28 de outubro de 2019

Para que serve a nota do Enem?
Enem 2019: exame pode ser usado em programas de acesso ao ensino superior como Sisu, Prouni e Fies. Saiba como cada um funciona.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que será aplicado em 3 e 10 de novembro, possibilita que o candidato ingresse no ensino superior de cinco formas diferentes:
Candidatos que não tenham concluído essa etapa escolar – ou o ensino fundamental – na idade correta devem prestar o Encceja para que, dependendo do resultado, consigam o diploma.
Agora, veja como funcionam os processos seletivos que utilizam a nota do Enem para o acesso à universidade:
Sisu
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um programa do Ministério da Educação (MEC) no qual são oferecidas vagas em instituições públicas de ensino. Para participar, é necessário ter prestado a última edição do Enem e tirado nota diferente de zero na redação.
É possível editar a inscrição até as 23h59 do último dia do Sisu. Depois do encerramento do prazo, são divulgadas as listas de aprovados.
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Cada universidade pode atribuir pesos diferentes para cada prova do Enem – por isso, a nota do mesmo candidato pode ser diferente em um curso de engenharia da USP, que prioriza o desempenho em matemática, e na graduação em letras da UFF, na qual a prova de linguagens terá um peso maior.
Há duas edições do Sisu por ano.
Prouni
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O Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares. Para participar, o candidato não pode ter diploma de ensino superior. Além disso, deve ter participado da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 e tirado, no mínimo, média de 450 pontos na prova. Não é permitido ter zerado na redação.
Também é preciso se enquadrar em um dos seguintes critérios de renda:
- Bolsas integrais: renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo
- Bolsas parciais (50% da mensalidade coberta): renda familiar bruta mensal per capita de até 3 salários mínimos
Entre as exigências, o candidato deve ainda se encaixar em pelo menos uma das seguintes situações:
- ter cursado o ensino médio em escola pública;
- ter cursado o ensino médio em escola privada, desde que na condição de bolsista integral;
- ter alguma deficiência;
- ou ser professor do quadro permanente de uma escola pública (nesse caso, o critério de renda familiar não se aplica).
O sistema de seleção é aberto uma vez a cada semestre. Informatizado, seleciona os alunos de acordo com o desempenho no Enem. Após o candidato ser pré-aprovado, precisa comprovar seus dados pessoais na universidade em que foi aprovado. Só assim a vaga estará garantida.
Fies
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é diferente do Sisu e do Prouni: oferece um financiamento das mensalidades de universidades privadas. E atenção: o FIES não é uma bolsa de estudos.
Em 2018, o programa foi modificado e passou a ser conhecido como “Novo Fies”. São duas modalidades:
a) Fies
- Para quem serve: estudantes cuja renda familiar per capita seja de até 3 salários mínimos (R$ 2.994,00)
- Como funciona: Pela nota do Enem, são selecionados alunos que terão as mensalidades da graduação financiadas a juros zero. O contrato de financiamento deve ser assinado na Caixa Econômica.
- De quanto será o financiamento: Dependendo da renda do candidato, ele pegará emprestada uma determinada quantia. Por exemplo: supondo que tenha direito a 80% de financiamento. Se a mensalidade for de R$ 2 mil, ele terá de pagar R$ 400 por mês. Os outros R$ 1,6 mil serão quitados depois de terminar a graduação.
- O que pagarão durante o curso: O estudante precisará pagar, todo mês, aquela quantia que não foi financiada (no exemplo acima, os R$ 400) + uma taxa de “gastos operacionais” com o Fies + um seguro de vida. Por que esse seguro? A justificativa é simples: em casos de invalidez ou morte do estudante, essa quantia compensará o governo da dívida do Fies que não será paga. De acordo com o MEC, o seguro é composto por parcelas mensais de cerca de R$ 5 – e nos cursos de medicina, de R$ 15.
