Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 16 de fevereiro de 2022

16/02 - A pauta da campanha salarial no Ensino Superior, o impacto do novo ensino médio, sustentação financeira da Fepesp, e mais: os filmes de Arnaldo Jabor

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As assembleias em todo o Estado votaram suas reivindicações, os sindicatos consolidaram a pauta: agora vamos negociar as condições de trabalho, nossos salários junto às mantenedoras – fique atento às convocações do Sindicato, conforme avançam as negociações! Conheça os três eixos da pauta de reivindicações do Ensino Superior aqui.

 

 

Definida a pauta da campanha salarial do ensino superior

Rádio Peão Brasil; 15/02
https://bit.ly/3sRpRxM

“Essa campanha irá discutir questões de trabalho docente e questões críticas como a superlotação de aulas com o ensalamento de turmas, a precarização do ensino remoto e também a recuperação de perdas salariais causadas pela inflação”, resume Celso Napolitano, presidente da Fepesp e coordenador da comissão de negociação dos sindicatos.

A campanha deste ano será orientada por três eixos, com a manutenção das cláusulas sociais por dois anos no eixo social e a recuperação da inflação, abono salarial e ganhos por aumento real de salários no eixo econômico. No terceiro eixo, que compreende as condições de trabalho, devem ser discutidos o trabalho remoto, ensalamento, infraestrutura tecnológica, regulamentação do EaD, além de condições sanitárias no retorno às aulas presenciais nas instituições.

Na reunião desta manhã foi formada a comissão de negociação dos sindicatos, coordenada pela Fepesp, com as professoras Conceição Fornasari (Sinpro Campinas), Edilene Arjoni Moda (Sinpro ABC), e pelos professores Ademir Rodrigues (Sintee Presidente Prudente), Luis Antonio Barbagli (Sinpro SP) e Walter Alves (Sinpro Santos). Mais informações no site da Federação.

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

Alunos da rede municipal de São Paulo estão abaixo do nível básico de aprendizagem
CBN; 15/02
https://glo.bo/3oUQLTY

Em entrevista ao CBN São Paulo, o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, detalhou o resultado da Prova São Paulo de 2021. Em Matemática e Ciências Naturais, mais da metade dos alunos foram identificados abaixo do nível básico de ensino.

Realizada pela Secretaria Municipal de Educação, a Prova São Paulo é feita para apurar o nível de aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental. Em 2020, por causa da pandemia, o exame não foi realizado. A prova apontou que a defasagem dos estudantes aumentou durante a pandemia na capital paulista.

 

Datafolha: Após ensino remoto, 76% precisam de reforço na alfabetização
UOL; 15/02
https://bit.ly/3Btkadg

"É muita dispersão. A imagem trava, o cachorro começa a latir, passa o carro do gás tocando música na rua". Os impactos do ensino remoto no aprendizado de alunos em idade escolar, relatados por Gabriel Antônio, 31 anos, professor da rede estadual de São Paulo, condizem com o que aponta pesquisa Datafolha, publicada hoje (14): boa parte dos estudantes precisará de reforço no retorno presencial às aulas.

O percentual é ainda mais alto entre crianças em fase de alfabetização, com 76% delas com necessidade de algum apoio para complementar o aprendizado, segundo pais e responsáveis ouvidos pela pesquisa.


Educação infantil: os desafios e os caminhos para 2022
Nova Escola; 15/02
https://bit.ly/3rOGwT7

A nova fase da pandemia pegou Denise de Oliveira, professora de crianças pequenas na Escola Municipal de Educação Infantil Érico Veríssimo, em Porto Alegre (RS), de surpresa. No final de 2021, ela e suas colegas haviam planejado um retorno 100% presencial, organizaram as salas e definiram as primeiras atividades com os pequenos. No entanto, com o aumento dos contágios em janeiro, a retomada foi escalonada e optativa. “Não queremos que as crianças fiquem em casa, mas é bem difícil manter esse distanciamento na escola. Como vamos recebê-las com uma alta taxa de transmissão da covid-19?", questiona a professora.

