Para reforçar a luta contra o racismo, movimentos negros, sociais e sindical promovem atos em diversas cidades do País. A ideia é também colocar o combate ao racismo na pauta de governo do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentre os organizadores estão as entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Segundo os movimentos, a luta antirracista é um dos principais desafios nos próximos quatro anos.
De acordo com a secretária-adjunta de Combate ao Racismo da CUT, Rosana Santos, é essencial que um governo democrático e popular apoie a luta antirracista, a fim de conquistar direitos à população negra.
“O governo Lula significou nos dois mandatos um avanço na questão. Os programas que foram pensados para a população negra deixaram claro que era um governo que queria uma sociedade diferente, onde a população negra fosse valorizada pelo seu saber, sua cultura, conhecimento”, afirma.
Estrutural – O racismo estrutural é conjunto de práticas discriminatórias, institucionais, históricas e culturais dentro de uma sociedade que frequentemente privilegia uns em detrimentos de outros. O termo é usado para reforçar o fato de que há sociedades estruturadas com base no racismo.
Violência – Segundo dados do Atlas da Violência, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 11 anos, o homicídio entre mulheres negras aumentou 2%, enquanto que entre as mulheres brancas caiu 27% no mesmo período.
Para Anatalina Lourenço, secretária de Combate ao Racismo da CUT, a violência doméstica e o feminicídio são produtos da discriminação estrutural. “Mulher negra sofre as consequências conjuntas do racismo e do sexismo. Isso significa que as negras são economicamente vulneráveis”, explica.
Atos – Em São Paulo, o ato ocorre no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, a partir das 10 horas. Para conferir onde serão realizados atos em outras cidades, acesse os sites do Brasil Popular e Povo Sem Medo.
(via Agência Sindical, aqui)