Ensino Superior: está na hora de dar um basta na ganância patronal, e nossa resposta virá nesta quarta, dia 17, às 17 horas – assembleias de professoras, professores e pessoal administrativo no Ensino Superior em todo o Estado. Hoje não tem aula, tem assembleia! Veja os links para participar, aqui: https://bit.ly/3RMLEST
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Os professores [e auxiliares] do ensino superior vão parar? Está chegando a hora de decidir – Nesta quarta-feira, professoras, professores [e pessoal administrativo] do ensino superior [irão se reunir] em assembleia remota, com abono de falta em todos os períodos, para decidir se entram em greve e discutir todas as possibilidades jurídicas e políticas. Não é possível calar-se diante de uma proposta de 4% diante de uma inflação que, de março do ano passado a junho de 2022, supera 14%. Vivemos uma situação limite e é preciso dar um basta. Aceite esse desafio e venha discutir na assembleia!. Sinpro SP, 16/08 https://bit.ly/3dBpT91
Assembleias – Ocorrem de forma simultânea neste dia 17, às 17 horas, em todos os sindicatos integrantes da Fepesp. A assembleia é de professores e de pessoal administrativo (auxiliares de administração escolar). Veja os links para participar da assembleia em cada região do Estado aqui: https://bit.ly/3RMLEST
O que é assembleia com falta abonada? – É um direito conquistado em campanhas salariais anteriores e, assim, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho. A falta neste dia 17 será abonada pelo dia todo, não importa se a sua jornada seja em período integral ou parcial, apenas um turno. Para ter sua falta abonada, e receber pelo dia, professores e auxiliares devem participar da assembleia deste dia 17, receber o certificado de participação emitido pelo sindicato e o apresentar na sua instituição. As escolas já estão devidamente deste procedimento!.
17 de agosto é Dia Nacional de Mobilização e Luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação privada! – Nota da Contee indica que “em articulação nacional, os representantes dos oligopólios educacionais (que também avançam cada vez mais sobre o ensino básico) dominam as mesas de negociações coletivas e dizem não a toda e qualquer reivindicação salarial e/ou de padrão mínimo de condições de trabalho. E contam com apoio tácito e/ou explícito das demais instituições, mesmo as de longa tradição e respeitabilidade social, como as comunitárias”. Contee, 16/08 https://bit.ly/3ApV8Nc
Professores da Unib decidem manter greve por tempo indeterminado – Reunidos em assembleia nesta terça, 16 de agosto, professoras e professores da Universidade Ibirapuera votaram pela continuidade da greve iniciada na terça-feira, dia 09. Os docentes reivindicam salários atrasados, recolhimento da contribuição previdenciária e depósito do FGTS, entre outras irregularidades. O diretor do SinproSP, Celso Napolitano, lembrou aos professores que todos os ritos exigidos na Lei foram cumpridos e por isso, a greve é legal e é, sobretudo, um direito constitucional dos trabalhadores. Qualquer iniciativa de assédio deve ser prontamente informada ao Sindicato, no e-mail unib@sinprosp.org.br. Sinpro SP, 16/08 https://bit.ly/3c77osp
POLÍTICA EDUCACIONAL
‘Isto não é educação a distância!’– Educação a distância de verdade é um sistema educacional que oferece aos alunos um material didático, utilizando diferentes mídias, que percorre os conteúdos de uma disciplina com a mesma densidade do ensino presencial, oferecendo habilidades e competências para que os formandos possam exercer com dignidade e competência suas profissões e sua cidadania. A EaD necessita de uma docência ativa, embora diferente da utilizada no ensino presencial, e de um sistema de avaliação que garanta que o aluno adquiriu, em cada disciplina, conhecimento equivalente ao que teria em sala de aula. Correio Braziliense, 16/08 https://bit.ly/3w9LYSs