 

Seminário discute impacto do novo ensino médio no contrato de professores
Contee; 15/02
https://bit.ly/3I6Nzw0I

Hoje, às 19h00, a Contee e o Sinpro Goiás realizam o seminário “Impactos do novo ensino médio no Contrato de Trabalho do/a professor/a”, com a participação do consultor jurídico José Geraldo de Santana Oliveira.  Trata-se de um grande impacto da reforma do ensino médio. A categoria precisa estar atenta e mobilizada, tomando todas as medidas para evitar mais este duro golpe.

A transmissão será pelo canal da CONTEE no Youtube: https://www.youtube.com/tvconteeonline.

 

Taubaté: Fracassa licitação na Educação que poderia custar até R$ 46,8 milhões
O Vale; 15/02
https://bit.ly/3BpvVkM

Certame previa implantação de ‘sistema pedagógico de ensino’, com fornecimento de livros didáticos impressos e digitais, avaliação de aprendizagem, monitoramento de desempenho, assessoria pedagógica, formação de professores e recursos digitais; única empresa a fazer proposta acabou desclassificada.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que “está realizando novos estudos” para definir se irá publicar novo edital ou desistir dessa contratação.

 

Fepesp reestrutura sua sustentação financeira
Agência Sindical; 14/02
https://bit.ly/3JtDoSz

A Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp) realizou neste sábado, 12 de fevereiro, a 12ª edição do seu Conselho de Entidades Sindicais, o Consind. O Consind terminou com a adoção de um modelo de contribuição distribuído em faixas de participação financeira.

Os Sindicatos com maior capacidade financeira concordaram em assumir a maior parte do custo da Federação, favorecendo a participação dos mais vulneráveis. “Essa decisão é um verdadeiro marco na nossa história”, conclui Celso Napolitano.

 

CORONAVÍRUS

Dois anos de covid-19: a maior crise sanitária e hospitalar da história do Brasil
Rede Brasil Atual; 15/02
https://bit.ly/3GTRomX

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entidade referência em epidemiologia, destaca que morrem quatro vezes mais infectados no Brasil do que a média global. Tragédia anunciada, fruto de apostas contra a ciência do governo federal, como a defesa intransigente de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o vírus, como cloroquina e ivermectina.

“Dois anos depois, em 3 de fevereiro , (a comparação entre) os números de casos e óbitos no mundo e no Brasil oferecem uma dimensão deste desastre. Totalizava-se 388 milhões de casos no mundo, e 26 milhões no Brasil, correspondendo a 6,7% do total. Tudo isso resultou numa calamidade que afetou diretamente a saúde e as condições de vida de milhões de brasileiros”, explica a Fiocruz.


Mudança na Saúde blinda defensor de cloroquina e promove amiga de Queiroga
Valor Econômico Paulo; 15/02
https://glo.bo/3oTxsdH

A saída de Mayra Pinheiro, chamada pela oposição de “Capitã Cloroquina”, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde deflagrará uma dança das cadeiras na pasta comandada por Marcelo Queiroga. A auxiliar deixou o cargo na segunda-feira (14) e as mudanças internas devem ser formalizadas nesta quarta-feira (16).

Antes mesmo de serem confirmados, rearranjos têm provocado desconforto em integrantes da área técnica do Ministério. Hélio Angotti, titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégico (SCTIE), será deslocado para o posto de Mayra.  Para seu lugar, o ministro Marcelo Queiroga convidou Sérgio Okane, que estava à frente da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES). Okane, entretanto, recusou o convite.

 

 

Os 8 filmes que marcaram a trajetória de Arnaldo Jabor
Nexo; 15/02
https://bit.ly/34J3bYc

Morreu nesta terça-feira (15) o cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde dezembro, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ele tinha 81 anos.

Cineasta desde 1967, Arnaldo Jabor foi um dos nomes do Cinema Novo, movimento do audiovisual nacional que, inspirado pelo neorrealismo italiano e pela nouvelle vague francesa, quis explorar os aspectos da vida do brasileiro. Como jornalista e comentarista, colaborou com veículos como a TV Globo, a rádio CBN e o jornal O Globo. Foi autor de oito livros, entre romances e coletâneas de seus textos na imprensa.

