Ministro da Educação diz priorizar amigos de pastor a pedido de Bolsonaro; ouça áudio
Folha de S. Paulo; 22/03
https://bit.ly/3wxHHt7
Em conversa gravada obtida pela Folha (ouça áudio aqui), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirma que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC (Ministério da Educação).
Milton Ribeiro diz que isso atende a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.
Bancada da educação se mobiliza contra gabinete paralelo do MEC
Congresso em Foco; 21/03
https://bit.ly/3D1wimh
A denúncia veiculada pelo Estadão de assessoramento paralelo por parte de pastores evangélicos dentro do Ministério da Educação (MEC) foi recebida com preocupação pela liderança da Frente Parlamentar pela Educação. Segundo seu coordenador na Câmara, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), a bancada já trabalha em meios para dar uma resposta institucional, não descartando a possibilidade de futuramente judicializar a questão.
Segundo o parlamentar, na atual etapa a bancada trabalha com a coleta de informações para conseguir buscar uma solução ao ocorrido no MEC. Uma série de requerimentos foram enviados à pasta pela bancada nesta segunda-feira (21), parte deles com prazo de resposta para terça. Obtidas as respostas, Israel Batista planeja se reunir no mesmo dia com a bancada para discutir os próximos passos.
Lideranças do Centrão controlam verbas de fundo nacional da Educação
Estadão; 21/03
https://bit.ly/3JBXMS3
Enquanto pastores tocam a agenda do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e buscam intermediar as verbas da pasta, como revelou o Estadão, as lideranças do Centrão dominam o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O órgão que concentra o dinheiro do ministério tornou-se um feudo do Progressistas e passou a priorizar redutos de duas lideranças do partido, o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI).
A engrenagem do maior fundo controlado pelo MEC – com orçamento de R$ 45,6 bilhões em 2022, sendo R$ 5 bilhões em despesas discricionárias e emendas parlamentares – é movida por Marcelo Ponte, que era chefe de gabinete de Ciro no Senado antes de assumir o cargo de presidente do órgão.
Ministério da Educação, um orgulho bolsonarista
Blog do Noblat via Metrópoles; 21/03
https://bit.ly/3L0Ltiw
Se Bolsonaro deixar o governo ao fim de 2022 poderá gabar-se de alguns feitos.. Foi o presidente do garimpo e do desmatamento na Amazônia, do vírus e da morte na pandemia, das fakes news e das ameaças à democracia, entre tantos crimes. Por fim, já sem fôlego, vai afirmar que desmontou a educação no país, e ainda permitiu que pastores, sem cargo no governo, agissem como lobistas no MEC, como mostraram reportagens do Estadão.
A lista [de favorecimentos] é longa. Tudo dentro do projeto de um presidente que se orgulha de não ler livros e ofende Paulo Freire. Bolsonaro quer uma educação que seja seu espelho.
POLÍTICA EDUCACIONAL
Sistema Nacional de Educação não cita raça e gênero em diretrizes para acabar com as desigualdades no ensino
Portal Terra; 21/03
https://bit.ly/3ttcJ33
O projeto do Sistema Nacional de Educação (SNE) pode ser um trunfo para o governo nas próximas semanas, de acordo com fontes ligadas à Frente Parlamentar Mista da Educação, da Câmara dos Deputados. O PLC 235/2019, aprovado no Senado por unanimidade, deve ser levado diretamente ao Plenário após ter apensado a ele o PLP 25/2019, de autoria da deputada professora Dorinha (DEM-TO) e relatoria do deputado Idilvan Alencar (PDT- CE).
Segundo informações, existe um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para que a matéria seja aprovada. "É mais um projeto para o governo chamar de seu", afirmou. A Lei Complementar institui o SNE e fixa normas para a cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, em matéria educacional. Se aprovado, a matéria vai à sanção presidencial.
Em cinco anos, Brasil perdeu quase 2 milhões de alunos na educação básica
Revista Piauí; 21/03
https://bit.ly/3ttcJ33
Nos últimos cinco anos, o Brasil perdeu 1,9 milhão de alunos na educação básica, que abarca da creche ao ensino médio. É o que aponta o Censo Escolar de 2021, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Somando matrículas das redes pública e privada, o país tinha, em 2017, 48,6 milhões de alunos nas escolas; em 2021, eram 46,7 milhões.
