Campanha Salarial 2022 – na negociação do Ensino Superior os representantes das mantenedoras recuaram, aceitando discutir primeiro o reajuste, mas vieram com proposta inaceitável: antes queriam dar 3%, agora oferecem 4% de reajuste. Mixaria! Veja como foi a negociação, aqui: https://bit.ly/3OJ9RIf
Ensino superior: patronal recua, mas proposta econômica de 4% de reajuste ainda é inaceitável “Podemos considerar que apenas hoje começou de fato a negociação com o patronal no Ensino Superior”, disse Celso Napolitano, coordenador da comissão de negociação dos sindicatos integrantes da Fepesp, em nova rodada de negociação com representantes das instituições de ensino superior nesta quarta-feira, 27/04. Segundo Napolitano, as propostas encaminhadas pelas mantenedoras nas reuniões anteriores tinham apenas a intenção de apresentar dificuldades irreais e inaceitáveis na negociação, para depois retira-las com a intenção de caracterizar um “avanço”: “A comissão patronal utilizou a antiga estratégia de colocar um bode na sala”, afirmou. Porém, embora tenha diminuído o número de “reivindicações” absurdas, permanece inaceitável a proposta apresentada na reunião desta quarta: 4% de reajuste salarial, a partir de março/22; abono de 30% do salário em outubro, a rediscussão de diversas cláusulas: férias, contribuição assistencial, homologação das rescisões contratuais no sindicato, redução de jornada, banco de horas (para auxiliares de administração escolar) e a inclusão de outras: concentração de aulas e ensino hibrido. Alerta a professores e auxiliares - Nova rodada de negociação ficou marcada para a próxima quarta-feira, dia 4 de maio. Mas fique de olho: professores e auxiliares poderão ser convocados a qualquer momento pelo Sindicato. Converse com seu colega na sala de professores. Prepare-se para atender convocações e forçar o patronal a reconhecer um reajuste justo!
ESCÂNDALO NO MEC Disparo de arma de Milton Ribeiro traz urgência à CPI do MEC, diz senador O disparo de uma arma de fogo em posse do ex-ministro da Educação, o pastor evangélico Milton Ribeiro, no aeroporto de Brasília na tarde desta segunda-feira (25), reforça a urgência da abertura da CPI do MEC. É o que defende o senador Jean Paul Prates (PT-RN). “Precisamos de fato investigar o que aconteceu. Afinal, uma gravação de um ministro, que aliás esses dias deu tiro no aeroporto. Um cara que anda armado no Aeroporto. Uma pessoa completamente despreparada. Precisamos investigar quem é essa pessoa inclusive. O que ela fazia, como fazia. Geria a Educação do país dessa forma. Isto é urgente”, disse o parlamentar, durante reunião hoje (27) da Comissão de Educação do Senado.
POLÍTICA EDUCACIONAL Frente da Educação monta estratégia para adiar revisão da Lei de Cotas Um acordo costurado pela Frente Parlamentar da Educação deve descartar a proposta do PT para postergar a revisão da Lei de Cotas por 50 anos. O relatório do projeto de lei será apresentado pelo deputado Bira do Pindaré, do PSB do Maranhão. Ele foi escolhido pela Frente da Educação para encabeçar a formulação do texto. Deputados da Frente da Educação admitem que ainda não mapearam quantos parlamentares seriam favoráveis ao adiamento na Câmara. Há o receio de que a base bolsonarista explore o tema para angariar votos no ano eleitoral.
Senado aprova medida provisória que dá internet para alunos de escola pública O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) medida provisória que cria programa para fornecer internet em banda larga móvel para os alunos da rede pública, cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único do governo federal para programas sociais. A proposta foi aprovada de maneira simbólica pelos senadores. Como já havia tramitado pela Câmara dos Deputados, segue diretamente para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) foi eleito presidente da Comissão de Educação na Câmara nesta quarta-feira, 27. Foram 24 votos favoráveis a seu nome e nove em branco. O deputado Moses Rodrigues (União-CE) será o 1º vice do colegiado. Na posse, Kataguiri disse que a comissão vai apurar denúncias de corrupção na Educação. "O problema de gestão no ensino brasileiro também envolve canalhice. Roubar dinheiro da educação compromete a vida de famílias inteiras", afirmou. Como mostrou o Estadão, o Ministério da Educação (MEC) viveu seis escândalos simultâneos no governo de Jair Bolsonaro, incluindo o sobrepreço de mais de R$ 700 milhões para compra de ônibus escolares e a atuação de religiosos como lobistas, decidindo, inclusive, a destinação dos recursos da pasta. Kim chegou a apoiar o presidente na eleição de 2018.
Brasil está entre países com mais universidades em ranking de impacto global; veja quais O Brasil está entre os dez países com mais universidades presentes no ranking de impacto global elaborado pela publicação britânica Times Higher Education (THE), divulgado nesta quarta (27) no encontro de Inovação e Impacto em Estocolmo, na Suécia. São 48 instituições brasileiras na lista, que mede o comprometimento das universidades com a sustentabilidade. A universidade mais bem colocada é a USP (Universidade de São Paulo), que é a única brasileira entre as cem primeiras do ranking. Ela divide o 62º lugar com a Universidade College Cork, da Irlanda. A USP, no entanto, caiu de posição —no ano passado estava em 48º lugar. A Unicamp (Universidade de Campinas) está entre as posições 101 e 200. A UnB (Universidade de Brasília) e a Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) estão entre as posições 201 e 300. O primeiro lugar no ranking geral ficou com a Universidade Ocidental de Sidney, na Austrália.
