Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 21 de agosto de 2020

21/08 - sindicato patronal na Justiça por volta às aulas em São Paulo, comitê da Câmara quer aulas só em 2021, o congresso do sinpro Campinas - e mais.

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Nem aulas de reforço, laboratório, “acolhimento” ou o que for. As escolas particulares, assim como as públicas, não poderão retomar atividades presenciais com alunos em setembro. A decisão da Prefeitura de São Paulo foi tomada com base na quarta fase do inquérito sorológico, que testou seis mil crianças e jovens da rede municipal, entre 4 a 14 anos de idade.
Leia tudo aqui: https://www.sinprosp.org.br/noticias/4025

  

Sindicato de escolas entra na Justiça para volta das aulas em São Paulo
Folha de S. Paulo; 21/08
https://bit.ly/3hhmA3L

O Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo) entrou com um mandado de segurança contra o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) para o retorno opcional das escolas particulares para atividades educacionais presenciais a partir de 8 de setembro.

A ação foi protocolada nesta quinta-feira (19) e tramita no Tribunal de Justiça. O sindicato argumenta que o Plano São Paulo prevê a possibilidade de retorno de atividades de acolhimento, reforço e recuperação aos seus alunos, com o devido protocolo sanitário e dentro do percentual permitido.

Caso deferida, a ação vale para todas as escolas filiadas ao Sieeesp e sediadas no município de São Paulo.

Inquérito sorológico - Nesta terça-feira (18), no entanto, Covas anunciou que as aulas em escolas na capital não devem retornar em setembro. O anúncio foi feito durante entrevista à imprensa, junto à divulgação da primeira fase de inquérito sorológico desenvolvido pela prefeitura para avaliar a parcela da população de crianças que já contraiu o vírus.

 

Comitê Emergencial de Crise da Educação defende o retorno das aulas presenciais somente em fevereiro de 2021
Câmara Municipal SP; 19/08
https://bit.ly/2QeNXzu

Vice-presidente da Comissão, o vereador Jair Tatto (PT) sugeriu que o Comitê elabore um documento se posicionando sobre o assunto. “Precisamos encaminhar ao Executivo um ofício descrevendo a posição do Comitê sobre esse retorno. Nós entendemos que as aulas devem voltar somente em fevereiro de 2021. Para isso, serão necessários treinamento dos profissionais da área de educação e adaptações nas escolas para receber os alunos, ” explicou Tatto.

Para Patrícia Pimenta, diretora do SINPEEM – SP (Sindicato dos Profissionais da Educação do Município de São Paulo), o comitê deve passar agora por uma fase de exigências. “Nós já temos o parecer contrário ao retorno das aulas. Precisamos documentar também sobre os protocolos que devem ser adotados nas unidades escolares para garantir a proteção à vida quando as atividades forem retomadas de forma presencial”, comentou.

O documento será escrito em conjunto por representantes de vários segmentos que participam do Comitê. Eliseu Gabriel propôs que o texto seja apreciado na próxima reunião, antes de ser encaminhado à Prefeitura.

“Vamos elaborar esse documento definindo nossos posicionamentos, como, por exemplo, a obrigatoriedade da convocação de profissionais concursados, a reforma das unidades de educação e como será o acolhimento dos estudantes e dos profissionais com a adoção dos protocolos durante a retomada das atividades escolares”, completou o presidente da Comissão.

 

Secretário de Educação considera inviável reabrir escolas de Ribeirão Preto em setembro
G1; 20/08
https://glo.bo/2FLBl0L

O secretário municipal de Educação Felipe Elias Miguel considera inviável a volta das atividades presenciais nas escolas públicas de Ribeirão Preto (SP) em setembro.

Em audiência realizada na Câmara na quarta-feira (19), onde foram discutidas propostas para a reabertura das unidades, ele disse que não há condições de receber os alunos de forma segura, ainda que inicialmente por meio de atividades de reforço.

 

Bastidores: Prefeitura de SP já considera improvável volta às aulas este ano
Estadão; 21/08
https://bit.ly/3goUO48

A Prefeitura de São Paulo considera improvável a volta das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas ainda este ano. A avaliação de auxiliares do prefeito Bruno Covas (PSDB) é de que os dados do inquérito sorológico feito pelo Município entre 6 e 10 de agosto, que mostrou alta taxa de crianças assintomáticas na cidade, apontam que seria arriscado a retomada, ainda que seguindo protocolos sanitários.

Covas já descartou publicamente a volta das aulas em setembro, mas vai esperar o resultado das próximas três etapas do inquérito, que serão feitas também na rede privada, para tomar uma decisão definitiva.

