Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 18 de maio de 2020

18/05 - A escola ‘home office’ não deu certo, adiar Enem sim ou não, volta às aulas em Portugal, os robôs da Laureate - e mais.

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A pandemia impôs aos professores uma drástica adaptação do ensino presencial para o ensino mediado pela tecnologia. Para muitos, é um método completamente novo, estressante, irregular e sem controle da jornada de trabalhoTRT não concedeu liminar. Sindicatos alertam: avise se a escola fizer qualquer proposta individual e se exigir trabalho além do horário normal.
Leia mais aqui:    https://fepesp.org.br/noticia/7982/

 


‘A escola home office não deu certo’
Folha de São Paulo; 17/05
https://bit.ly/3bJDvbv

Por Ronaldo Lemos: “Em meados de abril, o ex-presidente-executivo do Google Eric Schmidt descreveu o fato de milhões de crianças estarem fazendo aulas online durante a pandemia como “um experimento massivo de aprendizado remoto”. Bem, esse experimento deu errado.

Pergunte a qualquer pai ou mãe das classes mais ricas do Brasil como tem sido sua experiência com crianças em casa tentando aprender pelo computador e você ouvirá relatos próximos a um pesadelo.

Mais do que isso, a ideia da escola “home office” é um vetor de aprofundamento de desigualdades. A pandemia evidenciou como o acesso à internet é mal distribuído no Brasil.

Em suma, não é o caso de desistir da educação remota, mas de entender as situações em que ela é adequada. Até isso acontecer, como política pública, o importante é investir na escola tradicional e começar por, no mínimo, levar banda larga de qualidade para TODAS as escolas públicas do país”.

 

Oito em cada dez professores não se sentem preparados para ensinar online
Renata Cafardo, Estadão; 14/05
https://bit.ly/3e0Z2y1

Quase dois meses depois de as escolas fecharem no País todo por causa da pandemia do coronavírus, 83% dos professores não estão preparados para ensinar online. E são eles que dizem isso, em pesquisa realizada pelo Instituto Península, à qual o Estadão teve acesso com exclusividade. Os docentes de redes públicas e particulares ainda se declaram ansiosos e nada realizados com o trabalho no momento atual.

Estudos internacionais e experiências em países que são considerados exemplos de educação mostram que o professor é fator determinante para o ganho de aprendizagem do aluno, principalmente para os mais vulneráveis. Em tempos de isolamento, a importância aumenta, já que muitas vezes o profissional é o único vínculo com a escola.

 



Em razão da pandemia de Covid-19, o Enem deveria ser adiado já?
Folha de S. Paulo; 15/05

SIM. Por Maria Inês Fini, ex-presidente do INEP, criadora do Enem
https://bit.ly/2TgTHKY

Numa injusta agressão aos jovens brasileiros que mais precisam do apoio das políticas públicas de educação, o Ministério da Educação insiste em manter o calendário do Enem 2020. Todos assistimos, mais perplexos a cada dia, à falta de uma política de educação coordenada com estados e municípios, que promova mais equidade nos esforços da nação em busca de mais e melhor aprendizagem aos alunos brasileiros.

 

NÃO. Por Alexandre Lopes, presidente do INEP
https://bit.ly/368Iql6

A definição das datas de aplicação do Enem, nesses tempos de incertezas, mantém acesa a esperança para os jovens de que o sonho de ingressar na universidade é possível, porque o exame está assegurado.

O Inep e o MEC não estão alheios à situação educacional decorrente da paralisação das aulas presenciais, tendo adotado várias medidas para acompanhar a evolução da conjuntura e minimizar os seus efeitos.



Universidades federais de SP lançam manifesto pelo adiamento do Enem
Estadão; 16/05
https://bit.ly/2zPFMo8

As universidades federais de São Paulo e o Instituto Federal do Estado lançaram um manifesto pelo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano devido à pandemia do novo coronavírus e suas consequências. As entidades pedem realização de provas apenas no início de 2021.

 

Depois de colocar robôs para ensino, grupo educacional demite 120 professores
Folha de Pernambuco; 16/05
https://bit.ly/2LQgERf

Os professores da Laureate (FMU, Fiam-Faam e Anhembi Morumbi) foram informados nesta quarta sobre as demissões, com a justificativa de que o grupo está reestruturando o formato dos cursos a distância.

"Fui acessar o sistema pela manhã para começar a atender os alunos, mas minha senha estava bloqueada. Enquanto tentava resolver, entraram em contato e me avisaram da demissão", contou uma professora, que pediu para não ser identificada. Segundo a docente, eles foram comunicados de que não haverá mais o cargo de professor para cursos a distância. Para essas graduações serão contratados tutores, ou será aproveitado o quadro dos cursos presenciais.