TRABALHO ‘Reforma’ trabalhista, tema do 1º de Maio, fez encolher o emprego formal e a contribuição à Previdência Prestes a completar cinco anos, a “reforma” trabalhista (Lei 13.467) é um dos principais temas do 1º de Maio, que centrais sindicais organizam no próximo domingo na praça Charles Miller, diante do portão principal do estádio do Pacaembu, em São Paulo. As entidades propõem a revisão da lei, de forma negociada, diferente do que ocorreu durante sua tramitação, em 2017. O atual governo tentou, inclusive, aprofundar a “reforma”, com mais projetos de flexibilização, como a “carteira verde e amarela”, que não passou no Congresso. Até um grupo de trabalho criado pelo governo, sem participação sindical, propôs ainda mais medidas nessa direção. Os dados consolidados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, demonstram que o mercado de trabalho esteve longe de criar os “milhões” de empregos prometidos pelos defensores do projeto de 2017. Ao contrário, o emprego encolheu neste período. Pelo menos, os postos de trabalho de maior grau de proteção.
Primeiro trimestre registra 93 greves pela aplicação do piso nacional da educação A luta pela aplicação da lei que determinou o novo piso salarial nacional de R$ 3.845,63 (reajuste de 33,24%) está mobilizando trabalhadoras e trabalhadores da educação em todo o país. Segundo o Dieese, foi o principal motivo das greves no setor durante o primeiro trimestre de 2022. Se em janeiro houve um único registro de mobilização, em Fortaleza, no mês de fevereiro o número de paralisações aumentou para 39 e, em março, para 53. No total, foram registradas 93 greves no primeiro trimestre do ano. O maior número de paralisações ocorreu na esfera municipal: 85. Nos estados, foram sete. Já a Mobilização Nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em 16/03, envolveu profissionais de todos os níveis da administração pública.
Em formato híbrido, Sábado Resistente discute impactos da ditadura civil-militar A partir do dia 30 de abril, os Sábados Resistentes voltam a ocupar o auditório do Memorial da Resistência em formato híbrido, e poderão ser acompanhados presencialmente ou através dos canais do Facebook e Youtube do museu. O próximo encontro terá como tema “Os anos de ditadura e a suspensão das eleições: organizações de resistência pós 1964 no Brasil.” Em 2022, a programação dos Sábados Resistentes discute a construção da cidadania do povo brasileiro, marcada por lutas sociais e repressões políticas. A moderação dos debates será do nosso diretor Ailton Fernandes. Serviço: Sábado Resistente
SAÚDE Falta de dados impede análise dos impactos da covid-19 em trabalhadores, alerta Fiocruz Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertaram que faltam dados de saúde ocupacional no Brasil relacionados à covid-19. Hermano Castro e André Périssé dizem que as bases de dados que utilizam para medir os impactos sociais da doença possuem mais de 90% de dados faltantes para variáveis ocupacionais. Eles publicaram esse aviso em carta na revista The Lancet Regional Health Americas. De acordo com os autores, apesar de o desemprego, a informalidade e alguns empregos classificados como essenciais serem associados a uma maior mortalidade por covid-19, não há informações precisas e confiáveis sobre o número de casos relacionados ao trabalho e internações no Brasil.
Nova onda de reajustes de preços avança na indústria e no varejo Há uma nova onda de reajustes de preços no mercado de bens de consumo neste segundo trimestre, e isso indica que os repasses feitos nos primeiros meses do ano parecem estar longe de estancar o movimento de aumentos ao consumidor. Nesta semana, fabricantes relataram a investidores necessidade de correções contínuas nas tabelas ao comércio, e varejistas já receberam, nas últimas semanas, sondagens da indústria para reajustes de um dígito alto entre abril e maio, apurou o Valor. A alta do dólar nos últimos dias, que eleva preço de insumos cotados na moeda americana, reforça a preocupação do setor, após meses de real mais valorizado terem dado algum ânimo às lojas. Ontem, Credit Suisse e J.P.Morgan e revisaram para cima projeções de inflação do ano - apesar da divulgação do IPCA-15 de abril abaixo do consenso - parte pelos sinais de mais repasses em segmentos como alimentos e bens industriais.
Prévia da inflação fica em 1,73% em abril, a maior para o mês desde 1995 O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), registrou alta de 1,73% em abril, após ficar em 0,95% em março. Essa é a maior variação para o mês de abril em 27 anos — desde 1995 —, quando o índice foi de 1,95%. O resultado também é a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%). Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e da meta do BC (Banco Central) para a inflação neste ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos —ou seja, variando entre 2% e 5%. Veja a seguir quais alimentos registraram as maiores altas:
Movimentos convocam ato contra carestia nesta sexta, dia 29 Os movimentos popular e sindical de Guarulhos (SP) realizam nesta sexta (29) ato contra a carestia, a partir das 10 horas. Será no Carrefour da Vila Rio, em frente ao Parque Shopping Maia. O objetivo do protesto é combater a alta nos preços dos alimentos, do gás de cozinha, combustíveis e outros produtos essenciais e serviços. O coordenador da Força Sindical Regional e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, José Barros da Silva Neto, diz: “Será forte o movimento. O intuito é conscientizar a população a respeito do custo de vida e protestar contra a inoperância do governo frente à alta da inflação”. |