A resistência de Bruno Covas em reabrir as escolas causou divergência entre auxiliares do prefeito e do governador João Doria (PSDB), que reclamam da falta de alinhamento entre os dois tucanos. Covas tem adotado uma postura mais cautelosa em relação à abertura do que Doria. No Palácio dos Bandeirantes, prevalece a tese que as escolas deveriam reabrir e caberia às famílias definir quem volta ou não. Auxiliares do governador e do prefeito tiveram momentos tensos nos bastidores.

A pesquisa da Universidade Harvard divulgada na quinta-feira, 20, - que sugere carga viral maior entre as crianças e risco maior de transmissão - reforçou na Prefeitura o ceticismo em relação a volta às aulas em 2020.

 

Senado adia votação do Fundeb para 25 de agosto
Estadão; 21/08
https://bit.ly/3aJzW6g

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cancelou a sessão do Senado, prevista para esta quinta-feira, 20, e a remarcou para a próxima terça, 25. O principal item da pauta seria a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna permanente o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

A vigência do Fundeb atual termina no fim deste ano e a renovação do Fundo, que é o principal mecanismo de financiamento da educação básica do País, é vista como prioridade.

 

 

Relator do Fundeb no Senado retira previsão de repasse para escolas privadas
Estadão; 21/08
https://bit.ly/2YlY7mi

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no Senado, Flávio Arns (Rede-PR), retirou um dispositivo do texto que previa repasse de recursos do financiamento para escolas privadas.

De acordo com a assessoria do parlamentar, a Constituição já permite essa possibilidade, no caso de instituição comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, e a manutenção do trecho na PEC poderia gerar controvérsias. Nesse caso, o poder público continuaria com aval para fechar contratos com essas instituições.

 

Sinpro Campinas e Região: Congresso do sindicato tratará sobre condições de trabalho no ensino remoto e volta às aulas presenciaIs
Contee; 20/08
https://bit.ly/3hgJDLS

Nesse ano, o 10º Congresso dos Professores de Campinas e Região tem como tema ‘Educação e Democracia: Ameaças, Resistência e Desafios’ e será realizado no dia 22 de agosto, pelo aplicativo Zoom.

No evento, a diretoria do Sinpro discutirá sobre temas que fazem parte da conjuntura atual e que são relevantes para o trabalho docente. O Congresso também abordará a volta às aulas presenciais durante a pandemia, momento o qual os participantes construirão um plano de lutas para a atuação do Sindicato.

Professores(as) e estudantes de pedagogia ou licenciatura podem participar do evento. Para participação como delegado(a), o(a) docente deve ser sindicalizado(a). Caso não for, o(a) professor(a) poderá participar como ouvinte, mas sem direito a voto.

 

 

Há 11 semanas no epicentro mundial da pandemia, Brasil tem mais 1.204 mortos pela covid-19
Rede Brasil Atual; 21/08
https://bit.ly/3l7vkM8

Diferentemente de outros países que passaram pelo momento de maior mortalidade pelo coronavírus, o pico da pandemia de covid-19 no Brasil insiste em permanecer elevado.

Desde o início de junho o país registra média diária de mortos acima de mil pessoas. Nas últimas 11 semanas, o Brasil se mantém como país com mais mortes pela covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declara o país como epicentro da pandemia desde então.

 

Artigo: ‘A menina, a escola e uma rede proteção social’
Folha de S. Paulo; 21/08
https://bit.ly/31fvZ63

Por Claudia Costin: “Na obra "Educated", a historiadora americana Tara Westover descreve sua própria infância, sem acesso à escola, vivendo numa família mórmon fundamentalista e claramente disfuncional. O livro, considerado um dos dez melhores de 2018 pelo New York Times, ilustra como crianças que sofrem abusos variados, como trabalho infantil, agressões físicas e atos irresponsáveis de adultos que as cercam, naturalizam esses fatos ao não conviver com professores e colegas de outras famílias. No caso, não se trata só de perdas de aprendizagem, da possibilidade de receber educação formal, mas também do isolamento que dificulta a percepção de violências sofridas.

De fato, a escola cumpre diferentes papéis. Sim, é lá que desenvolvemos competências necessárias para a vida adulta e vivenciamos uma introdução protegida à sociedade mais ampla. Mas há também outra tarefa importante, a de oferecer uma rede de proteção social à infância.

No retorno às atividades presenciais, muita coisa estará diferente, inclusive sentimentos, medos e cicatrizes. Mas esperemos continuar a poder oferecer proteção ao sagrado direito das meninas de viverem sua infância felizes e em paz. Nem todas conseguirão se reinventar como fez a Tara Westover, a autora do livro”.

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