Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 31 de agosto de 2022

31/08 - Assembleia do Superior delibera proposta do TRT, até agora patronal só enrola, bolsas pagas por empresas na USP, e mais: o Brasil vai entrar no mundo do trabalho digital?

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Ensino Superior- é hoje, assembleia importante: vamos conhecer a proposta do Tribunal e a reação do patronal. E decidir! Saiba mais aqui:  https://bit.ly/3pPLBJ5

  

Ensino Superior: assembleias simultâneas em todo Estado deliberam sobre greve, proposta do Tribunal -  Os sindicatos integrantes da Fepesp convocam professoras, professores e pessoal administrativo no Ensino Superior para assembleia nesta Campanha Salarial 2022. As assembleias serão simultâneas, às 17 horas, e de forma remota, cada sindicato está enviando link específico para participação.

O que será discutido – Os trabalhadores deverão discutir e deliberar sobre proposta formulada pelo Tribunal Regional do Trabalho, na audiência de conciliação de dissídio realizada com a convocação compulsória do patronal na sexta feira, dia 26.

A audiência foi realizada em função do pedido de dissídio de greve apresentado ao Tribunal pela Fepesp e Sindicatos no dia 24, depois de nova rodada de negociação sem qualquer avanço por parte do patronal – que, desde o início das negociações, em fevereiro, apenas marca passo e enrola sem negociar seriamente . Fepesp, 31/08   


SP: professores do ensino superior podem entrar greve no dia 5 -
 Professores e funcionários de setores administrativos do ensino superior de todo o estado de São Paulo poderão entrar em greve no dia 5 de setembro se as instituições não apresentarem proposta de recuperação de defasagem salarial e condições de trabalho adequadas diante da expansão do ensino remoto. Segundo a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), as negociações começaram em março, mas os representantes das mantenedoras não reconhecem a defasagem provocada pela inflação nos salários, recusam reajuste pelos índices de inflação e não querem discutir as mudanças em condições de trabalho com a aplicação extensiva do ensino remoto. Agência Brasil, 26/08   https://bit.ly/3cnUpmA

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

USP terá bolsas pagas por empresas e pessoas físicas -   O programa, chamado de USP Diversa, atenderá negros, indígenas, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, exilados e pessoas com a guarda de filhos com idade entre zero e três anos. A iniciativa nasce com 270 bolsas fruto da adesão dos bancos Itaú, Santander e Deutsche Bank e da Dow Química, companhia de produtos plásticos, químicos e agropecuários. Além dessas quatro empresas, pelo menos mais uma está em negociação com a universidad.. Folha de S. Paulo, 30/08    https://bit.ly/3TwCXN4

 

Prefeitura de SP abre concurso para 3.250 professores com prova prática -  Há vagas para a educação infantil, ensino fundamental e médio. Pela primeira vez, segundo a Secretaria de Educação, haverá, além de exames escritos, uma prova prática, em que os candidatos deverão apresentar um plano de aula e gravar, presencialmente, uma exposição oral. O salário inicial pode chegar a R$ 5.050 para a jornada semanal de 40 horas. Valor Econômico, 30/08   http://glo.bo/3CJyUqV

O Ministério da Educação, por Bolsonaro e seus seguidores -  Poderia ter sido pior: o Olavo de Carvalho foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o próprio ministro da Educação e, Graças a Deus, não aceitou! Revista Forum, 30/08    https://bit.ly/3PXeTA8

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Ensino presencial acelera, mas setor de educação mantém desafios, diz BTG; veja ações preferidas -  Do lado positivo, o BTG aponta que todas as empresas [de educação] analisadas registraram melhora nos números do segmento de ensino presencial, ajudados por uma base de comparação fraca, uma vez que parte das atividades estava suspensa por restrições à mobilidade no primeiro semestre de 2021. Por outro lado, os analistas ressaltam que o número de matrículas nesta modalidade de ensino, apesar de ter crescido, não acompanhou a expansão no número de campi, de modo que a taxa por campus caiu para todas as companhias analisadas, com exceção da Cruzeiro do Sul. TradeMap, 30/08   https://bit.ly/3cx8NJb

 

ELEIÇÕES 2022

Pesquisa Quaest: Lula tem 44% contra 32% de Bolsonaro no 1º turno -  O início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, a rodada de entrevistas dos presidenciáveis ao Jornal Nacional e o pagamento do Auxílio Brasil ainda não trouxeram alterações no cenário eleitoral, segundo pesquisa Genial/Quaest publicada nesta quarta (31). O levantamento aponta que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém 12 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL).

