Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 30 de novembro de 2018

Jornal francês denuncia Escola sem Partido / Os interesses por trás do ESP / Paulo Freire Imortal / Educação Sexual em outros países / Acesso ao FIES está mais difícil: número de contratos caiu / Assembleias soberanas sobre custeio sindical / 13° salário: informações e data de pagamento; 30/11

Censura nas escolas:
O Manual Essencial de defesa dos Professores

Leia aqui e carregue sempre com você: http://www.manualdedefesadasescolas.org/manualdedefesa.pdf

 

Escola Sem Partido é o Brasil prestes a vigiar professores, diz jornal francês
(Rede Brasil Atual; 29/11)
http://bit.ly/2SfCkHi

O movimento Escola Sem Partido, que pretende censurar professores acusando-os de tentar doutrinar seus alunos ideologicamente,  estarrece até a imprensa conservadora francesa. Reportagem desta quarta-feira (28) do jornal católico La Croix retrata a ofensiva, apoiada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) e pelo seu futuro ministro da Educação, que passou a tratar os professores como inimigos que precisam ser vigiados.

Negócios multimilionários na “Escola sem Partido”
(Outras Palavras; 29/11)
http://bit.ly/2Q5qPpg

Jair Bolsonaro não poderia ter escolhido um comandante para o Ministério da Educação mais alinhado ao que defende para o setor. O colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodríguez acredita que o sistema de ensino estaria contaminado por uma “doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista” e “destinado a desmontar os valores tradicionais da nossa sociedade”.

Caberá a ele definir prioridades para um orçamento de mais de R$ 120 bilhões, o terceiro maior da União (atrás de Desenvolvimento Social e Saúde), e discutir temas que são caros ao presidente eleito e seus apoiadores, mas que estão longe de consenso na sociedade e no meio político – como a Escola sem Partido.

Mais de 150 entidades de 87 países se unem contra Escola Sem Partido
(Exame; 23/11)
https://abr.ai/2zs9tsz

Mais de 150 entidades de 87 países adotam uma moção de emergência contra o projeto Escola Sem Partido. O documento foi aprovado por unanimidade nesta semana, durante a 6ª Assembleia Mundial da Campanha Global pela Educação, no Nepal.

O texto teve o apoio de entidades de todos os continentes e países, como EUA, Reino Unido, Holanda, Suíça e Dinamarca. Também estavam no evento grupos como Oxfam, Save the Children e Action Aid, além de relatores da ONU.

Artigo | Como explicar no futuro o retrocesso do Escola sem Partido?
(Carta Capital; 28/11)
http://bit.ly/2DQxmx0

Por Maria do Rosário: Daqui a algumas décadas, quando os livros de história se referirem ao nosso tempo, provavelmente o anti-intelectualismo será uma das marcas. As gerações futuras nos perguntarão como foi possível que o pensamento medieval, supersticioso e pré-iluminista ocupasse as mentes de uma época em que o acesso à informação tornou-se ilimitado e imediato.

As respostas que serão encontradas dependem em muito da resistência que realizamos no presente. A aversão ao pensamento intelectual não é fenômeno restrito a reflexões de ordem teórica e cultural.

Contra Escola Sem Partido: editora prepara para 2019
um livro sobre Paulo Freire, nosso mais famoso educador
(DCM; 26/11)
http://bit.ly/2rbJEbD

A Coluna de Ancelmo Góis no Globo informa que, no momento em que Bolsonaro anuncia o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez — ferrenho adversário das ideias de Paulo Freire (1921-1997) — como ministro da Educação, a Todavia prepara para maio de 2019 uma biografia do nosso mais famoso educador. Freire é conhecido no mundo inteiro, onde é também é santificado e satanizado. Seu livro “Pedagogia do oprimido” foi o único livro brasileiro citado no projeto “Open Syllabus”, que lista os 100 títulos mais pedidos nas livrarias das universidades dos EUA, completa o Jornal O Globo.

