Condenado em primeira instância em processo marcado pela falta de provas, sentenciado pelo TRF-4 em sessão na qual foram desprezados argumentos e evidências apresentados pela defesa e tendo negada a concessão de habeas corpus em matéria sobre a qual tramitam duas ações diretas de inconstitucionalidade, todo o rito legal contra o ex-presidente da República reveste-se cada vez mais do manto de uma perseguição política implacável. O que se julga não é o homem, mas um rumo de governo que retirou cerca de 40 milhões de brasileiros da miséria, ativou vários setores da indústria nacional, investiu fortemente em infraestrutura e nas áreas sociais e gerou mais de 10 milhões de empregos.
Mais do que o julgamento de um homem, está em questão a Democracia brasileira. Neste abril completam-se dois anos do golpe que tirou do cargo a presidenta eleita Dilma Rousseff. Nesses 24 meses, o bando que tomou o palácio do Planalto de assalto não fez outra coisa que não atacar direitos dos trabalhadores, destruir a CLT, congelar o orçamento público e tentar acabar com as aposentadorias.
A prisão do ex-presidente Lula não é apenas um ataque a uma pessoa. É uma ofensiva contra os trabalhadores brasileiros.