Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 25 de setembro de 2020

25/09 - ‘Ministro envergonha até bolsonaristas’, a saúde do professor na pandemia, volta às aulas e a vulnerabilidade social das crianças - e mais.

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Nesta edição do Sinpro Saúde, o programa produzido pelo Sindicato de Professores de Campinas e Região, a psicóloga Emelin Macieu explica qual é o impacto da pandemia na saúde mental dos professores e das professoras. Assista agora aqui: https://youtu.be/eD8B8giUwDg

 

Declarações de ministro da Educação sobre gays e papel do MEC contrariam lei, dizem especialistas
Folha de S. Paulo; 24/09
https://bit.ly/3mRj4QJ

Declarações do ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre orientação sexual, o papel de seu ministério e a carreira de professor em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo foram criticadas por especialistas, para os quais o ministro mostra desconhecimento de suas atribuições e uma "visão equivocada e preconceituosa", que contraria a lei.

Na entrevista, publicada nesta quinta (24), Ribeiro, que é pastor presbiteriano, diz que a homossexualidade não é normal e a atribui a "famílias desajustadas".

Ele declara ainda que "hoje ser professor é ter quase uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa" e exime o MEC (Ministério da Educação) de colaborar com o redes de ensino no enfrentamento dos reflexos da pandemia de coronavírus.

Volta às aulas é ou não é tema do MEC? Veja o que dizem especialistas
Estadão; 25/09
https://bit.ly/3mUhMUX

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou em entrevista ao Estadão que não é atribuição da pasta tratar de temas como a volta às aulas nas escolas do País, interrompidas por causa da pandemia do novo coronavírus. "Quem tem jurisdição sobre escolas é Estado e município. Não temos esse tipo de interferência. Se eu começo a falar demais, dizem que estou querendo interferir; se eu fico calado, dizem que se sentem abandonados", disse Ribeiro.

Segundo especialistas, de fato não cabe ao governo federal determinar uma data para retorno às aulas no País, mas é dever coordenar a política nacional de educação e apoiar com recursos e assistência técnica locais mais necessitados. A Lei de Diretrizes Básicas determina que, além de coordenar essa política, ainda cabe à União articular "os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, envergonha até bolsonaristas
Thais Oyama/UOL; 24/09
https://bit.ly/33ZyjOJ

Mas aí vem o ministro da Educação e concede uma entrevista. Falando ao Estadão, Milton Ribeiro disse que a homossexualidade é fruto de "famílias desajustadas". Segundo o ministro, "o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic)" faz isso porque "não tem a atenção do pai, não tem a atenção da mãe". Completou o ministro: "São questões de valores e princípios”.


Editorial: ‘Um governo irrelevante’
Estadão; 25/09
https://bit.ly/33WpLIt

A atitude do ministro Milton Ribeiro (MEC) não surpreende, num governo cujo próprio presidente da República frequentemente rejeita as responsabilidades inerentes a seu cargo.

Assim, o MEC – que já está em seu terceiro ministro – continuará irrelevante, justamente no momento em que é mais necessário. Nada surpreendente, num governo em que o Ministério da Saúde se ausenta em plena pandemia e em que o Ministério do Meio Ambiente se omite em meio a queimadas e ao avanço do desmatamento, entre outras barbaridades. Tudo à imagem e semelhança de seu chefe.

 



Unicsul recusa proposta do Tribunal para indenizar professores demitidos
Sinpro SP; 24/09
https://bit.ly/364l81O

Em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, nesta quinta-feira, dia 24 (foto), o desembargador Paulo Kim Barbosa propôs que a Unicsul pague aos professores demitidos uma indenização adicional correspondente a um salário integral. A proposta foi recusada pelos representantes da Mantenedora e o processo irá a julgamento.

Na audiência de hoje, depois de ter recusado a proposta do Tribunal, a advogada patronal ofereceu três meses de vale-alimentação aos professores que não receberam nenhum benefício.

A indenização adicional sugerida pelo desembargador Paulo Kim foi aceita pelo SinproSP.  Com a recusa da Unicsul, entretanto, a ação seguirá para julgamento, em data ainda a ser marcada.

 

Cogna (Kroton) pode devolver imóveis em reestruturação de cursos presenciais
Veja; 23/09
https://bit.ly/2RUQgbI

O segmento de ensino superior do grupo Cogna poderá devolver alguns edifícios após o processo de reestruturação dos cursos presenciais da Kroton. O estudo está em andamento e não se sabe quantos cursos presenciais restarão. O que se sabe, contudo, é que a maioria migrará completamente para o ambiente virtual de Educação à Distância (EaD). Segundo o Radar Econômico apurou, a expectativa é que pouco mais de 10 cursos se mantenham — entre eles medicina, direito, engenharia e medicina veterinária.

