É decisão do 10º Congresso da Fepesp: nossa unidade na luta pelo resgate de direitos usurpados por reforma ilegítimas. Leia mais: https://bit.ly/3moTWBo
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Enem sem “cara do governo” faz servidor temer represália
Valor Econômico; 23/11
https://glo.bo/3l24I0m
Servidores envolvidos na elaboração do Enem 2021 temem sofrer represálias depois do primeiro dia de provas, anteontem. Mesmo com a pressão para que alguns temas fossem suprimidos, as questões abordaram assuntos que incomodam o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Ontem, o presidente disse que o exame ainda apresentou "questão de ideologia", mas disse que a prova está mudando. Dias antes, Bolsonaro afirmara que o Enem estava com a “cara do governo”.
Algumas questões das provas de linguagens e de ciências humanas que mais chamaram a atenção de alunos e professores eram exatamente as que o comando do Inep tentou retirar da prova.
Para o órgão (responsável pela elaboração do exame), as perguntas abordavam temas considerados sensíveis pelo governo. Parte das questões suprimidas acabou voltando ao Enem para garantir um nível de dificuldade calibrado.
Apoiador sugere educação implantada por Hitler, e Bolsonaro normaliza ideia
UOL; 22/11
https://bit.ly/3CJtEQv
Um apoiador citou o ditador da Alemanha nazista Adolf Hitler como exemplo para educação infantil durante conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio da Alvorada, em Brasília, na manhã de hoje. Bolsonaro não refutou a ideia de seu apoiador. Ele normalizou a sugestão ao afirmar, na resposta, que gostaria de "uma educação moral e cívica nas escolas" e que não consegue porque há ministérios que são "transatlânticos".
"A gente via que Hitler trabalhava muito com as crianças. Nosso Ministério da Educação já poderia estar fazendo também um trabalho com as crianças para voltar à conscientização?", pergunta o apoiador, que não aparece nas imagens.
POLÍTICA EDUCACIONAL
Com revisão prevista para 2022, Lei de Cotas enfrenta polarização no Congresso e pode excluir negros
EStadão; 22/11
https://bit.ly/3l1SuVC
Criada em 2012, a lei deve obrigatoriamente ser revista até agosto de 2022, às vésperas das eleições gerais. Hoje, o futuro da legislação que facilitou o acesso de negros e de pessoas com baixa renda às universidades e a melhores postos no mercado de trabalho é uma incógnita. Depende do Congresso, que terá de analisar, em pleno contexto eleitoral, dezenas de propostas que se dividem entre prorrogar e restringir as cotas.
Parlamentares de direita e apoiadores de Jair Bolsonaro advogam pela revogação ou restrição dessa política, com a possibilidade de se excluir negros e manter apenas a reserva de vagas por critérios sociais. Na campanha eleitoral, Bolsonaro criticou a lei. "Reforçam (o preconceito), sem a menor dúvida", disse ele, às vésperas da eleição de 2018. Em favor da prorrogação, estão principalmente os partidos de esquerda. Estudo do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), obtido com exclusividade pelo Estadão, aponta que a Câmara tem hoje uma equivalência de propostas em tramitação, de um lado e de outro, e o cenário não indica vencedores.
Senadores votam projeto que incentiva a entrada de idosos nas universidades
Agência Senado Federal; 21/11
https://bit.ly/30OfgJp
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) tem reunião marcada para esta terça-feira (23), às 9h00, com 25 itens na pauta. Um deles é o projeto que incentiva o ingresso de idosos com mais de 70 anos, sem curso superior, nas universidades públicas federais (PL 4.662/2019). De iniciativa do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e relatado pela senadora Leila Barros (Cidadania), o texto busca garantir a vaga do idoso sem a necessidade de processo seletivo.
O projeto altera a Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012) para estender as políticas de inclusão educacional, que já são garantidas por questões de raça e de deficiência, aos idosos. Segundo Veneziano, nada mais justo do que ampliar o acesso à educação superior pública federal também aos idosos, “proporcionando reserva de vagas direta — ou seja, sem necessidade de qualquer processo ou concurso seletivo — para ingresso em cursos de graduação de instituições federais de ensino superior (Ifes)".
O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO
Grupo de educação Afya compra 12 ativos por R$ 2,1 bi na pandemia
Valor Econômico; 23/11
https://glo.bo/3l23BOe
A pandemia abriu uma janela forte para o mercado de fusões e aquisições e a Afya, grupo educacional com foco em cursos de medicina, está aproveitando as oportunidades. Desde julho do ano passado, foram investidos R$ 2,1 bilhões em 12 negócios.
