Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 6 de setembro de 2022

06/09 - A greve legal na Unib em audiência pública, abaixo assinado em apoio aos grevistas, saúde mental de professores negligenciada na pandemia, e mais: os 200 anos da Independência – golpes, instabilidades, revisões e a reinauguração do Museu do Ipiranga

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A greve de professores da Universidade Ibirapuera, na Assembleia Legislativa: professores em greve resistem com firmeza, acompanham o Sindicato e não desistem na defesa dos seus salários e direitos! Veja a audiência pública na íntegra aqui:  https://youtu.be/BqD2J-_4tNk

 

 

Professores da Unib em greve legal, prática antissindical da instituição: audiência pública -  Na audiência pública realizada nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo, o movimento grevista dos professores ganhou a sociedade. “As cartas assinadas pelos professores passam a incluir no processo de conciliação estabelecido pelo Tribunal Regional do Trabalho.”, disse Celso Napolitano, presidente da Fepesp e direitor do SinproSP. “E estamos denunciando essa instituição, a Unib, por prática antissindicsal. Suas atividades vão contra os direitos legítimos dos professores, de se manifestarem por falta de pagamento. Falta de pagamento!” disse na Napolitano na audiência. Fepesp, 05/09    https://bit.ly/3TJi9lJ


Abaixo assinado: ‘Paguem os professores. Queremos ter aula!’ -  Não há educação de qualidade sem respeito aos alunos(as) e professores de uma instituição de ensino. Qual de vocês, alunos(as), nos últimos tempos não se sentiu desrespeitado pela UNIB ? Quer seja pela falta de comunicação e transparência, quer seja pela imposição de novas regras e alterações de deveres no meio do curso, o fato dos nossos professores  e professoras não receberem os seus salários também afeta nós alunos, por esse motivo precisamos apoiar. Google Docs, 01/09   https://bit.ly/3qa5j2o


POLÍTICA EDUCACIONAL

A um mês da eleição, governador (em campanha) autoriza concurso para professores em SP - O governo do estado de São Paulo autorizará nesta terça-feira (6) a realização de concurso público para contratar professores. A decisão será publicada no Diário Oficial e acontece um mês antes das eleições, que o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) tenta a reeleição. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o concurso prevê a contratação de 15 mil professores —10,7 mil para jornada de 40 horas semanais e 4,3 mil para a de 25 horas. UOL, 06/09 https://bit.ly/3Qpyxot


Governo federal corta R$ 1 bi para orçamento da Educação Básica para 2023 - O orçamento geral do Ministério da Educação (MEC) deve ganhar 7% a mais de verbas em 2023 em comparação com 2022, mas a educação básica, que contempla Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), pode perder R$ 1 bilhão, segundo proposta de orçamento para o ano que vem enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional na última quarta-feira (31). Gazeta Zero Hora, 05/09   https://bit.ly/3wXXkt8

 

SAÚDE

Saúde mental de professores negligenciada durante a pandemia - Conforme análise divulgada pelo Instituto Península, organização sem fins lucrativos que atua na área da Educação, cuidar da saúde mental dos professores continua sendo uma demanda pouco trabalhada no País. A pesquisa, realizada entre maio de 2020 e maio de 2022 com educadores de todo o Brasil, mostra que houve um aumento de quase 30% no percentual de professores que se sentem sobrecarregados. No início da pandemia, cerca de 35% dos profissionais da educação alegaram sobrecarga emocional. Este ano, subiu para 60%. O Povo, 05/09  https://bit.ly/3QgupXX

O plano de saúde negou atendimento? Veja o que fazer nesses casos - Em caso de violação dos direitos do consumidor, a empresa deve ressarcir o contratante do plano de saúde. "O CDC garante como direito básico a efetiva reparação dos danos que o consumidor sofrer em virtude de uma ação ou de uma omissão do fornecedor (art. 6º, VI), por exemplo, alguma negativa de cobertura que ocasione transtornos ou agravos à saúde", explica advogada Simone Magalhães, especialista em direito do consumidor..Correio Braziliense, 05/09  https://bit.ly/3QmplBr

 

ELEIÇÕES 2022

Ipec: Lula cresce entre os que recebem auxílio; Bolsonaro sobe no Sul e cai entre mulheres -  A pesquisa Ipec contratada pela TV Globo e divulgada na noite de segunda-feira, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a dianteira em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), com uma diferença de 13 pontos percentuais na intenção de voto (44% a 31%) no primeiro turno, mostrou também uma leve oscilação na preferência de determinados grupos em relação aos dois presidenciáveis. Valor, 05/09 http://glo.bo/3BjIZKd


