Os sindicatos integrantes da Federação dos Professores do Estado de São Paulo – Fepesp reuniram-se na manhã desta terça-feira, 15/02, para consolidar a pauta de reivindicações na campanha salarial do Ensino Superior privado em 2022.

A data base da categoria é 1º de março. A pauta de reivindicações deverá ser encaminhada às mantenedoras das instituições de ensino superior até o final desta semana, para início das negociações com o patronal na sequência.

“Essa campanha irá discutir questões de trabalho docente e questões críticas como a superlotação de aulas com o ensalamento de turmas, a precarização do ensino remoto e também a recuperação de perdas salariais causadas pela inflação”, resume Celso Napolitano, presidente da Fepesp e coordenador da comissão de negociação dos sindicatos.

A pauta de reivindicações desta campanha é resultado da consolidação de propostas discutidas e aprovadas por assembleias de professores e de funcionários administrativos realizadas nas semanas anteriores em todo o Estado.

É praticamente unânime a preocupação com a regulamentação do ensino remoto, para evitar distorções provocadas pelo acúmulo de turmas resultante da prática de ‘ensalamento’ – quando grupos de estudantes de cursos e graus diversos são incorporados em uma mesma aula remota.

Outras questões que deverão ser incluídas na pauta de reivindicações consolidada se referem à expansão do ensino híbrido – quando a mesma aula é ministrada simultaneamente de forma presencial e também com participação remota –, liberdade e autonomia de cátedra e o direito autoral e de imagem de aulas gravadas para uso posterior pelas instituições.

Eixos econômico, social e de trabalho – A campanha deste ano será orientada por três eixos, com a manutenção das cláusulas sociais por dois anos no eixo social e a recuperação da inflação, abono salarial e ganhos por aumento real de salários no eixo econômico.

No terceiro eixo, que compreende as condições de trabalho, devem ser discutidos o trabalho remoto, ensalamento, infraestrutura tecnológica, regulamentação do EaD, além de condições sanitárias no retorno às aulas presenciais nas instituições.

Na reunião desta manhã foi formada a comissão de negociação dos sindicatos, coordenada pela Fepesp, com as professoras Conceição Fornasari (Sinpro Campinas), Edilene Arjoni Moda (Sinpro ABC), e pelos professores Ademir Rodrigues (Sintee Presidente Prudente), Luis Antonio Barbagli (Sinpro SP) e Walter Alves (Sinpro Santos).

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