Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 8 de setembro de 2021

08/09 - avaliação negativa de Bolsonaro chega a 61%, o risco da volta às aulas no ensino infantil, afastamento do trabalho por covid dispara, e mais: o mapa que mostra os livros mais traduzidos de cada país

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Avaliação negativa do governo Bolsonaro chega a recorde de 61%
Valor Econômico; 08/09
https://glo.bo/2X5RVkP

Desempenho do presidente também atingiu seu pior resultado, com 64% de desaprovação.

A taxa de brasileiros que avaliam o governo Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo chegou a 61%, maior índice da série histórica do Instituto Atlas.

Na sondagem anterior, de julho, a taxa de ruim ou péssimo era de 59%. O percentual de pessoas que avaliam o governo como ótimo ou bom oscilou para baixo, passando de 26% para 24%. A taxa de regular passou de 15% para 14%, e 1% não soube responder. A desaprovação de Bolsonaro também oscilou negativamente dentro da margem de erro, passando de 62% em julho para 64% agora.

Quando a pesquisa começou a ser feita, em janeiro de 2019, Bolsonaro tinha 39% de ótimo ou bom, 30% de regular e 23% de ruim ou péssimo. A piora da avaliação se acentuou em meados do ano passado, coincidindo com o avanço da pandemia de covid-19 e a deterioração do quadro econômico.

 

Sinpro SP denuncia falsa convocação para ato bolsonarista
Agência Sindical; 04/09
https://bit.ly/3jE9W2a

O Sindicato dos Professores de São Paulo, da rede privada, denuncia o envio de e-mails para a categoria, no que a entidade qualifica como “crime cibernético e violência por grupos de sustentação a um governo que despreza a democracia e está conduzindo o País ao colapso”.

O Sindicato reagiu de pronto, assim que informado por membros da categoria, postou informe nas redes sociais e produziu, na sequência, a Nota – “Não temos medo de fascistas” – assinada por Luiz Antonio Barbagli, seu presidente.

Tal ataque a um Sindicato alinhado ao campo democrático, e fundamentalmente voltado para a defesa dos interesses da categoria e da educação, pode ser fato isolado. Mas pode não ser. Vale redobrar a atenção.


Editorial: não temos medo de fascistas
Sinpro SP; 04/09
https://bit.ly/3jE9W2a

Por Luiz Antonio Barbagli, presidente Sinpro SP: “Já era noite da sexta-feira, 3 de setembro, véspera de feriado prolongado, quando começamos a ser alertados por professoras e professores: ‘cuidado, atenção, tem muita gente recebendo um e-mail estranho, que teria sido enviado pelo Sinpro’.

Tratava-se de uma ação criminosa, que usou um texto falso, mal escrito, com lista de e-mails abertas, convocando para a manifestação golpista no dia 7 de setembro, em São Paulo.

Todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas pelos advogados do SinproSP, a começar por um boletim de ocorrência feito no sábado, 04, junto à Delegacia de Crimes Cibernéticos.

Gostaríamos também de tranquilizar as professoras e os professores em relação à segurança de seus dados. O SinproSP sempre foi muito rigoroso na proteção dessas informações, mesmo antes da vigência da Lei de Proteção de Dados Pessoais”.


Volta às aulas com 100% dos alunos do ensino infantil põe São Paulo ‘em risco’
Rede Brasil Atual; 06/09
https://bit.ly/3jRxctG

Por decisão da prefeitura, atividades presenciais devem ser retomadas nesta quarta. Medida divide opiniões. Com 60% dos estudantes, escolas já apresentam dificuldades.

A retomada ainda é facultativa. Mas pais que preferirem manter os filhos no ensino remoto devem assinar um termo de responsabilidade na escola, se encarregando de acompanhar as atividades on-line. A medida, no entanto, divide opiniões em meio a uma queda significativa de casos, internações e mortes causadas pela covid-19. Ao mesmo tempo em que se teme uma explosão de casos devido à variante Delta do novo coronavírus.

 

Sindicato cita "liberdade cátedra" e processará escola por punir professora em Cuiabá
Agência Sindical; 02/09
https://bit.ly/3hfWiRh

O Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sintrae) diz que vai adotar medidas judiciais por causa da exposição da professora do Colégio Notre Dame de Lourdes, em Cuiabá, que foi suspensa pela direção da unidade após criticar o presidente Jair Bolsonaro durante uma aula online para o 3º ano do ensino fundamental. Afirmou ainda que a fala não foi tirada de contexto, sendo condizente com o que estava sendo debatido com os estudantes naquele momento.

“Existe a liberdade de cátedra. Os professores se posicionam dentro de diversos temas. O tema discutido pela professora, no qual causou essa confusão toda, era uma proposta de discutir a demarcação das terras indígenas, uma proposta da escola, que estava discutindo isso com os alunos. Os professores têm liberdade de dar sua opinião, de colocar as situações todas, que é uma liberdade de ensino. Agora, tem todas as suas responsabilidades também em relação a isso”, disse Nara Teixeira Souza, presidente do Sintrae.