Eleições 2022: Pedidos para voto em trânsito crescem 278% em relação a 2018; são 333 mil no 1º turno -  O número de eleitores que pediu voto em trânsito para o primeiro turno das eleições deste ano cresceu 278% em relação a 2018. Foram 332,5 mil neste ano, ante 88 mil na disputa anterior, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para um eventual segundo turno, foram 314,8 mil solicitações, enquanto em 2018 o número foi de 83,5 mil, um crescimento de 277%.G1, 06/09   http://glo.bo/3cVTdXz

 

Museu do Ipiranga reabre nesta terça (6) com Villa-Lobos e 800 convidados
Folha de S. Paulo, 05/09
https://bit.ly/3Bj7lDU

Depois de 3.385 dias de portas fechadas, o Museu do Ipiranga, um dos mais importantes do país, reabre nesta terça (6) em um evento para cerca de 800 convidados em São Paulo.

O último dia de funcionamento foi 3 de agosto de 2013. Só em 2017, no entanto, foi realizado o concurso para definir o projeto de restauro, e as obras começaram efetivamente em novembro de 2019.Além da restauração do prédio antigo, o chamado edifício-monumento, um novo setor foi construído, dobrando a área da instituição fundada em 1885.

O início da cerimônia de reabertura está previsto para 19h, com a interpretação do hino nacional pela Osusp (Orquestra Sinfônica da USP) na esplanada, em frente ao edifício-monumento.

‘Independência é vista de formas diferentes a cada momento’
Valor Econômico, 06/09
http://glo.bo/3wVwYrt

O evento é o mesmo: em 1822, D Pedro I declara o Brasil um país independente de Portugal. Mas forma como os livros de história e livros didáticos descreveram esse momento-chave da vida nacional mudou diversas vezes ao longo de dois séculos. “A história é filha do seu tempo”, lembra a professora de história da educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Diana Vidal (na foto). A frase sintetiza uma verdade para os historiadores: que a história é escrita sob influência das ideias que circulam em cada momento.

Valor: Essa interpretação passou a estar presente na sala de aula?
Diana:
É muito interessante porque quando o Brasil se torna independente existem dois movimentos: primeiro, são criadas as faculdades de direito em São Paulo e em Olinda, que serão aquelas que vão produzir os novos quadros administrativos do Estado. Houve também a criação do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1837, justamente para formar essa elite que depois vai fazer faculdade de direito. O Instituto Histórico e Geográfico vai ser responsável pela criação de um conjunto de concursos de teses que seriam constitutivos de manuais didáticos que vão ser utilizados no Colégio Pedro II. Quando a gente acompanha a organização curricular do Colégio Pedro II a gente vai ver que a matéria a história do Brasil vai sendo introduzida aos poucos porque era preciso criar esse conteúdo. Em princípio, o que se tinha era mais uma história da civilização, que significava, basicamente, a história da Europa. Pouco a pouco a história do Brasil foi sendo introduzida. O Colégio Pedro II formava um grupo de elite. O próprio Dom Pedro visitava o colégio, comia com os alunos, que seriam o corpo administrativo do Estado e que precisava de uma certa homogeneidade de pensamento, de compreensão sobre o que era o espaço brasileiro. Essa visão chega a esse grupo. E o Instituto Histórico criou os primeiros textos que vão ser considerados textos da história do Brasil.



Golpes e instabilidade marcam política desde Independência do Brasil
Ilustríssima; 04/09
https://bit.ly/3RA68x4O Brasil tinha acabado de nascer como nação independente, há 200 anos, quando dom Pedro 1° dissolveu a assembleia encarregada de elaborar nossa primeira Constituição e impôs uma Carta que lhe concedia amplo comando por meio do Poder Moderador. Desde então, a desconfiança na democracia e na capacidade de a sociedade resolver seus problemas alimenta projetos autoritários e a ideia de que instituições, como as Forças Armadas e o STF, devem atuar como árbitro das disputas políticas.

Quando os deputados eleitos para escrever a primeira Constituição brasileira se reuniram na sessão preparatória de 30 de abril de 1823, a tarefa mais delicada na ordem do dia era definir o lugar que seria reservado para dom Pedro 1º na sala das reuniões e a forma como ele deveria se apresentar quando fosse até o local.

O projeto de regimento interno previa que o trono do imperador ficasse em posição elevada, acima do plenário, e deixava a cadeira do presidente da assembleia em um nível inferior. Um deputado de Minas Gerais sugeriu que os dois sentassem no mesmo plano, mas o paulista Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva bateu o pé.

"Que paridade há entre o representante hereditário da nação inteira e os representantes temporários?", indagou o parlamentar, irmão do patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva. "Como se pode sem desvario, perdoe-se-me a expressão, igualar o poder influente, e regulador dos demais Poderes políticos, a um membro de um dos Poderes regulados?"

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