Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 15 de março de 2023

15/03 - O repúdio ao cancelamento de Paulo Freire pelo governo de SP, o protesto pela revogação do novo Ensino Médio, os 37 anos do Sinpro ABC, e mais:  cinco anos após assassinato, caso Marielle Franco segue sem respostas


A Federação dos Professores do Estado de São Paulo, em nome de seus sindicatos integrantes, se integra ao questionamento da brutalidade revanchista que provoca a comunidade docente e todos que aspiram por uma cidadania tolerante, inclusiva, participativa e com esperança no futuro, pelo desnecessário ataque à memória do patrono da Educação Brasileira, em um ato menor de um governador que não conhece São Paulo e que se esforça por ser esquecido e repudiado no Estado.

 

 

 

Governo Tarcísio muda nome de metrô de educador Paulo Freire para bandeirante Fernão Dias - O Metrô de São Paulo decidiu mudar o nome de uma futura estação da linha 2-verde de Paulo Freire para Fernão Dias. A decisão foi tomada por dirigentes da empresa controlada pelo Governo de São Paulo em janeiro deste ano, após Tarcísio de Freitas (Republicanos) assumir como governador.

O Metrô justifica a medida afirmando que ela se deu após uma pesquisa de opinião ser feita com moradores de regiões próximas da futura estação. A consulta teria sido concluída no final de 2022.

"O nome Paulo Freire era apenas provisório para a criação de referências nos projetos, até a confirmação pelas pesquisas", diz o Metrô, em nota. Monica Bergamo  14/03  https://bit.ly/3yH0lhM

 

Ministério Público é acionado após Governo de SP mudar o nome da estação Paulo Freire A vereadora da capital paulista Jussara Basso (PSOL) enviou ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, uma representação em que pede que sejam cobrados esclarecimentos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do Metrô sobre a mudança do nome da futura estação Paulo Freire para Fernão Dias.

A representação pede que alteração seja suspensa até conclusão de investigação. Folha de S. Paulo 14/03  https://bit.ly/3mObOJL

 


A futura estação no mapa: Google já mostra com o nome de Fernão Dias

 

‘Indícios de impessoalidade’ na decisão de mudança de nome da estação Um inquérito deve ser aberto para apurar da licitude do ato administrativo. A parlamentar (vereadora Jussara Bastos)  afirma ao Ministério Público de São Paulo que Tarcísio é um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que durante a sua gestão atacou Paulo Freire constantemente.

"Há indícios, no caso em comento, de violação da impessoalidade, haja vista a possível determinação de alteração por preferência pessoal do governador do estado movido por seu cunho ideológico, considerando que Paulo Freire é uma referência para grupos políticos opositores", afirmou Basso. Valor Econômico 14/03  http://glo.bo/3JiuSaD


Opinião: ‘Guerra dos batismos’
Essa foi no fígado. O Metrô de São Paulo, que é controlado pelo governo do estado, agora sob gestão do neobolsonarista Tarcísio de Freitas, decidiu trocar o nome de uma futura estação da linha 2-verde de Paulo Freire para Fernão Dias.

Paulo Freire (1921-97), se você chegou há pouco de Marte, é um educador brasileiro, dono de uma obra acadêmica muito prestigiada tanto aqui como no exterior e que foi secretário municipal da Educação de São Paulo na gestão da então petista Luiza Erundina (1989-92).

Nesse contexto, a troca de nome representa, para a esquerda, um duplo golpe. Não apenas um de seus representantes teve sua justa homenagem cassada como também, ainda pior, a honraria foi transferida para um protofascista. Seria um troco pelo rebatismo do Minhocão, que deixou de ser elevado Presidente Costa e Silva para tornar-se elevado Presidente João Goulart? Por Hélio Schwartsman, em Folha de S. Paulo 14/03  https://bit.ly/3lga2AQ

 

‘NOVO’ ENSINO MÉDIO


No Instagram da União Brasileiras de Estudantes Secundaristas
(@ubesoficial), a transmissão do ato pela revogação do Novo Ensino Médio,
na manhã desta quarta-feira, na Avenida Paulista.
Veja aqui: https://www.instagram.com/p/Cpzxbw9Ae0_/


Realidade das escolas públicas impede execução do Novo Ensino Médio
-  Hoje, 15 de março, estudantes de ensino médio de todo o país realizam manifestações pela revogação de reforma do ensino médio (#RevogaNEM). Os atos foram convocados pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e apoiados por centenas de entidades sindicais e acadêmicas.

Embora os sindicatos e as associações científicas já tenham se manifestado contra a reforma por motivos amplamente divulgados em artigos científicos, livros e nos diferentes meios de comunicação, o posicionamento do movimento estudantil pela revogação da Lei n. 13.415/2017 é recente. Isso ocorre porque, à medida que a implementação do "Novo Ensino Médio" (NEM) avança nas redes estaduais de ensino, os estudantes e seus familiares passam a compreender o significado da reforma para a sua formação e o seu futuro acadêmico e profissional. UOL  15/03  https://bit.ly/3YPfhVGhttp://glo.bo/3YLnzhm

 

Opinião: ‘Por um projeto alternativo ao Novo Ensino Médio’ – “Devemos construir um projeto alternativo ao Novo Ensino Médio (‘NEM’) no contexto de uma verdadeira transformação da estrutura da educação básica, o que deve ocorrer de forma articulada, orgânica e democrática, dentro de um processo de institucionalização do Sistema Nacional de Educação pactuado socialmente.

