Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 21 de junho de 2022

21/06 - Gestão privada de escolas públicas em São Paulo, EaD e os lucros do Ensino Superior privado, pioram 9 de 20 indicadores do PNE, e mais: 54% dos brasileiros evitam o noticiário de propósito

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Ensino Superior - a verdadeira face do EaD nas universidades privadas:  "Fruto de fusões e aquisições entre instituições privadas, que visam conquistar mais espaço no mercado do ensino superior, reduzir a concorrência e aumentar lucros". Leia aqui: https://bit.ly/3zOBOJp 

 

Privatização do ensino público: Câmara de SP discute projeto que autoriza 3º setor a gerir escolas municipais
Folha de S. Paulo; 20/06
https://bit.ly/3xzZm24

Proposta que pode ser votada nas próximas semana dá a entidades privadas autonomia para contratar professores e definir projeto pedagógico nos ensinos fundamental e médio

A proposta apresentada pela vereadora Cris Monteiro (Novo) justifica a transferência de responsabilidade [para organizações sociais sem fins lucrativos ] como forma de melhorar a qualidade do ensino, com prioridade para escolas em bairros mais pobres e com piores resultados.

As organizações contratadas teriam liberdade para definir currículo, projeto pedagógico e metodologias de ensino nas unidades sob sua gestão. Ganhariam autonomia também para montar o "time de professores, diretores, vice-diretores e secretário escolar", podendo contratar pessoas de fora da rede de ensino, sem concurso público.

Críticos à proposta apontam risco de privatização do ensino municipal e do aumento da desigualdade entre escolas. Dizem que o projeto avança na Câmara de forma apressada, sem um debate sobre a eficácia pedagógica, e alertam para o risco de casos de desvio de recursos e favorecimento das entidades privadas.

 

CAMPANHA SALARIAL 2022

Docentes do Ensino Superior estão em estado de greve
Agência Sindical; 20/06
https://bit.ly/3n7gRlm

Os professores e pessoal administrativo do Ensino Superior privado no Estado de São Paulo estão em estado de greve. A decisão foi tomada nas assembleias realizadas dia 15, convocadas pelos Sindicatos filiados à Federação estadual da categoria – Fepesp.

Com essa mobilização em todo o País, as assembleias do dia 15 decidiram promover um ato nacional em defesa da educação e pela valorização dos professores e demais profissionais da categoria.

 

Ensino Superior: semelhança de propostas patronais indica prática predatória por baixos salários
Sinpro SP; 17/06
https://bit.ly/39JO0R1

Para o presidente da Fepesp e diretor do SinproSP, Celso Napolitano, a semelhança entre as propostas patronais não é coincidência. Em todo o país, as negociações estão sendo controladas pelos grandes grupos educacionais que atuam nacionalmente e querem estabelecer o mesmo padrão de baixa remuneração em todos os estados.

“Essas organizações mercantis são verdadeiros predadores da Educação . Estão predando inclusive faculdades e instituições de ensino tradicionais, com a conivência do Conselho Nacional de Educação”, disse Napolitano. “Nós denunciamos o processo de cartelização desses grandes grupos. Eles estabeleceram um teto na hora-aula, por volta dos R$ 50,00 e estão demitindo professores com salários mais altos”.

Isso explica por que o Semesp, assim como os demais sindicatos patronais do país, insiste em reajuste abaixo da inflação e recusa todas as possibilidades de solução do impasse, como mediação, arbitragem ou julgamento das reivindicações na Justiça.

 

MG: professores de BH suspendem greve e marcam dois dias de paralisação
Sinpro Minas; 20/06
https://bit.ly/3O91ncD

Após acompanhar audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), professores de escolas particulares de Belo Horizonte e cidades de abrangência da CCT MG fizeram assembleia e decidiram suspender a greve da categoria, que começou no dia 6 de junho.

Os docentes também votaram por paralisar as atividades em dois dias. A primeira paralisação será em 21 de junho (terça-feira). Nesse dia, a categoria agendou uma manifestação na porta do sindicato patronal (Sinep MG), às 15 horas – horário em que haverá uma nova rodada de negociação.

A segunda paralisação será no dia 27 de junho (segunda-feira). A categoria irá acompanhar, no telão instalado no auditório do Sinpro Minas, a nova audiência de conciliação do TRT, marcada para as 14 horas.

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

Bolsonaro lança política de recuperação online dois anos após fechamento de escolas
Folha de S. Paulo; 20/06
https://bit.ly/3N7f0HV

O governo Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta segunda-feira (20) uma política digital para tentar ajudar as redes de ensino no processo de recuperação de aprendizagem dos alunos. A iniciativa, que será apenas virtual, vem mais de dois anos após o fechamento de escolas por causa da pandemia de Covid e quase um ano após o retorno presencial.

A gestão Bolsonaro foi cobrada por dirigentes educacionais ao longo de toda a pandemia pela ausência de políticas públicas que pudessem colaborar com a manutenção do ensino no período. As escolas foram fechadas a partir de março de 2020 e, na maior parte das redes públicas do país, o retorno presencial ocorreu em agosto de 2021.