Amazonas: Com nova alta de casos, Manaus recua na flexibilização e fecha bares e outros pontos de aglomeração
Folha de S. Paulo; 24/09
https://bit.ly/3cuHc6V

Volta às aulas da rede estadual de ensino fundamental, porém, está mantida, e sindicato protesta.

A capital amazonense volta a fechar bares, casas noturnas, clubes, flutuantes, praias e balneários a partir desta quinta (25), de acordo com decreto estadual, anunciado nesta quarta (23) pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Em contrapartida, o estado anunciou a retomada das aulas do ensino fundamental das escolas da rede estadual de Manaus para o dia 30 de setembro. Os estudantes do ensino médio voltaram às aulas presenciais em 10 de agosto. As aulas na rede privada retornaram ainda em julho.

No interior do estado ainda não há previsão para a retomada das aulas da rede pública.


Rio Gde do Sul: Em novo protesto, entidades chamam volta às aulas de 'crime'
Jornal do Comércio; 23/09
https://bit.ly/3iYKodz

A manutenção, por parte do governo do Estado, do calendário de retorno às aulas presenciais no Rio Grande do Sul, a despeito da forte resistência dos prefeitos do Interior, da contrariedade do sindicato dos professores da rede estadual (Cpers), do sindicato dos professores da rede privada (Sinpro-RS), de organizações estudantis e de pais e mães de alunos, tem gerado forte reação por parte da comunidade escolar gaúcha. Na manhã desta quarta-feira, mais uma manifestação contrária ao retorno dos alunos às salas de aula foi realizada em frente ao Palácio Piratini, no Centro Histórico de Porto Alegre.

Estudantes com Fies podem suspender pagamentos até o fim da pandemia
Agência Brasil; 24/09
https://bit.ly/3i1RSLm

Estudantes que têm contratos do Financiamento Estudantil (Fies) por meio do Banco do Brasil (BB) ou da Caixa Econômica Federal poderão requerer a suspensão do pagamento enquanto durar a vigência do estado de calamidade pública decretado por causa da pandemia da covid-19. A medida vale para clientes em situação de inadimplência com seus contratos, antes do dia 20 de março, data em que foi aprovado o estado de calamidade pública no país, pelo Congresso Nacional. Os estudantes que estão em situação de inadimplência também poderão suspender as parcelas, desde que as amortizações devidas até 20 de março sejam de no máximo 180 dias. As parcelas em atraso antes da pandemia não serão suspensas.

 

Imunidade de rebanho é ‘descabida e antiética’, protesta cientista
Rede Brasil Atual; 24/09
https://bit.ly/342VE22

Para epidemiologista da Fiocruz, a hipotese de imunidade de rebanho não deveria sequer ser ventilada. Trata-se do descaso com inúmeras vidas que não precisariam ser ceifadas pela covid-19.

“É descabida a hipótese de eventual imunidade de rebanho natural, além de nos remeter a uma discussão antiética”, disse. O estudo é focado na cidade de Manaus, que viveu uma explosão de casos no início da pandemia, o que provocou caos no sistema de saúde local. Justamente a capital amazonense é referida no estudo publicado no site medRxiv – página norte-americana de “pré-artigos” científicos, isto é, de teses ainda não comprovadas.

 



Ainda não dá: Volta às aulas não é solução para a vulnerabilidade social das crianças
Rede Brasil Atual; 24/09
https://bit.ly/32ZeSGK

“As crianças que estão mais vulneráveis agora, por conta do fechamento das escolas, também vão ficar mais vulneráveis com uma reabertura malfeita. São elas que vão ficar mais doentes, são elas que vão levar o vírus para casa, são elas que têm uma situação mais precária do que as crianças de escola particular”, avaliou a jornalista especialista em saúde Mariana Varella, editora-chefe do Portal Drauzio Varella, em live organizada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação para discutir a volta às aulas.

Mariana ressaltou que algumas das medidas mais importantes antes de uma eventual volta às aulas são quase inexistentes no Brasil: o rastreamento de contatos e a ampla testagem. São recomendações, por exemplo, do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), órgão dos Estados Unidos equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil. Aliados a uma forte redução da transmissão do coronavírus, o que ainda não é o caso no país, esses parâmetros também são preconizados pela Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) para uma volta às aulas segura.

Uma das saídas para a questão da vulnerabilidade social das crianças seria utilizar a estrutura da educação para apoiar ações da assistência social. Além do desenvolvimento de políticas para auxiliar as crianças e suas famílias em meio à pandemia. Auxílio alimentação maior, oferta de equipamentos e acesso à internet para acompanhar as aulas, busca ativa de casos de violência doméstica e sexual seriam medidas que poderiam melhorar a situação sem necessariamente uma volta às aulas insegura

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