No terceiro trimestre deste ano, a Afya registrou um lucro líquido de R$ 57,99 milhões no terceiro trimestre, queda de 27,1% no ano, reflexo do resultado financeiro menos favorável diante de um endividamento maior para fazer frente às aquisições.
Desde julho do ano passado, a Afya comprou 12 empresas, sendo 8 startups. Considerando apenas faculdades, foram três grandes aquisições neste ano. A mais recente foi a Faculdade de Medicina de Garanhuns (FAMEG), em Garanhuns (PE), com 120 vagas. Antes o grupo comprou a Unigranrio (308 vagas) em maio, por R$ 700 milhões - sua maior aquisição - e a UnifipMoc (150 vagas).
CORONAVÍRUS
Pesquisadores organizam jornada em defesa da ciência contra cortes de Bolsonaro
RBA; 22/11
https://bit.ly/3l4rl4m
Entidades acadêmicas, cientistas e pesquisadores do Brasil realizam nesta terça-feira (23) a 3ª Jornada de Mobilização em Defesa da Ciência. O movimento é idealizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e faz frente aos cortes severos do governo Bolsonaro no setor. Serão realizadas atividades como aulas on-line e debates com a participação de parlamentares e representantes de entidades da área científica. Também está programado um “tuitaço” a partir das 10h com a hashtag #SOSCiência.
“O objetivo é reverter os cortes, bem como buscar a liberação dos recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de financiamento da pesquisa científica no país, e o reajuste das bolsas de estudo, que estão congeladas desde 2013″, diz a secretária-geral da SBPC, Claudia Linhares Sales. |
Baixa adesão à vacinação preocupa Europa, que endurece restrições
Rede Brasil Atual; 22/11
https://bit.ly/3xhVuSY
A jornalista alemã Sabine Kinkartz, do DW, explica que a adesão insuficiente aos imunizantes tem relação com grupos negacionistas. Pessoas ligadas à extrema direita, tal como observado no Brasil entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, adeptos a teorias conspiratórias e contrários à ciência. “O número de pessoas vacinadas é especialmente baixo nos estados da Saxônia e da Baviera. Mas por que há tanta gente indisposta a se vacinar? Muitas pertencem ao movimento Querdenken (“pensamento lateral”, em tradução livre para o português), que é profundamente cético em relação ao Estado alemão, à política, à mídia e à sociedade em geral”, explica. |
O museu que reúne livros banidos de todo o mundo
Nexo; 23/11
https://bit.ly/3HOfoty
Reunir e preservar todos os livros que já foram censurados, proibidos ou queimados em algum momento da história. Com essa ideia, o cineasta escocês Joseph Maximillian Dunnigan criou o Banned Books Museum (ou Museu dos Livros Banidos, em tradução livre), localizado na Estônia.
Um exemplo de censura é “Ulisses”, de James Joyce. Publicado na década de 1920, o livro foi banido dos Estados Unidos por conta do teor sexual presente na obra. A censura durou cerca de 10 anos, tendo seu fim oficial em 1933. O autor chinês Ma Jian, por sua vez, é um exemplo contemporâneo de censura – todos os seus livros estão banidos na China.
De acordo com Dunnigan, para além de construir um acervo de livros que já foram censurados em diferentes lugares do mundo, o museu tem como intuito gerar uma reflexão em torno dos conceitos de liberdade de expressão e de troca de ideias de forma livre.
Além de promover o acesso do público às criações literárias, o museu disponibiliza pesquisas e publicações jornalísticas sobre as obras censuradas. Assim, os visitantes podem refletir sobre o contexto histórico em que as obras estavam inseridas e o que levou os governos a banirem essas produções.
A visita ao local só pode ser feita presencialmente. No entanto, no site do museu o usuário encontra um podcast apresentado por Dunnigan sobre o tema.
Exemplos do acervo:
OS HINDUS: UMA HISTÓRIA ALTERNATIVA (WENDY DONIGER) - Publicado em 2009 por uma professora de história da religião da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, o livro foi banido na Índia em 2014 primeiramente por conta de sua capa, que expõe a deusa Krishna nua.
PSICOLOGIA DE MASSAS DO FASCISMO (WILHELM REICH) - Lançado em 1933, o livro foi escrito por um psicanalista marxista nascido na Áustria. Na obra, com a ajuda da teoria da psicanálise, o autor argumenta que os fascistas chegaram ao poder, entre outras coisas, utilizando-se da repressão sexual.
O CONTO DA AIA (MARGARET ATWOOD) - A obra canadense, que foi publicada pela primeira vez em 1985, conta a história de uma sociedade americana que teve seu sistema político derrubado e substituído por um governo teocrata fundamentalista cristão.