Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 30 de setembro de 2020

30/09 - Recorde de reprovados no ensino médio, recorde brasileiro na olimpíada da matemática, oposição contra PLl529 - e mais.

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No site de entrevistas Tutaméia: Presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo analisa impacto da pandemia no mundo da educação e adverte que volta às aulas pode ampliar níveis de contaminação e número de mortes pela covid no país.
Veja aqui: https://bit.ly/3cKgtUb

 

34% dos alunos de 15 anos reprovaram ao menos uma vez, diz OCDE
Folha de S. Paulo; 30/09
https://bit.ly/2G3diel

Mais de um terço (34%) dos estudantes brasileiros de 15 anos já repetiram de ano ao menos uma vez, o que coloca o país com a 4ª pior marca ente os 79 países e territórios participantes do Pisa, prova internacional da educação básica.

Ao levar em conta informações desagregadas de regiões de alguns países, o Brasil aparece em destaque ainda mais negativo. As regiões Nordeste, Norte e Sul têm as maiores taxas de reprovação de dois ou mais anos no ciclo final do ensino fundamental (6º ao 9º ano). São os maiores níveis entre as 71 regiões de 11 países listados neste recorte.

Os dados integram o relatório "Políticas eficazes, escolas de sucesso" da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgados nesta terça-feira (29). A entidade destrincha dados do último Pisa, de 2018, e mostra informações contextuais e de infraestrutura dos sistemas educacionais.


Brasil tem a pior proporção de computador por aluno entre países testados no Pisa
Folha de S. Paulo; 29/09
https://bit.ly/3ji2LKD

Ao lado de Kosovo e do Marrocos, o Brasil tem escolas com a pior proporção de computadores por aluno entre os 79 países e territórios avaliados pelo último Pisa. Enquanto a média nos países ricos é de cerca de um computador por estudante, no Brasil são dez alunos por equipamento.

O relatório da OCDE (Organização Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado nesta terça-feira (28), indica correlação entre a quantidade de equipamentos e o desempenho dos estudantes no Pisa. A prova é o mais reconhecido instrumento internacional de avaliação da educação básica, com testes aplicados a estudantes de 15 anos.​

 

Na Olimpíada Internacional de Matemática, Brasil tem melhor colocação da história e fica no top 10
Estadão; 30/09
https://bit.ly/33gi6pu

O desempenho de seis estudantes brasileiros colocou o Brasil entre os dez países com mais pontuação na 61ª Olimpíada Internacional de Matemática (IMO). Este é o melhor resultado da história, superando o feito de 2009, quando o País esteve na 15ª colocação. Em 2020, com 165 pontos, a equipe ficou à frente de países como Japão, França, Alemanha e Canadá. Todos os jovens conquistaram medalhas, sendo uma de ouro e cinco de prata.

"Esse foi o melhor ano para nós. Ficamos entre os dez melhores, ocupando a décima colocação. Foi nosso recorde de pontuação e medalhas com um ouro e cinco pratas. Todos os seis participantes premiados", comemorou Carlos Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) e líder do time da IMO 2020. Com a medalha de ouro deste do ano, o Brasil já acumula 11 medalhas de ouro na competição, disse Moreira, que ganhou uma delas em 1990 na edição realizada na China.

 

Contee promove debate sobre o que sustenta e a quem interessa o discurso do retorno às aulas presenciais
Contee; 29/09
https://bit.ly/2GbPGnM

A Contee realiza nesta quarta-feira (30), às 19h30, um debate ao vivo, que será transmitido pelo YouTube e Facebook da Confederação, sobre o que sustenta e a quem interessa o discurso do retorno às aulas presenciais. Para tratar do assunto, a entidade convidou Daniel Cara — cientista político, doutor em Educação, professor da USP e membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação — e Hermano Castro — médico pneumologista, doutor em Saúde Pública e diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. A mediação será feita pela coordenadora da Secretaria de Assuntos Educacionais da Contee, Adércia Bezerra Hostin dos Santos.

 

Espírito Santo: Sinpro entrará com ação contra retorno das aulas
Jornal Fato; 29/09
https://bit.ly/2GbPGnM

O Sindicato dos professores da rede particular de ensino do Espírito Santo (SINPRO-ES) informou que irá entrar com ação contrária à decisão do Governo do Espírito Santo em relação ao retorno das aulas presenciais na rede particular de ensino. A decisão foi comunicada pelo governador Renato Casagrande na última sexta-feira(25).

De acordo com a diretora do SINPRO-ES, Érika Piteres, todas as escolas foram pegas de surpresa no início da pandemia: "Os recursos para viabilizar as aulas remotas foram totalmente custeados pelos professores, que ainda estão trabalhando muito mais que o presencial. Com dois meses para terminar o ano, tendo todos os professores adaptados durante a pandemia, o retorno agora não foi a melhor solução", destaca a diretora.