- Lula 44%
- Bolsonaro 32%
- Ciro Gomes 8%
- Simone Tebet 3%
- Vera Lúcia e Pablo Marçal 1%
- Indecisos 6%
- Branco/nulo 5%
- Felipe D'Ávila (Novo), Eymael (Democracia Cristã), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Leonardo Péricles (Unidade Popular) não pontuaram
Folha de S. Paulo, 31/08   https://bit.ly/3B2pOo8


Pesquisa Ipec: Haddad lidera em SP com 32%, Tarcísio tem 17% e Rodrigo, 10% -  Fernando Haddad (PT) variou dentro da margem de erro e manteve a vantagem na corrida pelo Governo de São Paulo, registrando 32% das intenções de votos na pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira (30). Há duas semanas, ele tinha 29%. Em seguida, aparecem o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), com 17% e 10%, respectivamente. Na rodada anterior, eles tinham 12% e 9%. Folha de S. Paulo, 30/08   https://bit.ly/3Q1QABc

 

 

Pochmann: em produção industrial e relações de trabalho, Brasil precisa entrar no século 21
RBA, 30/08
https://bit.ly/3wIYnNq

Os novos parâmetros da digitalização e do trabalho cada vez mais conectado à internet e ao uso de aplicativos exigem a regulamentação de muitas atividades. Sem isso, serão aprofundados ainda mais os efeitos da desregulamentação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela reforma trabalhista dos últimos anos, que aumentou a precariedade.

Para o economista Marcio Pochmann [foto], presidente do Instituo Lula, há muito o que fazer sobre o tema. Com inúmeras funções cada vez mais digitalizadas, o trabalhador de certa maneira fica “plugado” no trabalho durante mais tempo do que deveria. Em muitos casos não há a jornada de seis, sete ou oito horas. “Estudos mostram que o trabalho das pessoas tem uma jornada muito extensa. A desigualdade se aprofunda pela má repartição dos ganhos do trabalho”, diz Pochmann.

Nesse sentido, segundo ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado que é preciso construir novos parâmetros das relações de trabalho com diálogo em discussões tripartites, reunindo trabalhadores, empregadores e Estado.

Pochmann nota que há uma divisão do trabalho digital no mundo atual, e é importante partir dessa perspectiva: há países que produzem, comercializam e exportam bens e serviços digitais. Outros, como o Brasil, não têm tecnologia suficiente para produzir isso e se tornam importadores.

Além disso, com a automação, o país precisa gerar empregos qualificados, e não mais postos de trabalho muito simples, com baixa remuneração, que não dão perspectivas aos jovens recém-saídos das universidades.

Reindustrialização para o século 21 - “O Brasil é o quarto maior mercado consumidor desses bens e serviços digitais. Isso precisaria ser enfrentado, mas somos dependentes da importação”, diz. Em sua opinião, o que está em questão é o que ele chama de “soberania digital” e a necessidade de se pensar na reindustrialização. “Não uma volta ao passado, mas conectada com as perspectivas do presente e futuro”, afirma o economista.

Igualmente, Giorgio Romano Schutte, professor de Relações Internacionais e Economia da Universidade Federal do ABC (UFABC), considera central a discussão sobre a reindustrialização do país, “mas não sob parâmetros antigos, e sim novos”.

“O mundo está investindo muito. A Europa está falando em política industrial depois de décadas de neoliberalismo, quando era ‘proibido’ falar em reindustrialização”, diz Giorgio.  “Os Estados Unidos estão colocando trilhões de dólares para chips e questões energéticas etc. A China também”, continua o professor da UFABC.

“Escassez” na regulação pública - Do  ponto de vista do trabalho, na opinião de Pochmann, o Brasil vive uma espécie de “escassez” na regulação pública que permitiria identificar o trabalho nesse novo mundo, “dar pertencimento” e oferecer condições para proteger os direitos. Diante da nova realidade virtual, é preciso definir situações concretas.

“Quantas horas e o que significa trabalhar em casa? Qual a remuneração?”, exemplifica o economista do Instituto Lula. Ele lembra que a entrada do 5G no país “abre enormes possibilidades” de trabalho e conexão. Mas o Brasil precisa entrar no século 21.

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