Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 13 de fevereiro de 2023

13/02 - Sindicatos unificam resoluções de assembleias no Ensino Superior, proibir linguagem neutra é contra a lei, chatGPT e a cola nas provas, e mais: crianças pensam em carreiras nas ciências

Anote na agenda: professoras, professores e técnicos de ensino no Sesi e no Senai de SP tem assembleia marcada no próximo dia 28. Você terá abono de falta para participar da assembleia. Veja horário, link ou local no seu sindicato!

 

Ensino Superior: assembleias deliberam pauta, sindicatos unificam reivindicações nesta terça, 14 - A pauta aprovada será agora unificada, [em reunião do Conselho de Sindicatos, o Cones, nesta terça-feira], a partir das definições estabelecidas pelos sindicatos integrantes da Fepesp, já que a campanha é estadual.

As negociações devem começar depois do carnaval e se estender pelo mês de março. Um calendário de mobilizações e visitas às instituições já está sendo organizado pela diretoria do SinproSP. Celso Napolitano, presidente do Sindicato, reforçou a importância desse diálogo sempre próximo com a categoria e destacou a necessidade da mobilização permanente, em cada universidade. “Se for preciso, as professoras e professores saberão construir uma greve, coletivamente”, afirmou.. Contee  10/02  https://bit.ly/3YnlLf8

 

PUC Viva 10/02 https://fepesp.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Pucviva-1178-de-10-02-2023-1.pdf

 

Crianças sonham com carreira na ciência, mesmo sem influência das famílias- Daniel, 9, morador de São Paulo (capital). Igor, 9, é natural de Sobral, no Ceará. Maria Clara, 11, vive com os pais em Campinas (SP). Marlene, 10, vive também em Sobral. Apesar de morarem bem longe, todos eles têm uma coisa em comum: são apaixonados por ciência.

O gosto por tudo aquilo que envolve as ciências e como as coisas funcionam veio deles próprios, sem influência direta de pais ou irmãos. "Eu gosto muito da ciência do espaço desde que sou bebê", conta Daniel G., fascinado com os frascos contendo animais estranhos em álcool e esqueletos na sala de visita do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, no Ipiranga. Folhinha 011/02  https://bit.ly/3IlQioe

 

TECNOLOGIA

Cola na sala de aula vira debate entre crianças com a chegada do ChatGPT - Pense na pergunta mais difícil que já apareceu em uma prova da sua escola. Agora, imagine que você está diante dela de novo, e não estudou o suficiente antes da avaliação, seja porque o cachorro comeu as páginas do seu livro, seja porque você teve outro imprevisto. Como você faz para resolver a questão complexa? Vale bisbilhotar a prova do amigo?

Não há registros históricos sobre em que época da humanidade a cola surgiu —e aqui falamos da prática de copiar conteúdo de outra pessoa sem dar crédito. Ainda assim, é muito provável que, quando alguém inventou a prova, ela tenha vindo junto de brinde. Folha de S. Paulo  10/02  https://bit.ly/3jRfx8i

 

Artigo: ‘O ChatGPT e a escola’‘-  Educação é, mais do que nunca, reflexão. Os alunos deste século precisam ser avaliados pela capacidade de debater, de relacionar informações de diversas fontes (sabendo se são confiáveis), de formar novas opiniões, de criticar, de ouvir, de colaborar, de criar. Claro que a “mágica” feita pelo ChatGPT impressiona. Os conteúdos, que antes eram privilégio de poucos, são organizados em textos aparentemente bem embasados. É possível pedir redações, resolução de provas, cálculos. Até questões do Enem foram respondidas corretamente.

A vida escolar com a nova invenção torna mais imprescindível a educação midiática, cujo objetivo é ensinar uma análise crítica das informações nos diversos meios. O campo de aprendizagem faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define no Brasil o que deve estar nas escolas, mas os professores ainda não são formados para isso. Não há política pública preocupada com o assunto. E os próprios docentes são muitas vezes também vítimas de fake news, desinformação, discursos de ódio. Por Renata Cafardo, em Estadão 12/02  https://bit.ly/3XlCBd2

 

Curso orienta educadores sobre como levar a natureza para as escolas - O curso online tem duração de 40 horas e oferece aos educadores acesso a práticas de centramento, videoaulas, apostilas, vídeos e materiais de aprofundamento, entrevistas com convidados especiais e atividades práticas. O curso será dividido em quatro módulos. No cronograma de aulas, os educadores vão conhecer mais sobre o que são TiNis (Terrras Infantis), seus conceitos e seu potencial educativo; a necessidade de formar vínculos afetivos com a natureza, o conceito da “criação recíproca” e a noção de interdependência.