Fies: resultados do segundo semestre podem ser consultados; saiba como fazer - Os resultados do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2022 foram divulgados pelo Ministério da Educação. Eles podem ser consultados pelo site. Clique aqui. O prazo para que os pré-aprovados complementem suas inscrições vai até o 17 de agosto e, no dia 22, começam as convocações dos inscritos que estão na lista de espera. Estadão, 16/08 https://bit.ly/3QN0Kq2
Da creche ao ensino médio, 17% dos brasileiros estão em escolas particulares - É, preciso, no entanto, considerar que o número de matriculados na rede pública não necessariamente representa o de estudantes que estão, de fato, frequentando as escolas, especialmente no contexto da pandemia e da pós-pandemia. De 2020 para 2021, as rematrículas foram, em geral, automáticas, sem registrar, portanto, a real dimensão da evasão escolar. Folha de S. Paulo, 16/08 https://bit.ly/3Aq1Q5Ohttps://bit.ly/3Qr1zox
O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO
Yduqs (Estácio) busca fusão com concorrentes - O banco JP Morgan analisou possíveis combinações entre os grandes grupos. Uma fusão entre Yduqs e Cruzeiro do Sul é a que geraria menos sobreposição, tornando mais fácil uma aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade). Em 2017, a autarquia vetou uma fusão com a Kroton (atual Cogna). “Acreditamos que Yduqs+Cogna poderia ser aprovado hoje em dia, pois o mercado mudou significativamente desde 2017, quando foi rejeitado”, escreveram os analistas Marcelo Santos, Jessica Mehler e Froylan Mendez em relatório a clientes. Valor Econômico, 15/08 http://glo.bo/3KfxLt7
'Escolas-conceito' com mensalidade abaixo de R$ 1.000 crescem na crise - Com piora na economia, novas redes de ensino privado que visavam atrair alunos de colégios públicos são procuradas por famílias que tiveram de cortar custos da educação. Folha de S. Paulo, 16/08 https://bit.ly/3QKLmdI
ELEIÇÕES 2022
#VotePelaEducação: UNICEF convoca sociedade a priorizar a Educação nas eleições - Levantamento mostra que apenas 4% das menções às Eleições 2022 na internet falam sobre Educação. Sabendo da urgência de priorizar o tema no País, nesta terça-feira em que se iniciam as campanhas eleitorais, o UNICEF convoca a sociedade para que cada eleitor, cada eleitora #VotePelaEducação, e exija ações concretas de candidatos e candidatas em resposta à crise educacional. Unicef, 16/08 https://uni.cf/3pIJxml
Campanha eleitoral: confira o que pode e o que não pode ser feito - É proibida a veiculação e o compartilhamento de notícias falsas. Disparos de mensagens por meio de aplicativos como o WhatsApp e o Telegram, como ocorreu nas eleições de 2018, não podem ser feitos. o horário eleitoral gratuito e obrigatório transmitido no rádio e na televisão está previsto para começar no dia 26 de agosto e deve ir até o dia 30 de setembro. Durante a campanha eleitoral é proibida a confecção, utilização e distribuição de brindes como camisetas, chaveiros, bonés e canetas, por parte dos comitês ou candidatos. Cestas básicas, roupas ou qualquer outro produto que possam dar vantagem ao eleitor também estão proibidos. Saiba mais aqui. Rede Brasil Atual, 16/08 https://bit.ly/3QQdpIN
SAÚDE
Mais de 30% dos pacientes de Covid-19 apresentam problemas neurológicos – As conclusões são de um estudo coordenado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado recentemente no prestigiado periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os sintomas costumam ser associados sobretudo a quadros graves, mas atingem também quem teve quadros moderados ou leves da doença, aponta a publicação. "O que nos despertou esse interesse em particular foi o fato de os pacientes apresentarem perda de olfato, um mecanismo mediado pelo cérebro. Isso nos fez pensar que poderia ter alguma implicação cerebral", conta Martins-de-Souza professor de bioquímica da Unicamp e um dos pesquisadores. Folha de S. Paulo, 16/08 https://bit.ly/3zWOdcN
‘A invenção do 7 de Setembro às margens do Ipiranga’
Jornal Nexo, 16/08
https://bit.ly/3AuW6rz
Efemérides sempre passam por batalhas de narrativas; lutas pela memória do passado. Mas o revisionismo histórico tem limites.