 

Indicadores de 9 das 20 metas do Plano de Educação pioraram, diz relatório
UOL; 20/06
https://bit.ly/3Ory0Sy

Das 20 metas incluídas no plano, nove delas não foram concluídas até agora e tiveram piora nos números. Outras cinco estão "parcialmente cumpridas", de acordo com a análise obtida pelo UOL.

Ampliar investimento público, aumentar a taxa de matrícula no ensino superior e universalizar ensino para adolescentes de 15 a 17 anos. Essas são algumas metas que estão previstas no PNE (Plano Nacional de Educação) que devem ser cumpridas até 2024, mas não avançaram nos últimos anos —diferente disso, apresentaram queda em seus indicadores, segundo relatório divulgado hoje pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

 

Lei de Cotas completa 10 anos: revisão é obrigatória? Entenda
UOL; 20/06
https://bit.ly/3zSep9V

Sancionada em 2012, a lei nº 12.711, chamada Lei de Cotas, prevê a reserva de 50% das vagas das universidades e institutos federais de ensino superior a estudantes de escolas públicas. Dentro dessa reserva, estipula regras para destinar vagas a alunos de baixa renda, negros (que correspondem à parcela de pretos e pardos), indígenas e com deficiência.

O 7º artigo da lei recomenda que o programa passe por uma revisão após 10 anos de sua implementação, que serão completados em agosto de 2022. A lei recomenda uma análise da política pública 10 anos após a sua implementação. Por não ser uma obrigatoriedade, o período de revisão também é flexível, podendo ser adiado para os meses e/ou anos seguintes. No momento, não há data definida para que a discussão se inicie..

 

SAÚDE

Sinpro Campinas volta a suspender atendimento presencial e alerta professores para o aumento dos casos de covid no ambiente escolar
Sinpro Campinas; 20/06
https://bit.ly/3OthqBH

O Sindicato dos Professores de Campinas e Região (Sinpro Campinas) informa seus associados que a sede da entidade estará oficialmente fechada para o atendimento presencial a partir da próxima segunda-feira, 20 de junho. Tal decisão foi tomada devido ao aumento do número de casos de covid-19 no estado de São Paulo e, especialmente, nas escolas de nossa base sindical.

Neste contexto, o Sinpro Campinas orienta a categoria para que exija das escolas o retorno ao uso obrigatório de máscara por parte de alunos, professores e funcionários. Pedimos ainda que redobre os cuidados por meio de outras medidas de proteção, como o álcool em gel, o distanciamento, a ventilação no local de trabalho etc.

 

Covid segue em alta no Brasil e especialistas pedem vigilância constante
Rede Brasil Atual; 20/06
https://bit.ly/3y4xMLR

A transmissão da covid-19 segue em alta no Brasil. Embora as vacinas confiram mais proteção, estudo aponta que a variante dominante, a ômicron, possui elevado poder de reinfecção. Por outro lado, outra análise indica que a cepa oferece risco menor de covid longa, também graças às vacinas. A certeza entre os especialistas é de que o Estado e a sociedade devem ficar vigilantes às piores ondas de contágio.

Enquanto a ciência segue debruçada em entender este vírus, o país registrou mais 96 vítimas hoje (20), além de 50.272 novos casos. O contágio é superior à média dos últimos sete dias, que está em torno de 35 mil infecções diárias.

 

 

 

Em pesquisa, 54% dos brasileiros dizem evitar o noticiário de propósito
UOL, 19/06
https://bit.ly/3N2I57q

Na quarta-feira (15), o Reuters Institute for the Study of Journalism, da Universidade de Oxford, publicou seu relatório anual sobre o consumo de notícias em todo o mundo. A pesquisa foi feita com mais de 93 mil leitores em 46 países e é considerada a mais abrangente já realizada sobre o tema.

Sobre o Brasil, há mais dados do que jamais foi visto em outras sondagens. No geral, o resultado corroborou o que a imprensa já sente no lombo há tempos: a dificuldade de manter leitores, o aumento da falta de confiança da audiência, a procura incessante pela fórmula mágica que faça as pessoas pagarem pelas notícias, a ascensão das plataformas digitais em detrimento de jornais e revistas.

Alguns pontos chamam a atenção. Primeiro, a acelerada fadiga do noticiário mundo afora. Em média, 38% dos entrevistados disseram que frequentemente ou às vezes evitam buscar informações sobre certos assuntos — sobretudo quando se trata de política ou da pandemia. Para eles, esse tipo de jornalismo é "deprimente e repetitivo". Ironicamente, são esses os temas que costumam parecer mais sérios ou importantes para os jornalistas.

No Brasil, verificou-se o percentual mais alto de toda pesquisa: 54% dos entrevistados afirmam "evitar" o noticiário de propósito (27% a mais — o dobro — do que em 2017). Dentre aqueles que se identificam com a esquerda, 57% do total afirmam que as notícias afetam seu humor para pior. Na direita, a maioria diz não ver porque tudo o que é publicado é mentira. Também parece haver uma ligação clara entre a desgovernança e a credibilidade jornalística. Mais confusa a política do país, mais aversão às notícias

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