Repercussão: O Professor não está só
(Instituto Vladimir Herzog; 29/11)
http://bit.ly/2P5jAbL

A diretora de educação do Instituto Vladimir Herzog, Ana Rosa Abreu, participou do programa "Sala de Professores", da Fepesp - Federação dos Professores do Estado de SP, para discutir o escola sem partido, a tentativa de intimidação de professoras e professores e a rede de proteção montada para defende-los.

 

 

Como a educação sexual ocorre em escolas de outros países?
(Folha de S.Paulo; 30/11)
http://bit.ly/2E4yUUZ

  1. A Argentina aprovou, em 2006, uma lei que prevê educação sexual em todos os níveis escolares, visando “promover atitudes responsáveis ante a sexualidade” e “procurar igualdade de tratamento e oportunidades para homens e mulheres”.
  2. A abordagem de assuntos relacionados à sexualidade tem amplo apoio no país. Segundo pesquisa da Planned Parenthood, ONG que oferece serviços de saúde reprodutiva, 93% dos pais são favoráveis à educação sexual já no ensino fundamental.3. No início do mês, a Escócia se tornou o primeiro país do mundo a incluir o ensino sobre diversidade sexual no currículo escolar. Com isso, passa a ser obrigatório instruir os alunos contra a homofobia e a transfobia.

 

 

Acesso ao Fies ficou mais difícil, dizem faculdades privadas
(Agência Brasil; 29/11)
http://bit.ly/2Aze77F

O acesso às faculdades privadas por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) está mais difícil, de acordo com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Segundo a entidade, das 310 mil vagas oferecidas, apenas 80,3 mil foram preenchidas, o equivalente a 26% da meta.

Para o presidente da ABMES, Janguiê Diniz, o desempenho do Fies em 2018 foi um fracasso. “Foi o pior cenário desde que foi instituído o Fies”, disse Diniz. “O programa, que devia ser social, transformou-se num programa financeiro e fiscal. Esta é a nossa maior crítica.”

 

Fies tem o menor número de contratos desde 2010
(Valor Econômico; 30/11)
http://encurtador.com.br/dKMX0

Apenas 80,3 mil vagas de Fies (financiamento estudantil do governo) foram preenchidas neste ano. É o menor número desde 2010, quando o programa passou por reformulações. "É o fracasso do Fies", disse Janguiê Diniz, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Ele argumenta que, em 2010, quando havia 4 milhões de estudantes no ensino superior, foram contratados 76 mil financiamentos estudantis e agora, em 2018, em que o número de universitário é de 8 milhões, apenas 80,3 mil alunos conseguiram o Fies.

 

Mudanças no Enem: quais os riscos?
(Carta Educação; 29/11)
http://bit.ly/2Qu2GrX

O Enem se consolidou no Brasil como um exame popular, de alta procura e que vem servindo para democratizar o acesso à universidade. Alcançou esse status em meio a contradições como, por exemplo, sua articulação com um forte processo de expansão do ensino superior privado, com o ProUni e o Fies. As mudanças no Exame decorrem, diretamente, da Reforma do Ensino Médio, do mesmo governo Temer. Afinal, as mudanças anunciadas no Enem servem para adequá-lo a esta Reforma (Lei 13.415/2017).

Trata-se da única Reforma de Educação Nacional imposta como Medida Provisória na história do nosso país. Em situação de normalidade democrática, ela teria de ser pactuada, negociada e amplamente debatida antes de ser aprovada. Mas, num contexto de Golpe Parlamentar, o governo sentiu-se livre para impô-la goela abaixo.

 

 

Assembleias são soberanas pra votar e definir o custeio sindical, define MTP
(Repórter Sindical; 30/11)
http://bit.ly/2FZzSU2

A Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu, quarta (28), unificar o entendimento do órgão em relação ao custeio sindical. A posição adotada fortalece a visão da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), reconhecendo que as assembleias dos trabalhadores são soberanas e legítimas pra definir a instituição de contribuição sindical devida por toda a categoria.