- E depois do curso? Assim que concluir a graduação, o formando precisará começar a pagar a dívida do Fies. Ou seja: quitar todo aquele valor que ele deixou de gastar durante o curso. Nessa modalidade do Fies, se não houver atraso, não há juros.
b) P-Fies
- O que é: Essa modalidade, chamada de P-Fies, tem proporções bem menores. Em 2018, por exemplo, foram 2.500 contratos firmados – no Fies, o índice foi de 82.363 financiamentos.
- Para quem serve: Estudantes cuja renda familiar per capita seja de 3 a 5 salários mínimos (R$ 2.994 a R$ 4.990)
- Como funciona: A maior diferença do P-Fies em relação ao Fies é que o financiamento é firmado em agentes financeiros privados. São os bancos que vão definir as condições do pagamento, como os juros, por exemplo.
- Atenção: É exatamente daí que vem uma série de dificuldades: em primeiro lugar, não é fácil encontrar uma instituição que participe do P-Fies. Só foi possível ter acesso a essa lista de parceiros quando o G1 entrou em contato com o MEC. São eles: Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e outros três, por meio do programa “Pravaler”: BV Financeira, Itaú Unibanco e Banco Andbank.
A tendência de vários bancos é oferecer esquemas próprios de financiamento, em vez tirar as dúvidas sobre o Fies.
Universidades particulares
Determinadas universidades privadas não participam do Prouni, mas utilizam a nota do Enem no lugar do vestibular próprio. Elas podem estabelecer regras para o processo seletivo, que é desvinculado de qualquer programa do governo.
Há algumas instituições que aceitam a nota não só da edição mais recente do Enem, e sim de qualquer prova dos últimos cinco anos, por exemplo. Outras preferem colocar o exame como um bônus a ser adicionado ao vestibular tradicional.
Faculdades de SP que aceitam o Enem
Confira agora algumas das principais faculdades do estado de São Paulo que aceitam a nota do Enem como forma de ingresso:
- Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
- Universidade Estácio de Sá (UNESA) – a distância
- Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) – a distância
- Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) – a distância
- Universidade de Franca (UNIFRAN) – a distância
- Faculdade das Américas (FAM)
- Centro Universitário Araraquara (UNIARA)
- Centro Universitário Capital (UNICAPITAL)
- Centro Universitário Paulistano (UNIPAULISTANA)
- Centro Universitário Santa’Anna (UNISANTANNA)
- Faculdade Autônoma de Direito (FADISP)
- Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba (FEATA)
- Faculdade de Ciências Gerenciais Barão de Jundiaí (FCG)
- Faculdade de Direito de Itu (FADITU)
- Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Piraju (FAFIP)
- Faculdade de Itapecerica da Serra (FIT)
- Faculdade de Itápolis (FACITA)
- Faculdade de Mauá (FAMA)
- Faculdade de Tecnologia de São Vicente (FATEF/FORTEC)
- Faculdade de São Bernardo do Campo (FASB)
- Faculdade de Saúde de São Paulo (FASSP)
- Faculdade Método de São Paulo (FAMESP)
- Faculdade Oswaldo Cruz (FOC)
- Faculdades Integradas Campos Salles (FICS)
- Faculdades Integradas de Santo André (FEFISA)
- Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)
- Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP)
- Fundação Getúlio Vargas (FMU)
- Instituto de Ensino Superior de Americana (IESAM)
- Instituto de Ensino Superior de Bauru (IESB)
- Instituto Educacional de Assis (IEDA)
- Instituto Superior de Garça (IESG)
- Instituto Taubaté de Ensino Superior (ITES)
- Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
- Universidade Anhembi Morumbi (UAM)
- Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)
- Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)
- Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)
- Universidade de Santo Amaro (UNISA)
- Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
- Universidade Guarulhos (UNG)
- Universidade Ibirapuera (UNIB)
- Universidade Nove de Julho (UNINOVE)
- Universidade Paulista (UNIP)
- Universidade São Francisco (USF)
- Universidade São Judas Tadeu (USJT)
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