Por Lilia Schwarcz, professora da USP e global scholar em Princeton – “Poucas vezes na história do Brasil se falou tanto e se manipulou tanto a história do 7 de Setembro. Sobretudo o atual governo tem tomado a data como uma espécie de boia de salvação, para criar uma comunidade de emoção e assim nublar os graves problemas econômicos, políticos e morais que assolam o país e essa gestão.
Não que haja algo de original na atitude do governo. A efeméride sempre serve à data cívica e patriótica e não o contrário. Em 1922, por ocasião do centenário, o presidente Epitácio Pessoa criou uma grande festa internacional, a partir da construção de arquiteturas efêmeras que visavam encantar o público. Inaugurou também o Museu Histórico Nacional, com várias telas encomendadas que visavam exaltar visualmente a história nacional, com destaque ao quadro de Georgina de Albuquerque que dava ao então príncipe regente, na ausência do marido, toda a proeminência.
Mas o sequestro de significados não parou ou estacionou por aí. Em 1972, novamente a efeméride virava motivo de exaltação patriótica. Nos 150 anos de Independência, em plena ditadura militar, os generais buscaram silenciar os atos violentos que praticavam – censurando, torturando, matando, tirando os direitos de brasileiros e brasileiras – com um imenso desfile e toda uma programação voltada à exaltação do ato, como se fosse um feito militar. Ou seja, tirou-se o caráter cívico no evento, para transformá-lo numa ode ao Exército e à ordem consentida ou imposta na base da violência; imensa e perversa manipulação e sequestro da narrativa histórica.
Mas se essas histórias vão ficando conhecidas, o que pouco se comenta é porque nem ao menos no dia 7 de setembro de 1822, o episódio que se passou às margens do Ipiranga fez muito sucesso. Passou na surdina. Na verdade, em sua época, o evento às margens do Ipiranga quase que ficou despercebido. Como se sabe, d. Pedro viajou para São Paulo com o intuito de debelar a “bernarda”, nome que se dava a insurreições civis, revoltas populares e todo tipo de “desordem” pública. No caso específico, esse foi o motim ou bernarda de Francisco Inácio, que eclodiu em São Paulo a 23 de maio de 1822, por conta da cisão entre os membros do Governo Provisório local. O movimento afetava fortemente os Andradas, políticos famosos na província e da família do grande aliado de d. Pedro, nessa circunstância: José Bonifácio de Andrada e Silva.
Mas se essa era a missão oficial, e que aliás sagrou-se vitoriosa, já a verdadeira “missão”, e que restou na imaginação popular, acabou sendo bem outra. Afinal, nessa circunstância, ocorreu o romance mais famoso e tórrido da história oficial do Brasil envolvendo o príncipe regente e Domitila de Castro, a futura Marquesa de Santos.
De toda maneira, quando as famosas cartas de José Bonifácio e Maria Leopoldina – as quais aliás nunca foram encontradas – encontraram d. Pedro, ele não vinha de agenda oficial, e nem se encontrava bem de saúde, tendo que “apear-se”, como dizem os relatos, a todo momento. Por isso, todo aquele cenário, tantas vezes desenhado em nossa memória oficial, e tão presente nos livros didáticos, de fato não aconteceu exatamente como se conta. Para além do lado de certa maneira sigiloso da viagem, digamos assim, também o certo é que a data não vingou. A Independência foi comemorada, em 1822, a partir de dois eventos capitais da monarquia: a aclamação de d. Pedro I em 12 de outubro de 1822 no Campo de Santana, e sua coroação em 1º de dezembro daquele ano; ambas ocorridas no Rio de Janeiro, então capital do país.
Os jornais, atas e demais documentos oficiais simplesmente silenciaram sobre o 7 de Setembro, que aparece mencionado pela primeira vez apenas em 1827, justamente por d. Pedro. A partir de então, e sobretudo na década de 1830, é que a narrativa começou a aparecer e ganhar vulto, primeiro nos círculos palacianos, como uma forma de justificar o protagonismo do imperador na independência do Brasil”.