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Ânima Educação (São Judas, Anhembi-Morumbi) faz parceria com nova empresa de ex-presidente da Azul
Folha De S. Paulo; 06/09
https://bit.ly/2X1nPyu

A Ânima Educação fechou parceria com a P2D Travel, plataforma online para empreendedores do ramo de viagens, fundada por Antonoaldo Neves, ex-presidente da Azul e da TAP.

A dupla vai promover um curso, de seis meses, em que cada aluno vai praticar em uma agência de viagens real, criando e precificando roteiros.

O aluno recebe uma comissão de 5% a 10% nas vendas, e pode manter seu negócio ativo na plataforma após o curso, caso queira seguir empreendendo.



POLÍTICA EDUCACIONAL

Formação de professores no Brasil precisa ser reestruturada
Agência Senado; 06/09
https://bit.ly/3A8qDZH

De acordo com os dados do censo da educação superior, existem 7.900 cursos de licenciatura na área de educação espalhados por todo país.

Das 20 metas do Plano Nacional de Educação, quatro são voltadas para a formação de professores: formação inicial, formação continuada, valorização do profissional e plano de carreira. Mas os desafios são gigantes. Dos 2 milhões e duzentos mil professores do ensino básico, mais de 20% não têm formação adequada.

Em julho de 2015 o Conselho Nacional de Educação divulgou novas diretrizes para a formação de professores, aumentando o tempo mínimo dos cursos de licenciatura. Os especialistas também recomendam novos mecanismos para avaliação dos professores baseados mais em incentivos do que em punições.

 

CORONAVÍRUS

Afastamento do trabalho por Covid dispara, e hospitais criam centros de reabilitação
Folha de S. Paulo; 07/09
https://bit.ly/3DZBWp6

Principal causa de afastamento do trabalho no Brasil neste ano, a Covid-19 e suas sequelas têm levado hospitais privados a criar novos serviços para reabilitar pessoas que continuam com sintomas meses depois da infecção pelo coronavírus.

Nos primeiros seis meses de 2021, foram 64.861 afastamentos por mais de 15 dias relacionados à Covid, contra 37.045 de abril a dezembro de 2020, um aumento de 75%, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

Problemas na coluna lombar, que antes lideravam os afastamentos, agora estão em segundo lugar, com 17.831 casos.

 

 

 

O mapa que mostra os livros mais traduzidos de cada país
Nexo; 02/09
https://bit.ly/2X52mVY

A plataforma de ensino de línguas Preply fez um levantamento dos livros que receberam mais traduções de cada país e reuniu os títulos em um mapa-mundi ilustrado, disponível online. Foram desconsiderados da contagem textos religiosos — como a Bíblia, livro mais vendido de todos os tempos — e omitidas as nações cuja principal obra foi traduzida em menos de cinco idiomas.

Na lista dos dez livros mais traduzidos, que traz somente um título de cada nacionalidade, predominam os clássicos da literatura infantil. A França aparece ao topo, com “O pequeno príncipe” (1943), de Antoine de Saint-Exupéry, adaptado para mais de 382 línguas.

Na sequência, estão Itália, Inglaterra e Dinamarca, representadas por mais três obras voltadas ao público infantil: “As aventuras de Pinóquio” (1883), de Carlo Collodi, “Alice no País das Maravilhas” (1865), de Lewis Carroll, e “Contos de fadas de Andersen” (1835-1872), coletânea de Hans Christian Andersen.

O Brasil aparece em décimo lugar com “O alquimista” (1988), best-seller do carioca Paulo Coelho traduzido em mais de 80 idiomas. Trata-se de um romance que mistura temas de espiritualidade e autoajuda com a história de um jovem pastor andaluz que viaja ao Egito em busca de um tesouro. Em 2014, Coelho entrou para o livro de recordes Guinness por se tornar o autor vivo com obra traduzida ao maior número de línguas.

“O alquimista” é também o título com mais traduções da América Latina, à frente de clássicos modernos como “Cem anos de solidão” (1962), romance de realismo fantástico do colombiano Gabriel García Márquez, e “As veias abertas da América Latina” (1971), não-ficção do uruguaio Eduardo Galeano que analisa o histórico de exploração colonial e imperialista no continente.

Confira abaixo os livros mais traduzidos de dez países:

França: “O pequeno príncipe” (1943), de Antoine de Saint-Exupéry (382 idiomas)
Itália: “As aventuras de Pinóquio” (1883), de Carlo Collodi (300 idiomas)
Inglaterra: “Alice no País das Maravilhas” (1865), de Lewis Carrol (175 idiomas)
Dinamarca: “Contos de fadas de Andersen” (1835-1872), de Hans Christian Andersen (160 idiomas)
Ucrânia: “Testamento” (1845), de Taras Shevchenko (150 idiomas)
Espanha: “Dom Quixote de La Mancha” (1605), de Miguel de Cervantes (140 idiomas)
EUA: “O caminho da felicidade” (1981), de L. Ron Hubbard (112 idiomas)
Bélgica: “As aventuras de Tintim” (1929), de Georges Prosper Remi (93 idiomas)
Hungria: “A tragédia do homem” (1861), de Imre Madách (90 idiomas)
Brasil: “O alquimista” (1988), de Paulo Coelho (80 idiomas)

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