O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que será aplicado em 3 e 10 de novembro, possibilita que o candidato ingresse no ensino superior de cinco formas diferentes: Sisu; Prouni; Fies; universidades particulares que usam o exame como vestibular; e universidades portuguesas, parceiras do governo brasileiro.
Entenda como funcionam os processos seletivos que utilizam a nota do Enem para o acesso ao ensino superior:
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um programa do Ministério da Educação (MEC) no qual são oferecidas vagas eminstituições públicas de ensino. Para participar, é necessário ter prestado a última edição do Enem e tirado nota diferente de zero na redação.
O sistema informatizado fica aberto por quatro dias. Durante esse período, os candidatos devem escolher, pelo site, duas opções de curso nas universidades participantes. Ao longo da semana, são exibidas notas de corte parciais, calculadas com base no número de vagas e no desempenho dos inscritos até o momento. Essa nota serve apenas como uma referência para que o aluno escolha cursos em que tenha maior chance de ser aprovado.
É possível editar a inscrição até as 23h59 do último dia do Sisu. Depois do encerramento do prazo, são divulgadas as listas de aprovados. Há duas edições do Sisu por ano.
O Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares. Para participar, o candidato não pode ter diploma de ensino superior. Além disso, deve ter participado da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 e tirado, no mínimo, média de 450 pontos na prova. Não é permitido ter zerado na redação.
Também é preciso se enquadrar em um dos seguintes critérios de renda: Bolsas integrais: renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo; ou Bolsas parciais (50% da mensalidade coberta): renda familiar bruta mensal per capita de até 3 salários mínimos.
Entre as exigências, o candidato deve ainda se encaixar em pelo menos uma das seguintes situações: ter cursado o ensino médio em escola pública; ter cursado o ensino médio em escola privada, desde que na condição de bolsista integral; ter alguma deficiência; ou ser professor do quadro permanente de uma escola pública (nesse caso, o critério de renda familiar não se aplica).
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é diferente do Sisu e do Prouni: oferece um financiamento das mensalidades de universidades privadas. Não é uma bolsa de estudos.
Em 2018, o programa foi modificado e passou a ser conhecido como “Novo Fies”. São duas modalidades:
a) Fies
Para evitar a inadimplência, a quantia mensal é descontada direto da folha de pagamento do recém-formado. Ela é proporcional ao salário dele.
b) P-Fies
A tendência de vários bancos é oferecer esquemas próprios de financiamento, em vez tirar as dúvidas sobre o Fies.
Determinadas universidades privadas não participam do Prouni, mas utilizam a nota do Enem no lugar do vestibular próprio. Elas podem estabelecer regras para o processo seletivo, que é desvinculado de qualquer programa do governo.
Há algumas instituições que aceitam a nota não só da edição mais recente do Enem, e sim de qualquer prova dos últimos cinco anos, por exemplo. Outras preferem colocar o exame como um bônus a ser adicionado ao vestibular tradicional.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já estabeleceu parceria com 42 universidades de Portugal. Elas definem a forma de usar a nota do Enem no processo seletivo - os pesos de cada área do conhecimento e as regras para inscrição. No convênio, o governo brasileiro não transfere recursos nem paga auxílios estudantis aos aprovados.