Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 25 de novembro de 2020

Vacinas da COVID-19 explicadas em mapas e gráficos

do jornal Vermelho*
publicado em 25/11/20

 

Enquanto o mundo se prepara para a vacina mais rápida já desenvolvida, várias empresas farmacêuticas tomaram caminhos diferentes para fabricar o antídoto para a pandemia que manteve o mundo refém, desde março deste ano.

De acordo com o Centro de Recursos do Coronavírus Johns Hopkins, pelo menos 1,3 milhão de pessoas morreram como resultado e pelo menos 59 milhões de pessoas foram infectadas com Covid-19 em todo o mundo.

Com a economia global em jogo, milhões trabalhando em casa e, de acordo com o UNICEF, 463 milhões de crianças em todo o mundo sem acesso ao ensino à distância, a necessidade de uma vacina é urgente.

 

 

Quais são os diferentes tipos de vacinas da Covid-19?

 

RNA: abreviação de ácido ribonucléico, o RNA é uma das macromoléculas cruciais – moléculas maiores que compreendem proteínas, lipídios e carboidratos – para a vida. As vacinas de RNA funcionam introduzindo uma sequência de mRNA (a molécula que diz às células o que construir) no sistema que é codificado para um antígeno específico da doença.

DNA: abreviação de ácido desoxirribonucléico, o DNA é outra das macromoléculas cruciais para a vida. Uma vacina de DNA envolve a introdução direta em tecidos apropriados de um plasmídeo – uma molécula de fita dupla que existe em células bacterianas.

Vetor viral: essas vacinas usam vírus vivos para transportar DNA para as células humanas. É um dos meios mais eficazes de transferência de genes para modificar tipos de células ou tecidos específicos para fins terapêuticos.

Subunidade de proteína: usa uma parte do vírus, neste caso, o componente de proteína, para criar uma vacina. Essas vacinas podem ser administradas a quase qualquer pessoa que precise delas, incluindo pessoas com sistema imunológico enfraquecido e problemas de saúde de longo prazo, porque não prejudicam o sistema imunológico.

Vírus inativado: este tipo específico de vacina usa a parte do vírus que não está mais ativo, mas que causa a doença. Essas vacinas geralmente não fornecem o mesmo grau de imunidade que uma vacina viva. Podem ser necessárias doses de reforço em uma data posterior para manter a imunidade.

 

 

Partícula semelhante a vírus: Este tipo de vacina contém moléculas que imitam o vírus, mas não são infecciosas e, portanto, não representam perigo. O VLP tem sido uma forma eficaz de criar vacinas contra doenças como o papilomavírus humano (HPV), hepatite e malária.

 

Testagem em todo o mundo – De acordo com a London School of Hygiene and Tropical Medicine, existem 11 vacinas diferentes para Covid-19 em todo o mundo sendo testadas em seres humanos.

 

 

A vacina desenvolvida mais rápido no mundo – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 150 vacinas ainda em desenvolvimento para Covid-19.

Algumas das vacinas estão quase sendo liberadas à medida que passam pela terceira fase dos testes em humanos.

De acordo com a cientista-chefe da OMS, Dra. Soumya Swaminathan, a fase um dos testes em humanos é geralmente realizada em 30 a 50 pessoas para garantir que a vacina seja segura e não tenha quaisquer efeitos colaterais inesperados. A fase dois envolve um estudo maior que começa a examinar a imunogenicidade da vacina, que é se ela provoca a resposta imune necessária. Os testes de fase três geralmente envolvem dezenas de milhares de pessoas e testam a eficácia da vacina, que é o quão bem ela protege uma pessoa contra a infecção, bem como sua segurança em um grupo tão grande.

As vacinas fabricadas na Rússia e na China foram lançadas antes da terceira fase dos testes em humanos.

 

 

 

Pedidos antecipados – Quase 4,4 bilhões de doses das várias vacinas foram pré-encomendadas em todo o mundo, de acordo com uma contagem da agência de notícias Reuters.

Uma acirrada competição internacional para conseguir bilhões de dólares em pedidos da vacina está em andamento há meses, e algumas empresas começarão a entregar milhões de doses já em meados de dezembro.

A vacina da AstraZeneca-Oxford tem uma vantagem prática sobre algumas outras, pois pode ser armazenada de dois a oito graus Celsius (35,6-46,6 graus Fahrenheit), em vez dos 70 graus Celsius negativos (-94 graus Fahrenheit) necessários para a vacina da Pfizer, por exemplo.

A AstraZeneca, que prometeu não lucrar com a vacina durante a pandemia, fechou acordos com governos e organizações internacionais de saúde que estimam seu custo em cerca de US$ 2,50 a dose. A vacina da Pfizer custará cerca de US$ 20 a dose, enquanto a Moderna custará US$ 15-25, com base em acordos que as empresas fizeram para fornecer suas vacinas ao governo dos EUA.

 

(*) Publicado originalmente pela rede Al Jazeera. Tradução de Cezar Xavier.

 

 

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