Alguém ainda duvida, depois de mais de 250 mil mortos, vacinação atrasada, troca de ministros de saúde, que estamos vivendo uma crise sanitária gravíssima? O representante patronal na Educação Básica parece não dar muito importância a tudo isso, como ficou patente na rodada de negociação da campanha salarial 2021 desta terça-feira, 16/03, entre a comissão de negociação coordenada pela Fepesp e os representantes das escolas na Feeesp – Federação de Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo.
Primeiro, o patronal alega tecnicalidades e procedimentos burocráticos para atrapalhar o cumprimento da decisão judicial da 9ª Vara da Fazendo Pública no Tribunal de Justiça do Estado, que em sentença de 8 de março barrou atividades presenciais nas escolas enquanto durar a pandemia. Serão responsabilizados pelas consequências dessa omissão perversa.
Também não querem discutir as medidas de proteção de professoras, professores, funcionários, escolares e toda a comunidade acadêmica com medidas cuidadosas para a prevenção da contaminação pelo coronavírus, como decidiram as assembleias, com a apresentação de propostas de disposições transitórias (veja o que são as disposições transitórias aqui). Acham que agora não é hora disso.
O patronal quer voltar atrás. Fazer de conta que não houve greve em 2018 – com vitória do sindicato – ou dissidio em 2020 – com derrota patronal. Querem voltar a antes de tudo isso, e à convenção coletiva de 2018.
Não dá. O que foi conquistado com o dissidio não será apagado e muita coisa mudou, de lá para cá: temos ainda que discutir a hora tecnológica, o pagamento para execução de provas substitutivas, implantar plano de saúde, além de firmar a homologação de dispensas no sindicato, para fiscalização de direitos, e o reajuste salarial.
Fique de olho – nova rodada de negociação está marcada para a próxima semana, na terça dia 23. Converse com seus colegas e tenha muita atenção aos avisos do Sindicato!