Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 31 de março de 2022

31/03 - Rodada de assembleias no Ensino Superior, grandes grupos tem aumento de matrículas, 'não foi bullying, foi atentado', diz diretora de escola - e mais: Doria desiste da vida pública

.

Ordem do dia, 31 de março de 2022: ditadura nunca mais!

 

 

Ensino Superior: grupos veem aumento de matrículas na graduação presencial
Valor Econômico; 29/03
http://glo.bo/3iSEqfO

A expectativa dos grandes grupos de ensino superior de voltar a crescer em captação de novos alunos na modalidade presencial começa a se concretizar, depois de dois anos de estudantes afastados dos campi. Companhias de capital aberto, nos últimos dias, informaram que o número de calouros no primeiro trimestre deve registrar altas significativas — a Yduqs prevê um salto de 30% a 50%, e a Ser Educacional, 25,4%, em relação a igual período do ano passado.

“[O ano de] 2022 é o novo 2020, ano em que vínhamos crescendo muito em captação, até a pandemia. A captação muito forte nos deixa animados para surfar uma nova onda de um horizonte muito positivo para os próximos cinco anos”, disse o presidente da Yduqs, Eduardo Parente, na apresentação de resultados há duas semanas. “Devemos terminar 2022 com número de alunos razoavelmente parecido com o que tínhamos em 2017, apesar da redução do Fies [programa de financiamento estudantil do governo federal]”.

 

Contee denuncia à OIT práticas antissindicais no ensino superior
Contee; 28/03
https://bit.ly/35q4Xhi

A Contee protocolou, na última segunda-feira (28), na Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma atualização e reiteração da denúncia já apresentada pela Confederação sobre as sistemáticas violações das convenções 98 e 154 no país. As convenções em questão, ratificadas pelo governo brasileiro — embora estejam sendo descumpridas —, tratam do direito de sindicalização e do incentivo à negociação coletiva.

Na denúncia, a Contee aborda, em específico, os descumprimentos desses princípios pelas instituições de ensino superior privadas. “No ensino superior, quase como regra, os representantes patronais, quando se se dispõem a estabelecer tratativas negociais, o fazem de costas para os referidos princípios, sempre com o nada idôneo propósito de fazer da negociação meio prático e juridicamente seguro de redução de direitos, até mesmo dos poucos que ainda restam incólumes na CLT”, aponta a Confederação.

 

 Aulas de programação para crianças são a nova 'escolinha de inglês'
Estadão; 31/03
https://bit.ly/3iRyuDN

Há pelo menos seis anos, aulas de programação para crianças e adolescentes têm se tornado a nova escolinha de natação ou inglês no Brasil, uma oferta de empresas que aproveitam o momento para expandir o negócio.

Esse mercado de tecnologia tem propostas diversas e é disputado por empreendimentos como MadCode, Futura Code, SuperGeeks e Código Kid, que miram alunos entre 5 e 17 anos de idade. De forma lúdica, muitas delas usam jogos já existentes, como Minecraft, para ensinar e incentivam, inclusive, a criação de conteúdo para o YouTube.

 

MP TRABALHO REMOTO

Coletivo Jurídico entende que MP 1.109 é incredulidade jurídica e encaminha ações contra proposta de Bolsonaro
Contee; 31/03
https://bit.ly/3DsKCon

Lutar para que o presidente do Congresso devolva a MP, essa vai ser a primeira iniciativa da Contee. Procurar os parlamentares para mostrar-lhes o quanto a proposta fere direitos e garantias profissionais e constitucionais.

Inicialmente, a Contee vai encaminhar ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pedido para que devolva ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a MP (Medida Provisória) 1.109/22, editada na última sexta-feira (25) e encaminhada ao Poder Legislativo.

Outra ação debatida e consensualizada na reunião do Coletivo Jurídico da Contee, realizada virtualmente na noite de ontem (30), são ações políticas, nos municípios e corpo a corpo com deputados e senadores, a fim de mostrar-lhes a aberração que significa o conteúdo da referida MP.

 

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Escolas terão de lidar com casos de violências com alunos estressados após dois anos de pandemia, dizem especialistas
O Globo; 30/03
http://glo.bo/3wQlLcy

Um sinal de alerta se acendeu após socos, facadas, arma de fogo e até uma granada surgirem em escolas nos últimos dias. Pesquisadores da área de educação temem que a série de episódios violentos com estudantes esteja ligada aos efeitos da pandemia previstos por especialistas.

— Depois do sofrimento causado pela Covid-19, não adianta fingir que nada aconteceu. Esses alunos estão voltando para a escola mais irritados, agressivos, com mais dificuldade nas habilidades sociais. A escola precisa de um plano de acolhida e espaço de diálogo para trabalhar essas questões em âmbito coletivo — receita Telma Vinha, professora da Unicamp especialista em convivência e clima escolar. — Relações on-line não são a mesma coisa. Pela internet, quando te enchem, você pode largar o telefone. É diferente do que ocorre pessoalmente, quando é preciso saber regular as emoções.