Neste texto, o Nexo relembra a trajetória cinematográfica de Arnaldo Jabor.

‘Opinião pública’ (1967)  Documentário que mostrou a vida e os pensamentos políticos da classe média carioca da época. Os entrevistados falavam sobre assuntos como a juventude, a família burguesa, política e os meios de comunicação em massa.

“Opinião pública” não contava com o estilo e ideais do Cinema Novo. O longa foi gravado seguindo os preceitos do Cinema-Verdade, corrente dos documentários franceses que se propunha a colocar o diretor e o público no papel de observadores, “como moscas na parede” que assistem a uma pretensa verdade se desenrolar na tela. Venceu o Grande Prêmio do Festival de Pesaro, na Itália, em 1967.


‘Pindorama’ (1970) 
O primeiro filme de ficção de Jabor se passa em uma cidade brasileira imaginária no século 16. A trama é uma alegoria sobre a formação do país, com guerras de colonização e a convivência – nem sempre amigável – de indígenas, negros e portugueses.

Diferentemente do antecessor, foi feito segundo os preceitos do Cinema Novo. Foi o representante do Brasil no Festival de Cannes, na França, em 1971.

‘Toda nudez será castigada’ (1973)  O filme mais famoso de Jabor, baseado na peça homônima escrita por Nelson Rodrigues.

Conta a história de Herculano (Paulo Porto), um viúvo conservador que jura para seu filho que nunca terá uma outra mulher. Tudo muda quando ele se apaixona pela prostituta Geni (Darlene Glória). O filme ganhou o Urso de Prata, o segundo maior troféu do Festival de Berlim, na Alemanha.

‘O casamento’ (1974)  Baseado na peça homônima de Nelson Rodrigues, “O casamento” foi um dos filmes mais controversos da carreira de Jabor, pelos temas que abordava.

A trama gira em torno de Sabino (Paulo Porto) um rico industrial da construção civil, que nutre um amor incestuoso por Glorinha (Adriana Prieto), sua filha de 18 anos, que está prestes a se casar. O filme acompanha Glorinha relembrando sua vida marcada por crimes, adultérios e “perversões sexuais”. O filme ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado, no Rio Grande do Sul.

‘Tudo bem’ (1978)  “Tudo bem” marcou o décimo trabalho de Fernanda Montenegro no cinema. Ela interpreta Elvira, a esposa de Juarez (Paulo Gracindo), um pai aposentado de classe média que se vê impotente sexualmente e assombrado pelos fantasmas dos amigos falecidos.

O filme gira em torno da vida do casal e de seus dois filhos, bem como nas relações raciais e de classe da família com as duas empregadas domésticas da casa. “Tudo bem” ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e em 2015 foi eleito um dos 100 melhores filmes brasileiros pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema.

‘Eu te amo’ (1981)  Também focado na classe média, “Eu te amo” conta a história de Paulo (Paulo Cesar Pereio), um industrial divorciado e falido, e de sua ex-esposa, Maria (Sônia Braga).

A trama acompanha os dois querendo reatar o relacionamento, mas temendo as repercussões do reencontro. Foi indicado ao prêmio de Melhor Filme no Festival de Gramado.

‘Eu sei que vou te amar’ (1986)  Drama romântico, “Eu sei que vou te amar” conta a história de Ela (Fernanda Torres) e Ele (Thales Pan Chacon), um casal que, após se reconciliar, decide fazer um “jogo da verdade” de tudo o que lhes aconteceu durante a separação e a vida como um todo.

O filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, no qual Fernanda Torres recebeu o prêmio de Melhor Atriz.

‘A suprema felicidade’ (2010)  O último filme de Arnaldo Jabor foi lançado após um afastamento de 26 anos do diretor da produção audiovisual.

Ele conta a história de um menino de oito anos que assiste aos festejos pelo fim da 2ª Guerra Mundial no Rio de Janeiro em 1945 e sua relação com seus pais e seu avô (Marco Nanini).

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