“É necessário e urgente que as representações dos movimentos sociais convoquem o Seminário Nacional do Ensino Médio para que se possa debater e conhecer os resultados de pesquisas sobre a implementação da Reforma do Ensino Médio e para construir as diretrizes indutoras de um projeto popular de Ensino Médio alternativo ao do NEM”. Por Adilson Cesar de Araujo, pesquisador do Observatório Nacional do Ensino Médio em Sinpro DF  13/03  https://bit.ly/3FqrV6H

 

SINDICATO


15ª Tribuna Livre para Trabalhadores da Metodista nesta quarta, dia 15 - O coletivo de sindicatos representantes dos trabalhadores da Educação Metodista convida a categoria para a 15ª Tribuna Livre, que será realizada no dia 15 de março (quarta-feira), a partir das 17h, por meio da plataforma Zoom. Docentes que lecionam nas unidades do ABC deverão solicitar o link ao SINPRO ABC pelo whatsapp (11) 4994-0700 - profissionais de outras cidades precisam fazer o pedido ao sindicato da sua base.

Neste encontro, a pauta será o itinerário dos pagamentos da RJ da Rede Metodista: verdades e mentiras. Sinpro ABC, Sinpro Campinas e outros 15/03 https://bit.ly/3ZPk8HI

 

Viva os 37 anos do Sinpro ABC - A Federação dos Professores do Estado de São Paulo cumprimenta as professoras e professores das escolas privadas de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul pela celebração dos 37 anos do seu sindicato.

O Sinpro ABC, integrante e uma das entidades formadoras da Fepesp, nasceu em uma conjuntura de redemocratização do país, primeiro como uma associação profissional que logo conquistou a adesão dos docentes em sucessivas e bem sucedidas campanhas de sindicalização.

Viva o Sinpro ABC! Muitos mais anos de lutas vitoriosas! Fepesp 15/03 https://bit.ly/42b84SN

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Projeto de lei em tramitação abre caminho para que iniciativa privada passe a administrar escolas municipais de nível fundamental e médio na cidade de São Paulo - Organizações sociais selecionadas e remuneradas pela prefeitura seriam autorizadas até a contratar seus próprios professores e diretores, bem como dispensá-los. Críticos apontam riscos de aumento de gastos, de queda no recebimento de verbas federais para a educação e de perda na qualidade do ensino, além de diminuição na transparência da gestão de recursos públicos.

Uma investigação do jornal Folha de S. Paulo de 2020, quando [o atual prefeito Ricardo] Nunes ainda era vereador e vice do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), revelou que empresas ligadas a assessores e servidores indicados por ele faziam negócios diretos com as creches conveniadas. Havia também parentesco entre funcionários da prefeitura indicados pelo então vereador e donos de entidades que lucram com o serviço e com aluguel de espaços para essas creches. Jornal da Unesp 13/03   https://bit.ly/3JI5YCX

 

 

Cinco anos após assassinato, caso Marielle Franco segue indefinido
Rede Brasil Atual 14/03
https://bit.ly/3ZOQCC6

Motivações e mandantes da morte da vereadora são questões que continuam sem respostas

“Já se passaram cinco anos: é muito tempo. Hoje, o mundo inteiro quer saber quem mandou matar Marielle. Isso não é uma questão a ser resolvida apenas para a família”, desabafa Marinete Silva, mãe da socióloga e ativista dos direitos humanos e dos movimentos sociais. Ela resume o sentimento de familiares, amigos, ativistas, e de qualquer pessoa indignada com o crime. complementa a mãe.

Interferências - O próprio processo de investigação passou a ocupar um lugar central no noticiário. A Polícia Civil teve cinco delegados responsáveis pelo caso na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. No Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), três equipes diferentes atuaram no caso durante esses anos.

A última mudança aconteceu há 10 dias, quando o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, escolheu sete novos promotores para integrar a força-tarefa coordenada por Luciano Lessa, chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Prisões - Sobre os mandantes e o motivo dos assassinatos, os promotores afirmam que as dificuldades são maiores por se tratar “um crime onde os executores são profissionais, que foram policiais militares, que sabem como se investiga”.

O avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados. Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça do Rio informou que é esperado “o cumprimento de diligências requeridas pela promotoria e pela defesa para que seja marcada a data do julgamento”.

Sobrevivente - Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle Franco, foi a única sobrevivente do atentado. Ela estava no carro quando a parlamentar e o motorista foram atingidos. Fernanda diz que apenas o delegado que assumiu o caso entre 2018 e o início de 2019, Giniton Lages, a chamou para prestar depoimento. Ela só voltou a ser procurada em janeiro desse ano pelo Ministério da Justiça, quando participou de uma reunião com assessores da pasta.

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