 

'Não foi bullying, foi atentado', diz diretora de escola palco de ataque a faca em SP
O Globo; 28/03
https://bit.ly/3JRqRsO

A motivação para o ataque a faca feito por um aluno de 13 anos contra uma colega, numa escola de São Paulo, não teve relação com o suposto bullying relatado pelo menino à polícia. Essa é a avaliação da diretora Elosita Garcia, que expulsou o menino por entender que o episódio se tratou de um "atentado". O autor da facada segue na Fundação Casa, centro de acolhimento de jovens infratores do estado.

Segundo a diretora, o aluno expulso tinha "comportamento exemplar" e nunca foi motivo de queixa por parte dos professores. Ela chama de mentira a versão dada à polícia pelo menino, de que teria sofrido bullying.

 

ELEIÇÕES 2022

Doria desiste da Presidência e não disputará reeleição em SP
Poder360; 31/03
https://bit.ly/36NPKqW

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse a aliados que desistiu de sua pré-candidatura à Presidência da República. Ele tampouco vai tentar a reeleição ao governo do Estado de São Paulo. Sua decisão, até o momento, é deixar a vida pública ao final do seu mandato, em dezembro deste ano.

 

SAÚDE

Anvisa aprova uso emergencial de medicamento contra a covid-19
Radio Brasil Atual; 30/03
https://bit.ly/3qPVDuA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa) aprovou hoje (30) o uso emergencial do medicamento Paxlovid contra a covid-19. O composto é produzido pela farmacêutica Pfizer e já é aplicado em diversos países, como Israel e Estados Unidos. De acordo com a agência, o remédio será indicado para maiores de 18 anos que corram risco de agravamento da doença, mas que ainda não precisem de oxigênio suplementar.

 

Reino Unido anuncia aumento de casos da variante XE, recombinação da ômicron
Rede Brasil Atual; 30/03
https://bit.ly/35ukNHS

A Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA) identificou nesta semana 367 casos de nova variante XE do coronavírus. Trata-se de combinação entre as linhagens BA.1 e BA.2 da ômicron. De acordo com a agência, a XE é aparentemente 9,8% mais transmissível do que a BA.2. O primeiro caso dessa nova variante foi registrado na região em 19 de janeiro. No entanto, até o momento, não há evidências suficientes para tirar conclusões sobre transmissibilidade, gravidade ou eficácia da vacina.

Além disso, as autoridades de saúde identificaram outras duas variantes recombinantes: a XF e a XD. Ambas combinam partes da delta e da BA.1, a cepa “original” da ômicron. Eles encontraram 38 casos da XF, mas variante não é vista desde meados de fevereiro. Os cientistas também identificaram globalmente outros 49 casos da XD, mas que também não está circulando no Reino Unido.

 

 

 

Datafolha: um em cada quatro brasileiros diz não ter comida suficiente em casa
Rede Brasil Atual; 28/03
https://bit.ly/3DzF0bW

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (29) aponta que 24% dos brasileiros não vêm tendo comida suficiente para alimentar suas famílias nos últimos meses. A maioria (63%) disse que a quantidade de comida foi suficiente nesse período. Por outro lado, 13% disseram que tiveram alimentos “mais do que suficiente”, ressaltando o quadro de desigualdade.

A insegurança alimentar atinge principalmente os mais pobres. Entre os que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.424) por mês, 35% disseram que a comida em casa não foi suficiente. Entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos (R$ 6.060), 13% também relataram a falta de alimentos. Até mesmo entre os mais ricos, que recebem de cinco a 10 mínimos (R$ 12.120), 6% também relataram escassez.

Entre os desempregados, 38% disseram que não tiveram comida suficiente. A insuficiência alimentar também atingiu 26% dos trabalhadores autônomos, 20% dos assalariados sem registro formal, bem como 28% dos desocupados que não estão à procura de emprego.

O Nordeste é a região mais atingida pela escassez de alimentos. Entre os nordestinos, 32% relataram que a quantidade de comida em casa foi insuficiente, contra 58% que disseram ter sido suficiente e 10%, mais que suficiente. Enquanto que nas regiões Sudeste e Norte/Centro-Oeste, 23% dos entrevistados apontaram dificuldades para se alimenar. No Sul, esse número cai para 18%.

Causas - A alta do preço dos alimentos e a queda na renda dos brasileiros. O preço da cesta básica em São Paulo, por exemplo, subiu 11,91% nos últimos 12 meses. Por outro lado, o país fechou o ano de 2021 com 7% de queda na renda, em função do aumento da informalidade. Trata-se do menor nível histórico de renda, com R$ 5,6 bilhões a menos em circulação na economia.

Os índices permanecem praticamente estáveis em relação aos levantamentos anteriores, variando na margem de erro. Em dezembro do ano passado, 26% dos entrevistados tinham menos alimentos do que o necessário. Anteriormente, em maio, eram 25%.

Conteúdo Relacionado

crossmenu