Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 7 de março de 2019

Cinema: cinco filmes marcantes para o Dia Internacional da Mulher

 

As Sufragistas (2015) | 1


 

O dicionário define o termo sufragista como “[...] 2. que ou aquele que defende a extensão dos votos a todos [...]”; e é neste sentido que a tônica do drama biográfico de Sarah Gavron fundamenta-se. Conta a história de mulheres britânicas que lutaram pelo direito ao voto no começo do século XX, ao acompanhar quatro protagonistas inspiradas em personalidades reais: Maud Watts (interpretada por Carey Mulligan), Emmeline Pankhurst (Meryl Streep), Edith Ellyn (Helena Bonham Carter) e Violet Miller (Anne-Marie Duff) – destas, porém, apenas Emmeline realmente existiu. É tida como a mais ilustre sufragista da história britânica e uma figura-símbolo da luta do feminismo pela emancipação das mulheres. Veja na TV, no canal Studio Universal: sexta-feira, 15/03, às 22h e sábado, 16/03, ÀS 18h.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=e88IJJv7PLQ 

 

 

The testimony (2015) | 2

 

Dirigido por Vanessa Block, o documentário esclarece detalhes do Minova Trial – o maior julgamento de estupro na história da República Democrática do Congo. Em 2004, o país caíra em uma guerra civil, com envolvimento de tropas do governo, forças da ONU e rebeldes de vários países fronteiriços. O trágico resultado do conflito foi o número de mortes mais alto desde a Segunda Guerra Mundial. Oito anos depois, após o fim formal da Guerra do Congo, o Exército Congolês, derrotado, promoveu um crime contra a humanidade, tanto em escala como em perversidade, ao estuprar sistematicamente centenas de civis nos dias seguintes em Minova. O estupro foi entendido pelos juristas como arma de guerra. De maneira parajornalística, o curta-metragem se foca nas mulheres de Minova e seus relatos, testemunhas de uma das maiores barbaridades da história recente humana. Disponível no Netflix.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Gov3T0fiT48 

 

 

Roma (2019) | 3

 

Filme vencedor em três categorias no Oscar, (Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Direção e Melhor Fotografia), Roma foi sucesso de crítica e público. Primeiro longa-metragem em espanhol indicado para Melhor Filme, a história contada é a de Cléo, uma empregada doméstica que trabalha para uma família de classe média no Distrito Federal do México; e a maioria dos eventos acontecem no confinamento imagético e relacional presente nesta casa de subúrbio. Além do evidente jogo de contrastes entre os distintos papéis sociais separados pelo poder econômico, a trama também conta o drama de duas mulheres abandonadas por seus companheiros; e, sutilmente, a diferença entre sobreviver e ressignificar a existência – enquanto a patroa pode repensar sua vida, possui tal possibilidade, Cléo deve extrair força do inominável para ter seu filho e seguir adiante. É um ode à mulher latino-americana como personagem real, longe dos estereótipos de beleza e fetiche; mas por sua característica de luta e resiliência.

 Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=0ypgyvU-TDU 

 

 

Chega de Fiu-Fiu (2015) | 4


O documentário surgiu da parceria entre o Think Olga e a Broderagem Filmes, sendo financiado por um crowfunding no Catarse. Nele, três mulheres contam suas experiências sobre identidade, assédio, sexualidade e militância social: Rosa Luz, de Brasília (DF); Raquel Carvalho, de Salvador (BA); e Teresa Chaves, de São Paulo (SP). Também, o filme propõe que os homens pensem nas suas representações, e reinterpretem a ideia comumente entendida por trás do conceito de masculinidade. Como mote, o doc. procura colocar em pauta a questão do assédio e a violência de gênero, dialogando além do caráter legislativo, mas em como o machismo repercute no imaginário da sociedade e no que acarreta contra as mulheres fisicamente e de maneira psicológica. Disponível no GloboSat Play, para assinantes Claro, Net.

Trailer:  https://www.youtube.com/watch?v=S-P-tfkGAeQ 

 

 

As Horas (2002) | 5

 

O longa-metragem divide-se entre a década de 1920 de Virginia Wolf (Nicole Kidman), Los Angeles do pós-guerra em que vive Laura Brown (Julianne Moore), e a Nova York contemporânea de Clarissa Vaughn (Meryl Streep). Existe um elo entre as três mulheres: o livro Mrs. Dalloway de Wolfclássico da literatura que coloca em cheque a ideia do feminino como complemento do masculino, resignada e disponível, inócua e do lar. Wolf está escrevendo o livro que a tornaria canônica; Brown, nos anos de 1940, lê Mrs. Dalloway e planeja abandonar o marido e o filho através de um suicídio; enquanto Vaughn, uma agente literária, é chamada de Senhora Dalloway porque aparenta um falso sorriso que esconde seus profundos sentimentos de melancolia e infelicidade.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=TZJCVilXbjQ

 

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