Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 17 de março de 2022

17/03 - Cai evasão no ensino médio, aumenta no fundamental; protesto na escolinha da Zona Leste, a passeata da rede pública, e mais: ‘Mr. Bachman’ não acredita em boletim

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Educação Básica: confira os demais reajustes que estão em vigor a partir de 1º de março, além da sua PLR de 15% em 2022, no site da Fepesp: https://bit.ly/3KyKSV2

 

 

Evasão diminui no ensino médio, mas aumenta no fundamental
Valor Econômico; 17/03
https://glo.bo/3KSyI9w

Na contramão da tendência habitual, a evasão dos alunos do ensino médio caiu durante a pandemia. A de alunos do ensino fundamental, por sua vez, aumentou, segundo levantamento da consultoria IDados.

Baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o estudo mostra jovens de 15 a 17 anos foram os que mais se matricularam em 2020 e 2021. O percentual desses jovens fora da escola passou de 7,2% em 2019, antes da pandemia, para 5,4% em 2020 e 4,5% em 2021.

 

Ato de professores na Paulista sinaliza para greve dos profissionais da educação (rede pública)
Rede Brasil Atual; 16/03
https://bit.ly/3tizB5j

Em ato realizado no final da tarde desta quarta-feira (16), na Avenida Paulista, professores, diretores e supervisores de ensino da rede estadual sinalizaram a realização de greve contra a proposta de carreira para o magistério do governo João Doria (PSDB), em análise no Legislativo. As categorias rechaçam a substituição de salários por subsídios, com os quais os servidores perdem quinquênios, sexta-parte e outros adicionais, o fim da contagem de tempo de serviço como fator de evolução de carreira e excessiva lentidão para essa evolução.

Estudos da Apeoesp (sindicato do professores do estado) mostram que, no caso dos professores, cumprindo todos os requisitos de cada etapa, demoraria 28 anos para atingir a 11ª referência da carreira, de um total de 15.

 

BH: servidores da educação municipal votam para continuar greve
Estado de Minas; 16/03
https://bit.ly/3IjdzDK

A assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), nesta quarta-feira (16/3), terminou com a votação pela continuidade da greve. Cerca de 1.500 trabalhadores participaram da atividade e decidiram pela greve a partir de hoje em defesa da recomposição do piso salarial nacional aplicado no primeiro nível da carreira e com reflexo em todos os demais níveis.

 

'Como não percebi?': mães reagem após investigação de maus-tratos em escola
UOL; 16/03
https://bit.ly/3wfEg9Z

A Polícia Civil de São Paulo investiga uma escola particular de educação infantil, na zona leste da capital, por suspeita de maus-tratos a crianças. O UOL ouviu duas mães de alunos, uma professora e uma ex-auxiliar de classe, além de vizinhos da unidade, que disseram que a situação se repete há anos. Os nomes das mães foram trocados para preservar a identidade das crianças.

A Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica fica na Vila Formosa e atende crianças de 0 a 5 anos. Na última semana, vídeos e fotos divulgados nas redes sociais mostram bebês chorando amarrados com lençóis a cadeiras conhecidas como bebê-conforto, inclusive dentro de um banheiro.

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

Prefeitos pressionam contra regra do Fundeb que cria entrave em salário de profissional da educação
Folha de S. Paulo; 17/03
https://bit.ly/3u9EwFb

A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) ampliou os esforços para tentar derrubar o veto da lei que altera o Fundeb (fundo de financiamento da educação) e que proíbe a gestão da folha de pagamento aos profissionais da educação básica em contas que não sejam do Banco do Brasil ou da Caixa.

 

CORONAVÍRUS

Ampliar a vacinação das crianças é o principal desafio, alerta Fiocruz
Rede Brasil Atual; 16/03
https://bit.ly/3KMcgim

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quarta-feira (16) estudo que detalha o andamento da vacinação contra a covid-19 no Brasil. O principal desafio hoje, de acordo com o documento, é a vacinação das crianças de 5 a 11 anos. Apesar de 40% terem tomado ao menos uma dose, apenas 5% estão com esquema completo. Os pesquisadores consideram as fake news contra a vacinação infantil importante causa desse ritmo insuficiente. “Os divulgadores de notícias falsas elevaram o tom da especulação, causando insegurança em muitos pais sobre os riscos de vacinar seus filhos”, diz a nota técnica.

 

 


Filme: 'Sr. Bachmann e Seus Alunos' vê a educação para além dos boletins
Folha de S. Paulo; 16/03
https://bit.ly/3JlDXOQ

Com uma câmera invisível, documentário acompanha professor que agrega imigrantes de diferentes origens em cidade alemã.

O dia ainda amanhece na cidadezinha alemã de Stadtallendorf quando os pré-adolescentes chegam à sala de aula de Dieter Bachmann. Com gorro colorido e uma camisa do AC/DC, o senhor Bachmann observa os alunos organizarem as mesas e cadeiras. A cena sugere que a ordem, o respeito e a hierarquia estão ali presentes.

Espalhados pela sala, há violões, guitarras e uma bateria. Aos poucos, os alunos ensaiam acordes. Fazem malabares com bolinhas de tênis. Falam sobre suas famílias, suas origens, sobre a noção de pertencimento.

Quando se tem 12 anos, uma parte considerável das decisões fundamentais da sua vida ainda são tomadas pelos pais. A sala de aula do senhor Bachmann recebe jovens da Bulgária, da Turquia, do Cazaquistão e da Itália que não escolheram estar ali. Mas, antes de tudo, precisam aprender o idioma alemão. Muitos chegaram tímidos, fechados como caracóis. O ambiente ordeiro e suave os abraça.

O senhor Bachmann possui a rara qualidade de saber ouvir, saber observar. Conversa com os alunos, recebe os responsáveis na escola, entende as dinâmicas familiares de cada um. Acima de tudo, cria um ambiente de respeito e diálogo entre diferentes pessoas, culturas, nacionalidades, religiões, sexualidades e desejos.

Mas não há condescendência. Os alunos não vão bem nas notas, o professor é rígido e não faz concessões. Num papo franco com os alunos, Bachmann ressalta que a evolução de cada um é mais importante do que os boletins.

Lá pelo meio do filme, numa conversa com um amigo, senhor Bachmann explica a diferença. Depois de lembrar que foi mau aluno porque via "a escola como instituição que aliena desde o início", o professor faz a sua reflexão, dizendo que "qualquer aprendizado é sobre encontrar o seu próprio caminho".

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