Pernambuco: Professores fazem nova assembleia para definir se mantém estado de greve
TV Jornal; 29/09
https://bit.ly/36lCbwy

Contrários ao retorno das aulas presenciais, professores da rede particular de Pernambuco podem decretar greve. O Sindicato dos Professores da Rede Particular (Sinpro) informou que irá fazer uma assembleia virtual com a categoria, nesta quarta-feira (30), para discutir sobre a possibilidade de greve dos professores de escolas públicas, que estão sendo contra a retomada das aulas presenciais, liberadas pelo governo estadual para os estudantes do 3º ano do ensino médio a partir do dia 06 de outubro, tanto para a rede pública quanto para a rede privada. Os professores da rede pública já optaram pela greve e não vão retomar as atividades. Com cruzes e faixas, professores protestaram no Centro do Recife contra a reabertura das escolas.


Oposição barra PL 529, a boiada de Doria, pela segunda noite consecutiva
Rede Brasil Atual; 29/09
https://bit.ly/2GbTNAe

Pela segunda noite consecutiva a oposição impôs mais uma derrota, parcial, ao governador João Doria (PSDB) ao impedir a votação do Projeto de Lei (PL) 579/2020. Ao longo da sessão extraordinária que se estendeu por toda a noite desta terça-feira (29), deputados de diversos partidos derrubaram o quórum e se revezaram na tribuna para destacar pontos que afetam sobretudo a população mais vulnerável, muitos deles inconstitucionais. O presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris (PSDB) convocou mais duas sessões extraordinárias nesta quarta-feira (30).

O que é o PL - De autoria do governador João Doria (PSDB), o PL extingue serviços à população. Isso porque propõe a extinção de empresas como o CDHU, responsável por programas para a população de baixa renda, a EMTU, do transporte metropolitano, e a Fundação para o Remédio Popular (FURP), que produz medicamentos de baixo custo. Além de órgãos como a Sucen, que controla epidemias, a Fundação Oncocentro, que realiza exames preventivos do câncer e confecciona próteses faciais para pessoas com sequelas graves de tumores na face, cabeça e pescoço.

 

Previsão de comum acordo para ajuizar dissídio coletivo é constitucional, diz STF
Conjur; 29/09
https://bit.ly/3jnbprm

A necessidade de comum acordo para o ajuizamento de dissídio coletivo é uma condição que busca privilegiar a solução consensual dos conflitos, colocando a intervenção estatal, por meio da sentença normativa, como ultima ratio.

O entendimento é do Supremo Tribunal Federal ao julgar improcedente recurso extraordinário que discute os requisitos para dissídio coletivo. O julgamento foi virtual e se encerrou nesta segunda-feira (21/9). Venceu o voto divergente do ministro Alexandre de Moraes, que afastou a inconstitucionalidade questionada

O recurso questiona a constitucionalidade da alteração feita pela Emenda Constitucional 45/2004 no parágrafo 2º do artigo 114 da Constituição Federal, que passou a prever que haja comum acordo entre as partes para o ajuizamento de dissídios coletivos.

 

Covid-19: mundo passa de 1 milhão de mortos, e 15% são do Brasil. OMS fala em 2 milhões
Rede Brasil Atual; 28/09
https://bit.ly/2Sg4iok

Pandemia segue letal no Brasil, enquanto autoridades fecham os olhos. “Ainda não estamos fora de perigo”, reforça a OMS.

A pandemia de covid-19 é a maior crise sanitária da história da humanidade em mais de 100 anos. Em pouco mais de seis meses de declaração oficial de pandemia, o rastro de mortes e de colapso econômico se mostra sem precedentes na história. “Um milhão de vidas foram perdidas e muitas mais sofrem em razão da pandemia”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em artigo publicado no periódico inglês The Independent.

Adhanom voltou a insistir que a comunidade internacional precisa de coordenação e precisa ouvir a ciência. Muitas mortes poderiam ser evitadas caso governos não agissem em desacordo com a comunidade médica. Um exemplo é o Brasil. O presidente, Jair Bolsonaro, desde o início do surto, atacou as melhores práticas para conter o vírus, como o isolamento social.

 

A precarização do trabalho docente em tempos de ensino remoto
Brasil de Fato; 29/09
https://bit.ly/2HIQeC2

Nestes tempos futuros, em que as disputas serão acirradas, existirá um projeto bem marcado, com forte influência no âmbito do mercado educacional, de potenciar a educação à distância.

O nosso dever do tempo presente é acumular sobre as dificuldades vivenciadas em torno do ensino remoto (a distância): identificar para evidenciar as suas limitações. Tais limitações devem ser reconhecidas pelos docentes, discentes e pela proposta educacional em jogo, com o objetivo de contra-atacar para garantir uma educação pública, gratuita, laica, de qualidade e presencial.

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