Em live na tarde desta segunda, feira, 19/10, o professor Gonçalo Vecina, epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, afirmou que o plano de retomada de aulas em São Paulo pelo governo do Estado “tem muito mais preocupações econômicas do que sanitárias”. O debate em formato de live foi organizado por uma série de instituições ligadas ao trabalho, como o Ministério Público do Trabalho, o Centro Estadual de Saúde do Trabalhador, além do Sinpro ABC, Apeoesp e outras instituições.
O professor Vecina lembra que os primeiro lote de vacinas deverá estar disponível no final deste ano ou início de 2021 através de contrato com o governo do Estado de São Paulo, E, então, deverá haver uma decisão pode parte dos governos estadual e federal, quando São Paulo receber sua encomenda: “As vacinas serão destinadas a paulistanos, paulistas ou brasileiros?”
Segundo o especialista, o primeiro grupo a receber a vacina deverá ser o dos trabalhadores em Saúde, seguidos por profissionais de Educação, população com comorbidades e finalmente os demais jovens e adultos. ‘Não há como garantir o retorno” às aulas, disse o professor Vecina, que alertou contra o retorno de pessoal em grupos de risco, bem como crianças, jovens e profissionais em contato com pessoas em grupos de risco.
‘Havendo retomada, deveremos acompanhar muito de perto e saber como retroceder” havendo casos de covid ou de número de óbitos em decorrência da volta aulas, afirmou o professor Vecina no debate.
É importante lembrar que, como resultado de ação junto à Justiça do Trabalho, a Fepesp e os seus sindicatos integrantes conseguiram decisão liminar que protegem educadores em grupos de risco ou que morem com pessoas em grupos de risco, determinado que esses profissionais sejam mantidos em trabalho remoto até que seja controlada a pandemia.