Atualmente, cerca de 1,4 milhão de brasileiros com idades entre 5 a 17 anos estão fora da escola. Esse contingente seria suficiente para encher 32,8 mil ônibus escolares de 44 lugares cada.
O cenário é preocupante mesmo para as crianças que, na pandemia, continuam a frequentar o ambiente escolar. Em 2019, 1,4 milhão de crianças matriculadas no 1º e no 2º anos do ensino fundamental não sabiam ler ou escrever, de acordo com seus responsáveis. Em 2021, o número subiu para 2,4 milhões.
SINDICATO
De olho nos salários: a Convenção é para todas e todos
SinproSP; 21/03
https://bit.ly/3wsf3cS
Chegamos à segunda metade do mês do março e daqui a pouco é hora de receber os salários. É bom antecipar-se desde já: calcule o reajuste de 10,57% e, assim que receber o holerite, confira os valores. Avise o SinproSP se o índice não tiver sido aplicado.
E não se esqueça! Em outubro tem participação nos lucros ou abono especial de 15% para todas as professoras e todos os professores.
MG: Profissionais da rede estadual de educação de Juiz de Fora permanecem em greve há mais de 10 dias
G1; 21/03
http://glo.bo/3Nby1dn
Os servidores da educação estadual continuam em greve por tempo indeterminado em Juiz de Fora. A situação foi confirmada ao g1 nesta segunda-feira (21) pela presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) na cidade, Vitória Mello. A paralisação foi iniciada no dia 8 de março. A classe pede reajuste do piso salarial.
Segundo Vitória Mello, o movimento dura há mais de 10 dias com 50% a 60% de atuação dos profissionais na cidade.
CORONAVÍRUS
USP mantém máscara em local fechado e flexibiliza uso ao ar livre
Folha de S. Paulo; 17/03
https://bit.ly/3qpOP6C
A USP decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados mesmo após decreto do governador João Doria (PSDB) que dispensou o uso do acessório.
A instituição, junto com a Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), já havia seguido anteriormente uma postura mais restrita que o governo do estado, quando decidiu manter a obrigatoriedade da máscara em ambientes abertos mesmo após decreto do governador em sentido oposto.
Risco de morrer por Covid é até 18 vezes maior para idosos não vacinados
Folha de S. Paulo; 22/03
https://bit.ly/3ws7mDq
O risco de morte por Covid chegou a ser 18 vezes maior entre os idosos não vacinados, na comparação com os já imunizados, durante a onda causada pela variante ômicron no Brasil.
Na população adolescente e adulta, a mortalidade entre não vacinados foi até 14 vezes maior.
A análise foi realizada pela Folha a partir do cruzamento dos dados oficiais do Ministério da Saúde com as estimativas populacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foram considerados os registros de mortes e internações no período de dezembro a fevereiro.
Com alta do papel, editoras encolhem tiragem de jornais, livros e histórias em quadrinho
Valor Econômico; 17/03
http://glo.bo/3JyDGZ0
Uma alta abrupta no preço do papel no começo deste ano desequilibrou os orçamentos das editoras, ao elevar de forma imprevista os custos de produção de livros, de materiais promocionais e de embalagens.
A inflação atingiu várias categorias de papel -- na produção nacional destinada a linhas editoriais, chegou a 65% somente nos últimos dois meses. Para o consumidor final, o resultado já é livros e revistas mais caros e menor variedade de publicações.
Os motivos são diversos. Um dos principais é a cotação do dólar, na qual se baseiam os preços de vários dos insumos usados na impressão de livros: papel, tintas, blanquetas de borracha (que transmitem a tinta para o papel) e chapas de impressão.
Com tantas variáveis na mesa, o mercado gráfico e editorial tende a encolher. Tavares, da CBL, afirma que as tiragens no Brasil já são baixas, e quanto menor, maior o custo. Rodagens acima de 10 mil unidades são reservadas a autores premiados -"best-sellers ou livros de influenciadores".
A julgar apenas pelos números de cópias, a digitalização poderia parecer uma alternativa. Em 2020, segundo a consultoria Nielsen, as vendas de ebooks subiram 83% na comparação com 2019. O faturamento cresceu 11%, mas ainda correspondia a apenas 6% da receita das editoras. Ainda assim, um crescimento ante os 4% de 2019.
O presidente da Abrigraf Nacional, Sidnei Victor, diz que o impacto pode ser visto pela redução no número de publicações e no que ela chama de "desaparecimento dos jornaizinhos", as publicações de bairros e entidades.