Celso Napolitano, presidente da Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), disse que a rede também informou ao sindicato que as demissões fazem parte de um plano de reorganização da modalidade a distância.

"Como eles já estão usando esses robôs para a correção, eles precisam de menos profissionais. Podem usar os professores dos cursos presenciais para isso, já que as novas regras do Ministério da Educação permitem essa simbiose".

 

A boca grande da Laureate e a sua falta de compromisso com a qualidade da Educação
DCM; 14/05
https://bit.ly/2WFwHar

Quando foi flagrada botando os robôs para avaliar trabalhos dissertativos por meio de palavras-chave, a Laureate lançou uma nota hipócrita dizendo que queria “liberar a agenda” dos professores para que investissem “mais tempo na relação direta com seus alunos”, já que o “objetivo é sempre humanizar ainda mais a relação de ensino e aprendizagem”.

Acho que ninguém caiu na lenga-lenga deles. Agora o propósito real foi desvelado de vez: ampliar a exploração da mão de obra docente e reduzir despesas às custas da qualidade do serviço oferecido.

 

Opinião: ‘A pandemia e o direito à educação’
Carta Capital; 15/05
https://bit.ly/3dTKTm4

Por Madalena Guasco Peixoto: “A pandemia de Covid-19 que já afetou mais de 4 milhões de pessoas ao redor do mundo e fez quase 300 mil vítimas fatais, escancarou, no Brasil, a imensa desigualdade social que aflige o país. Como se não bastasse o enfrentamento de uma crise sanitária sem precedentes — luta que, é preciso destacar, está sendo feita a despeito da omissão do governo federal —, essa batalha vem acompanhada de obstáculos que incluem a falta de saneamento básico à qual está submetida parte da população, a precariedade de moradia e de alimentação, o desmonte do Sistema Único de Saúde e a carência de investimentos em saúde pública, os ataques — cruelmente acirrados neste momento — aos direitos trabalhistas.

Essa desigualdade social implica, obviamente, também uma desigualdade no acesso à educação. A excepcionalidade trazida pela crise evidencia as dificuldades enfrentadas pela escola pública e vem reforçar a necessidade e a importância da nossa luta em defesa do cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE) — incluindo o que toca a meta de investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na educação pública, gratuita, democrática e de qualidade socialmente referenciada — e pela urgente revogação da Emenda Constitucional (EC) 95, que, ao estabelecer um teto de gastos públicos, inviabilizou a execução do PNE, bem como de quaisquer políticas públicas nas áreas de educação, saúde e assistência social, justamente nas quais são expostas nossas maiores fragilidades nesses tempos de coronavírus”.

 

 

Portugal tem volta às aulas parcial nesta segunda-feira, com medidas de proteção e distanciamento
G1; 18/05
https://glo.bo/2LAAOOQ

Cerca de 200 mil estudantes de Portugal dos últimos dois anos do ensino médio (16 e 17 anos), voltam às aulas nesta segunda-feira (18). Eles deverão seguir uma série de medidas de proteção, como o uso obrigatório de máscaras, lavagem das mãos ao entrar e sair da escola, e a reorganização de horários e espaços para garantir a distância entre os alunos, informou a agência EFE.

Os jardins de infância também serão reabertos, mas durante as duas primeiras semanas, os pais que optarem por manter as crianças em casa seguirão recebendo auxílio financeiro do governo. Os demais estudantes seguirão com as aulas a distância, através de plataformas virtuais e televisão.

Para minimizar o contato, os alunos serão organizados em grupos que terão horários de aula, intervalos e períodos de alimentação próprios. A entrada e saída de cada grupo também será organizada para que haja o mínimo contato possível.

As medidas são uma tentativa de evitar que os grupos se cruzem e, com isso, aumentam a chance da circulação do novo coronavírus.

 


A eficiência do material das máscaras segundo este estudo
Nexo; 15/05/2019

https://bit.ly/2LzIAse

Governos no Brasil e no mundo têm incentivado o uso de máscaras em locais públicos como medida para evitar a propagação do coronavírus.

O Ministério da Saúde frisa que o uso de máscaras deve ser visto como uma medida complementar durante a pandemia. Além do isolamento social, por exemplo.

Um estudo de 2013, feito durante a pandemia de Influenza A, mediu a disseminação de gotículas comparando máscaras diferentes quando as pessoas tossem. Os gráficos neste artigo foram feitos a partir desse estudo.

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