frequentaram as unidades no período, por isso, não é possível saber a taxa de incidência da doença.

 

Escolas particulares têm ‘boom’ de alunos afastados por suspeita de COVID-19
Estadão; 30/08
https://bit.ly/2Wy60HO

Com o afrouxamento das restrições e maior número de crianças e adolescentes frequentando as escolas, já é possível contabilizar um aumento de turmas afastadas por contaminação da COVID-19

Bastou um mês de aulas presenciais para observarmos uma mudança significativa dos relatórios escolares que chegam nos emails das famílias todo final de semana. O que antes trazia uma amostra pequena de turmas que tinham sido afastadas devido a testes positivos de COVID-19, agora deu uma reviravolta.

Nas últimas semanas de agosto, escolas particulares da capital tiveram um ‘boom’ de abre e fecha de salas de aula. Isto acontece porque toda vez que uma suspeita ou um caso é reportado à escola, imediatamente toda a turma e professores que tiveram contato com aquele aluno, são afastados pelo período aproximado de 10 dias, correspondente a uma pequena quarentena.


Educação básica: dissídio será julgado em 22 de setembro
Radio Peão Brasil; 30/08
https://bit.ly/38qRhjU

O julgamento do dissídio dos profissionais da Educação Básica nas escolas particulares de São Paulo foi marcado para o dia 22 de setembro. Na ocasião, o juiz relator deve apresentar seu parecer, após sustentação oral pelos advogados da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, em nome de seus sindicatos integrantes e possível contestação por parte dos representantes patronais.

A sentença proferida no julgamento do dissídio, com a participação do Tribunal Pleno constituído por dez desembargadores, apresentará as normas a serem cumpridas nas relações de trabalho entre as escolas e as professoras, professores e auxiliares de administração escolar na educação básica privada do Estado de São Paulo.

 

Boneco gigante homenageia Paulo Freire, patrono da educação brasileira
G1; 30/08
https://glo.bo/38s2b9f
vídeo: https://glo.bo/38sFnGq

O educador pernambucano Paulo Freire ganhou uma versão em boneco gigante de Olinda (veja vídeo acima). A homenagem foi feita em comemoração ao centenário de nascimento do patrono da educação brasileira, que ocorre no dia 19 de setembro. Nesta segunda-feira (30), a alegoria foi apresentada na abertura do semestre letivo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

O boneco, construído pela Casa dos Bonecos Gigantes e Mirins de Olinda, pesa 13 quilos e tem 2,1 metros no chão e 3,8 metros de pé. Um primeiro esboço foi feito em barro e argila e, posteriormente, a alegoria foi moldada em fibra de vidro. Cabelo, barba e óculos foram reproduzidos.

Educador, pedagogo e filósofo, Paulo Freire é patrono da educação brasileira desde 2012. Freire desenvolveu uma estratégia de alfabetização de adultos baseada nas experiências de vida das pessoas. A primeira turma teve 380 alunos de Angicos, localizada na região central do Rio Grande do Norte, dos quais 300 se formaram.

Paulo Freire é o homenageado do 10º Congresso da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, a ser realizado entre 1 e 2 de outubro.

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

Educação inclusiva: entenda o que está em jogo com a proposta da nova Política Nacional de Educação Especial
Fantástico; 29/08
https://glo.bo/3BqdF9I

Escolas especiais para alguns alunos com deficiência. Aulas separadas, sem convivência com as outras crianças. Para a maioria dos educadores, a ideia parece um retrocesso, a volta de uma visão superada há muito tempo no ensino brasileiro. Mas é o que o governo Bolsonaro quer incentivar, com apoio do ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O debate esquentou e foi parar no STF. Será que o Brasil vai seguir na contramão das políticas de inclusão? Para a maioria dos educadores, a proposta é um retrocesso. E o que dizem os atletas paralímpicos brasileiros, que vêm conquistando medalha atrás de medalha em Tóquio? Para muitos deles, a educação inclusiva foi o que fez a diferença.

O Fantástico pediu uma entrevista ao ministro da Educação, mas ele não respondeu.

 



Decreto de Bolsonaro para alunos com deficiência é retrocesso de 30 anos, diz pedagoga da Unicamp

BBC News; 28/08
https://bit.ly/3Bmy3IK

Para Maria Teresa Mantoan, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), nova política de educação especial promove exclusão e contraria a Constituição e Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Medida foi suspensa pelo STF até votação em plenário.

Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma audiência pública ao longo de dois dias para discutir o decreto que institui a política nacional de educação para alunos com deficiência.

A medida do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) entrou em vigor em outubro do ano passado, mas foi suspensa pela Corte em dezembro — em uma decisão individual do ministro Dias Toffoli, depois ratificada pelo plenário — após o Partido Socialista Brasileiro (PSB) entrar com uma ação alegando que a nova política é inconstitucional.


Educação superior no Brasil é historicamente limitada e necessita de políticas públicas de acesso
Jornal da USP; 30/08
https://bit.ly/3BoK5Bx

Apesar da expansão das políticas de inclusão, o acesso ao ensino superior brasileiro ainda está restrito a uma parcela pequena da população. Dados levantados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2019, demonstram que somente cerca de 20% da população entre 25 e 34 anos possui um diploma de nível superior no País. De acordo com o mesmo levantamento, 40% dos ingressantes em universidades, em 2019, pertenciam aos 20% da população com maior poder econômico. No mesmo ano, só 5% pertenciam aos 20% mais pobres da população.

