Governo fecha escolas públicas, dá carta branca para escolas particulares abrirem na pandemia e o secretário da Educação confessa que só conversa com donos de escola. Assista acima ao Minuto Fepesp de hoje.
VOLTA ÀS AULAS? Justiça acata ação popular de Giannazi e proíbe aulas presenciais nas fases vermelha e laranja Nesta quinta-feira, 11, a Ação Popular encaminhada pelo vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi solicitando a suspensão das aulas presenciais foi aceita. A ação foi acatada pela juíza Maria Gabriella Pavlópoulos da 13ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Prefeitura e o governo estadual já foram notificados sobre a liminar. Com a decisão, todos os professores das redes municipal e estadual, filiados ou não a qualquer sindicato ou associação, ficam proibidos de serem convocados presencialmente. A suspensão das aulas presenciais passa a valer enquanto o estado de São Paulo estiver nas fases vermelha e laranja.
Após a entrevista coletiva que representantes do governo paulista concederam nesta quinta, 11, para anunciar novas medidas de restrições para contenção do coronavírus, que passam a valer a partir de 15 de março , a Federação dos Professores do Estado de São Paulo, Fepesp, lançou uma nota afirmando que o governador João Dória “deverá ser responsabilizado – se não criminal, ao menos moralmente – pelos casos de contaminação, com necessidade de hospitalização e pelos óbitos que vierem a vitimar os profissionais de educação das escolas particulares de ensino básico, pela exposição desnecessária e inconsequente ao coronavírus”.
Fepesp; 11/03 O governador do Estado São Paulo deverá ser responsabilizado – se não criminal, ao menos moralmente – pelos casos de contaminação, com necessidade de hospitalização e pelos óbitos que vierem a vitimar os profissionais de educação das escolas particulares de ensino básico, pela exposição desnecessária e inconsequente ao coronavírus. Essa é a única conclusão que se pode chegar, após a inacreditável entrevista coletiva desta quinta-feira, dia 11. Não há preocupação verdadeira com a saúde dos paulistas. Há cálculo eleitoral nessas medidas. Não iremos esmorecer. Nós estamos verdadeiramente empenhados na preservação da vida e, em vida, iremos respeitar e defender um dos elementos básicos de nossa organização em sociedade que é o respeito à Justiça.
Governo do Ceará decreta lockdown para conter avanço da pandemia O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou na noite desta quinta-feira, 11, que irá decretar um “isolamento social rígido” em todo o Estado a partir de sábado, 13. Na prática, a decisão proíbe o comércio considerado não essencial de funcionar. O lockdown é válido até o próximo domingo, dia 21, e será publicado no Diário Oficial desta sexta-feira. A capital, Fortaleza, já está na mesma classificação desde o último dia 5.
'Peguei covid na volta às aulas presenciais': os riscos para professores na pandemia Após retornar à escola, no mês passado, Luiza, que é professora de inglês em João Pessoa (PB), contraiu o novo coronavírus. "Peguei covid-19 na segunda semana de aulas (presenciais)", relatou na mensagem. A situação trouxe revolta para ela, que diz ter tomado muito cuidado para evitar a infecção pelo coronavírus desde o início da pandemia.
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‘O sistema educacional brasileiro é injusto e ultrapassado’, diz bilionário da Ser Educacional
Valor Econômico; 12/03
http://glo.bo/3eyJqp0
“O atual governo está perdendo a oportunidade de fazer muito pelo Brasil. Poderia fazer muito mais se estivesse menos preocupado com essas discussões com a mídia, com o mandato seguinte”, diz, ponderando que considera a equipe de assessores de alta capacidade. “A pandemia atrapalhou muito, essa questão de negar a doença foi muito ruim. A gente já podia estar vacinando todo mundo se tivesse tido uma preocupação desde o início com a vacina”, diz.
Opinião: ‘O auxílio emergencial não justifica mais cortes na educação’
Carta Capital; 10/03
https://bit.ly/3tcGi6iI
Por Andre de Melo Modenesi, Fábio Araujo de Souza e Daniel Negreiros Conceição: “Esperamos que a classe política tenha sensibilidade e responsabilidade social e não aprove novos cortes na educação. Que ela não se precipite e não cometa tremendo equívoco, ainda que em prol do necessário auxílio emergencial. Trocar um dos principais eixos estruturantes da redemocratização por uma medida – por mais louvável que ela seja – de caráter conjuntural é um verdadeiro tiro no pé dos parlamentares; e, também, um tiro de misericórdia, na já combalida educação brasileira. Ademais, esperamos que a população se mobilize contra o ajuste fiscal draconiano proposto por Guedes e Bolsonaro: o que urge é salvar a educação no Brasil!
Ministro da educação quer o genocídio, é preciso impedir
Causa Operária; 12/03
https://bit.ly/2OQYd3C
Se não houver uma ampla mobilização dos trabalhadores da educação e do movimento estudantil, o genocídio nas escolas se intensificará, levando a classe trabalhadora para a cova rasa. É preciso uma greve nacional da educação já. Impedir o ingresso de quem quer que seja nas escolas. A volta às escolas deve acontecer somente com a vacinação em massa da população concluída.
CORONAVÍRUS: UM ANO DE PANDEMIA
Planalto prevê até seis semanas com média acima de 2 mil mortes diárias por covid-19
Valor Econômico; 12/03
http://glo.bo/2OiJOxc
O Palácio do Planalto prevê que o país possa entrar em abril ainda com uma média superior a 2 mil mortes diárias por conta do coronavírus, segundo apurou o Valor com fontes a par do tema. A estimativa no governo é que haverá "seis semanas turbulentas" com essas cifras elevadas, em meio ao colapso simultâneo dos sistemas de saúde em diversos Estados.
Em conversas com a equipe do Ministério da Saúde, a avaliação é que na maior parte dos dias a cifra deve oscilar entre 2.200 e 2.600 mortes. Porém, técnicos e parte da cúpula da pasta admitem a possibilidade de o pico chegar a 3 mil mortes diárias, segundo revelado pelo Valor.
Há 50 anos, morria o maior idealizador da escola pública brasileira
G1; 10/03
http://glo.bo/3bDmYco
Em 11 de março de 1971, o educador, escritor e jurista Anísio Spínola Teixeira (1900-1971) iria almoçar com o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989), no apartamento dele, em Botafogo, no Rio. Mas ele foi encontrado morto no fosso do elevador do prédio. Oficialmente, um acidente. Mas muitos acreditam que Teixeira tenha sido vítima da ditadura militar.
Ferrenho defensor da educação universal, laica e gratuita para todos, um dos mais notáveis signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, e um dos idealizadores da Universidade de Brasília (UnB) − da qual seria reitor e, com o golpe de 1964, aposentado compulsoriamente pelos militares − seus posicionamentos e pensamentos incomodavam o regime ditatorial.
Cinco décadas após sua misteriosa morte, especialistas concordam que seu legado ainda é visível na educação brasileira. Em sua tese de doutorado pela Unicamp, de 2018, a pedagoga Maria Cristiani Gonçalves Silva apontou Teixeira como "o maior idealizador e, portanto, a maior referência na luta por uma educação pública de qualidade, igualitária, laica, de dia inteiro, que vise a formação plena de nossas crianças e jovens".