 

Tudo o que você precisa saber sobre seu 13º
(Sinpro Campinas; 30/11)
http://bit.ly/2DSMv0L

O 13º deve ser pago em duas parcelas. A primeira delas, até o dia 30 de novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro. A primeira parcela do 13º corresponde a 50% do salário recebido no mês anterior sem nenhum desconto. A segunda parcela corresponde ao salário de dezembro, acrescido da média de horas e adicionais pagos regularmente. Deste valor são deduzidas a primeira parcela, a contribuição previdenciária e a tributação de imposto de renda.

O 13º salário é pago à razão de 1/12 por mês completo trabalhado (considera-se mês integral 15 ou mais dias trabalhados no mês). Quem trabalhou o ano todo, recebe o 13º integralmente. Quem foi admitido, por exemplo, no dia 01/02, recebe 11/12.

 

Primeira parcela do 13º Salário deve ser paga até 30/11 (hoje)
(Sinpro SP; 29/11)
http://bit.ly/2zxaLCH

As escolas têm até o dia 30/11 para depositar a primeira parcela do 13º Salário, caso não tenham antecipado o pagamento em meses anteriores. A primeira parcela corresponde a 50% do salário de outubro, sem nenhum desconto, mas não se anime muito: o INSS e o imposto de renda são descontados na segunda parcela, sobre o valor integral do 13º Salário.

A Convenção Coletiva dos professores do ensino superior prevê multa por atraso no pagamento de 1/50 do salário por dia de atraso (cláusula 6, parágrafo único). Se o 13º não for pago no prazo, procure o SinproSP. Envie aqui a sua denúncia . O sigilo é totalmente garantido.

 

 

Babel: Balada Literária vai homenagear Paulo Freire em 2019
(Estadão; 24/11)
http://bit.ly/2SinZtV

A 13.ª edição da Balada Literária vai caminhando para o final – ela termina no domingo, 25, com direito a um chorinho nos dias 26 e 29/11 e 1.º/12. E o curador Marcelino Freire já está de olho na próxima edição, que vai mudar de data para aproveitar ainda mais o homenageado que acaba de ser escolhido: Paulo Freire (1921-1997), autor de Pedagogia do Oprimido. Tradicionalmente realizada em novembro, ela muda para o período de 4 a 8 de setembro para terminar no Dia Mundial da Alfabetização. “Precisamos valorizar os professores, celebrar os mestres em diversas áreas como teatro, cinema e música, o professor-escritor, o escritor-professor”, diz o Marcelino. E, como antecipado na coluna passada, o festival vai homenagear, também, um país latino – no caso, a Venezuela. Salvador e Teresina continuam sendo os outros palcos da Balada em 2019.

 

Artigo | Brasil, um país do passado
(Deutsche Welle; 28/11)
http://bit.ly/2Qu1YLj

Por Philipp Lichterbeck: É sabido que viajar educa o indivíduo, fazendo com que alguém contemple algo de perspectivas diferentes. Quem deixa o Brasil nos dias de hoje deve se preocupar. O país está caminhando rumo ao passado. No Brasil, pode ser que isso seja algo menos perceptível, porque as pessoas estão expostas ao moinho cotidiano de informações. Mas, de fora, estas formam um mosaico assustador. Atualmente, estou em viagem pelo Caribe – e o Brasil que se vê a partir daqui é de dar medo.

Na história, já houve momentos frequentes de regresso. Jared Diamond os descreve bem em seu livro Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Motivos que contribuem para o fracasso são, entre outros, destruição do meio ambiente, negação de fatos, fanatismo religioso. Assim como nos tempos da Inquisição, quando o conhecimento em si já era suficiente para tornar alguém suspeito de blasfêmia.

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