O acesso à educação superior no Brasil é historicamente limitado a membros pertencentes das classes A e B. “Tem um fenômeno muito antigo no acesso à universidade brasileira, que é o predomínio de uma classe média, classe média alta, branca, frequentadora das instituições particulares de educação básica e isso está sendo desmontado”, contou em entrevista Maria Isabel de Almeida, professora associada do Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação (FE) da USP.


O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Brasil tem 804 fusões e aquisições no 1º semestre, no melhor resultado em 10 anos; Educação em destaque
Estadão; 30/08
https://bit.ly/3mNLUUv

Segundo a consultoria KPMG, 36 dos 43 atividades econômicas pesquisadas realizaram alguma operação de M&A. O grande destaque ficou para as companhias de internet, com 268 operações - a KPMG faz a separação por categoria com base no setor das empresas adquiridas. Em seguida, aparecem as companhias de tecnologia da informação (131 operações) e instituições financeiras (92).

Outros setores em destaque foram varejo (29 operações), companhias de serviço (25), imobiliário (22), telecomunicações (22), hospital, laboratório de análise clínicas (22), companhias de energia (21) e educação (20).

Ânima (São Judas, Anhembi Morumbi) negocia compra do CEUB
Valor Econômico; 31/08
https://glo.bo/3zwfi56

A Ânima está em negociações avançadas para aquisição do CEUB, tradicional centro universitário de Brasília, numa transação avaliada em cerca de R$ 800 milhões, segundo o Valor apurou. Esse montante envolve um passivo fiscal.

No ano passado, segundo fontes, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do CEUB foi de R$ 60 milhões.

 

Com conteúdo para ensino médio, Saint Paul quer ser Netflix escolar
Valor Econômico; 30/08
https://bit.ly/2WEtdrG

A iniciativa também marca o compromisso da instituição de tornar seus serviços mais acessíveis. Enquanto o curso mais barato da Saint Paul sai por R$ 3 mil, o LIT Escola oferece mensalidades a partir de R$ 49,90 por mês. A partir do ano que vem, o ensino fundamental também será contemplado.

“Existe um contexto de defasagem na educação básica e a pandemia vai intensificar esse problema. Todo mundo foi exposto ao EAD, na verdade, alguns com qualidade e outros menos. O próprio comportamento emocional de cada aluno foi muito diferente", comenta Securato, sobre os desafios que vêm pela frente com a nova operação. Além disso, o ensino médio acaba de passar por uma reforma, com mudanças na base curricular. Isso inclui mais formação cívica e menos rigidez nos conteúdos pragmáticos.

Com os R$ 30 milhões que ainda serão aplicados no LIT ao longo dos próximos dois anos, a Saint Paul quer desenvolver a tecnologia de dados e inteligência artificial, para criar a prendizados com games, por exemplo.

 

CORONAVÍRUS

Sem vacinas, Brasil estaria próximo a 1 milhão de mortos, afirma cientista
Rede Brasil Atual; 30/08
https://bit.ly/2Y1IlQ7

Levantamento realizado por pesquisadores independentes, aponta para os benefícios inequívocos das vacinas contra a covid no Brasil. Os resultados apontam que, com a vacinação, foram evitadas 24.364 internações e 10.964 mortes, entre janeiro e maio deste ano. Além de uma economia de recursos da ordem de 297 milhões de dólares em custos hospitalares.

Para o estudo, foram utilizados dados recebidos de todo o país. “Nesse período, antes mesmo da vacinação decolar, muitos haviam recebido apenas uma dose (especialmente da AstraZeneca), de modo que o efeito da imunização não estava no seu maior potencial”, explica Rafael Izbicki, professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), que integrou a pesquisa.

 

 

 

Lá fora: Talibã diz que mulheres poderão estudar no Afeganistão, mas separadas dos homens
Folha de S. Paulo; 29/08
https://bit.ly/3Bv1UP9

O Talibã disse neste domingo (29) que autorizará a presença de mulheres nas universidades, mas separadas dos homens. O grupo fundamentalista islâmico, que voltou ao poder no Afeganistão após 20 anos, prometeu não proibir meninas e mulheres de frequentarem escolas, como fez no regime anterior.

"O povo do Afeganistão continuará tendo ensino superior de acordo com as regras da sharia [lei islâmica], que proíbe classes mistas", afirmou o ministro do Ensino Superior do Talibã, Abdul Baqi Haqqani, em uma assembleia com membros do alto escalão do grupo.

Segundo Haqqani, o Talibã exige "a criação de um programa educacional razoável que seja consistente com nossos valores islâmicos, nacionais e históricos e que, por outro lado, seja capaz de competir com outros países". Meninos e meninas também devem ser segregados nas escolas primárias e secundárias.

A permissão, ainda que sob influência da sharia, está dentro do discurso de moderação que o grupo tenta emplacar. A mudança de atitude, porém, é vista com ceticismo. De acordo com uma estudante que trabalhou na cidade universitária durante o último governo, não havia mulheres na reunião —o ministro falou apenas com professores e alunos do sexo masculino, o que, para ela, mostra como as mulheres são sistematicamente afastadas das decisões, além da distância entre as palavras do Talibã e suas ações.

O número de universitários aumentou nos últimos 20 anos, principalmente entre mulheres que estudam com homens e participam de seminários ministrados por professores do sexo masculino.

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