As inscrições podem ser feitas pelo site (aqui) e o início do curso é imediato, não sendo necessário esperar para formar um turma. Agência Brasil 12/02  https://bit.ly/3RWyymz

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Agência de investimentos indica fraco interesse de investidores estrangeiros na educação privada do Brasil – Em relatório aos seus clientes, a agência de investimentos XP indicou o resultado de sua rodada de reuniões com investidores estrangeiros e, no setor de Educação, indicou interesse fraco no setor: “Passamos a última semana fazendo reuniões com investidores estrangeiros nos Estados Unidos e voltamos com uma sensação de interesse muito fraco pelo setor de educação no Brasil”.

“A maioria dos investidores americanos está dedicando muito pouco ou nenhum tempo ao setor de educação no Brasil”, diz po relatório, “dado que (i) o valor de mercado de todas as empresas está atualmente abaixo de US$1bn e (ii) alguns investidores em geral não encontram perspectivas de curto e médio prazo promissoras para o setor, especialmente em meio ao atual cenário macro. Dentro do nosso universo de cobertura, as principais empresas abordadas foram a Yduqs e a Ânima”. Agência XP  12/02  https://bit.ly/3lsMWqm

 

INTERNACIONAL

Portugal: milhares de professores concentram-se em Lisboa para manifestação nacional de protesto - A manifestação nacional, em Lisboa, é convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), mas conta também com a participação da Federação Nacional de Educação (FNE) e outras sete organizações sindicais, bem como da Associação de Oficiais das Forças Armadas e de representantes da PSP.

No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa. Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações. Agência Lusa 11/02  https://bit.ly/3lpJXPj

 

Visita de Lula aos EUA: imprensa internacional destaca semelhança inédita entre Brasil e Estados Unidos na luta contra a extrema direita - Ao comentar a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden nesta sexta-feira (10), o jornal The New York Times observou um aspecto de simbólico ineditismo que marcou o encontro entre o petista e o democrata na Casa Branca. Lula embarcou de volta ao Brasil e deve chegar a Brasília por volta das 20 horas deste sábado (11).

“Quando recebe líderes mundiais, o presidente Biden normalmente troca ideias sobre política comercial ou segurança nacional e talvez fale sobre histórias antigas a respeito de eleições”, disse o NYT. “Mas na sexta-feira, pela primeira vez, ele deu as boas-vindas a um líder com quem poderia comentar sobre ser o alvo de uma insurreição violenta”. Rede Brasil Atual 11/02  https://bit.ly/3xiUCy0

 

 

O que é linguagem neutra nas escolas e por que ela causa polêmica? Entenda
Valor Econômico 10/02
http://glo.bo/40Lyudn

STF formou maioria para derrubar lei estadual que proibia uso da linguagem nas escolas

A linguagem é uma das pautas da comunidade LGBTQIA+ para contemplar pessoas não-binárias, aquelas que não se identificam com os gêneros masculino e feminino, e interesexo, que não se enquadram nas normas sociais de características físicas, genéticas e hormonais masculinas ou femininas.

Na linguagem neutra, os artigos feminino e masculino são substituídos. Podemos usar, como exemplo, o todes (ao invés de todos e todas) e elu (ao invés dos pronomes ele e ela).

O debate sobre o uso da linguagem cresceu nos últimos anos nas redes sociais e ganhou força no campo político, principalmente com bolsonaristas criticando a linguagem neutra como uma “doutrinação de esquerda” nas escolas.

Em 2021, a Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou um projeto de lei, do deputado Eyder Brasil (PSL), proibindo o uso da linguagem neutra nas instituições de ensino públicas e privadas do Estado.

O deputado — que não se reelegeu em 2022 — argumentou que “o dialeto não binário afasta ainda mais as pessoas, polarizando a sociedade”.

A ação contra a lei foi apresentada ao STF pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). De acordo com a entidade, a União deve ser responsável pelas normas de ensino.

Votaram pela inconstitucionalidade os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, além do relator Edson Fachin.

No seu voto, Fachin reforçou que a norma estadual deve respeitar as diretrizes da União e que a linguagem neutra já vem sendo adotada em órgãos públicos pelo país.

 

Decisão sobre linguagem neutra afeta 45 leis e projetos de 20 estados - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar uma lei de Rondônia que proíbe a linguagem neutra nas escolas públicas e privadas vai afetar de imediato leis ou projetos em outras 19 unidades da Federação. Ao menos 45 iniciativas semelhantes foram aprovadas ou tramitam nos Legislativos municipais e estaduais pelo País, segundo levantamento da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Juristas apontam que, após a publicação do acórdão, a aplicação da lei será imediata e automática, revogando as legislações em vigor e impedindo a aprovação de normas contrárias a esse entendimento.

Os especialistas afirmam que a lei também não obriga as escolas a adotarem a linguagem neutra e lembram que ainda há muita resistência ao seu emprego, sobretudo dos pais de alunos.

Para entender - A linguagem neutra adapta o português para o uso de expressões em que as pessoas não binárias - que não se identificam com os gêneros masculino e feminino - se sintam representadas. Artigos feminino e masculino são adaptados com "x", "e" ou "@" em alguns casos.  UOL 11/02  https://bit.ly/3RU9Gvs

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