Os professores e professoras da Universidade Metodista (UMESP) ficaram 19 dias em greve. Durante esse período tivemos várias atividades envolvendo o sindicato, docentes e também os alunos. Reunidos em assembleia na sexta-feira, 17/05, os professores e professoras aprovaram a proposta da Metodista:
a) regularizar o pagamento dos salários de abril/2019 de todos os empregados até o dia 06.06.2019;
b) pagar todos os salários de maio/2019, de todos os empregados, dentro do mês de junho/2019, e os salários de todos os empregados, alusivos ao mês de junho, serão pagos até o dia 10.07.2019;
c) cumprir o parcelamento do FGTS já acordado e regularizar outras diferenças pendentes;
d) regularizar a quitação dos débitos de empréstimos consignados dos empregados e do vale-alimentação em até 120 dias, sendo o primeiro pagamento no dia 20.06.2019, compreendendo a parcela do próprio mês e uma parcela atrasada, ou seja, duas parcelas mensais, a partir de 20.06.2019; e) não desconto dos dias parados, mediante a reposição das aulas;
f) retorno imediato dos docentes ao trabalho.
O Sindicato e os professores voltam ao TRT-SP dia 22 para firmar o acordo conciliatório, mas condicionado, segundo decisão da assembleia, a concordância da Metodista em (1) aceitar a estabilidade do corpo docente por 90 dias, para evitar retaliações, e (2) compromisso de respeitar a norma e a Convenção Coletiva de Trabalho.
A diretoria do Sinpro ABC e os próprios docentes avaliam que, até aqui, foi uma grande vitória do movimento com o apoio dos alunos e da comunidade.
O pessoal da Metodista do ABC está dando uma lição de como se responde a uma instituição que não preza seus educadores: com firmeza, determinação, coragem e muita disposição em defender seus direitos mais básicos, como o da remuneração em dia por serviços prestados com dedicação.
Ao entrar na sua terceira semana, a greve de professores e pessoal administrativo angariou simpatia de seus estudantes e da comunidade acadêmica, e gerou desconfiança sobre a administração da instituição ao perder inúmeras oportunidades de solução negociada propostas pelo Sindicato.
O movimento tem apoio de todos os demais 24 sindicatos integrantes da Federação dos Professores do Estado de São Paulo, entre os quais se inclui o Sinpro ABC, e faz parte de mobilização em nível nacional com a articulação dos Sindicatos nos demais Estados onde a Metodista tem atuação.
Os professores da Metodista não estão sós nesta luta!
Uma nova assembleia está marcada para esta segunda-feira (13/05), às 18h30, no Campus Rudge Ramos, Rua do Sacramento, 230, São Bernardo do Campo.
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13/05: Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Bancários do ABC também publicou uma moção declarando apoio ao movimento grevista dos Professores do ABC. Confira:
Em ato público na noite de segunda-feira (06/05), Professores, Funcionários e alunos se mobilizaram pelas ruas de São Bernardo, reivindicando que seus direitos sejam cumpridos.
A Metodista acumula uma série de desrespeitos trabalhistas por todo o país, e se mostra intransigente ao não estabelecer sequer um diálogo com a categoria dos professores e professoras da região do ABC.
A greve dos professores e professoras da Universidade Metodista completou neste dia 7, uma semana.
A comunidade acadêmica se mobiliza nas redes sociais. Os alunos demonstram apoio divulgando as ações decididas pelos docentes, promovem a campanha que denuncia o atraso dos salários, e estão em defesa dos direitos trabalhistas dos professores e funcionários da Metodista.
O SinproABC – Sindicato dos Professores do ABC - entrou com ação no Ministério Público do Trabalho, exigindo que a instituição educacional cumpra com a convenção coletiva: regulariza os salários atrasados, depósitos do FGTS e que, daqui pra frente, atenda às datas estipuladas por lei, isto é, que paguem os salários até o quinto dia útil.
A instituição atrasou, mais uma vez, os salários, desta vez o pagamento de março. O Sindicato deu um prazo de regularização até 26 de abril, mas a Metodista não cumpriu.
Além dos salários de março, muitos professores e funcionários ainda aguardavam o pagamento de férias, além de denunciar que a Metodista não está realizando os depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde 2015.
Terça-feira, dia 7: (5º dia útil) presença dos diretores do SINPRO nas portarias principais dos 3 campi, de manhã e à noite;
Quarta-feira, dia 8, 18h30: grande assembleia na portaria da Rua Sacramento.
"Vamos manter a unidade e ficar mobilizados!"Leia aqui a carta aberta divulgada pelo Sinpro ABC nesta terça-feira, 02/04. :
Carta aberta à comunidade
Sindicato dos Professores do ABCAos membros da comunidade acadêmica e à população em geral:
O Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO ABC), representante legítimo dos professores e professoras da Educação Básica e da Educação Superior das escolas não públicas da região do ABC, vem a público denunciar os constantes atrasos de pagamentos de salários e dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos docentes da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).
Esses atrasos se arrastam desde 2015. A legislação trabalhista e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) estabelecem que o pagamento dos salários deve ser realizado até o quinto dia útil de cada mês, mas a reitoria da UMESP não está respeitando a legislação nem a CCT, com atrasos de salários de até 30 dias.
Desde julho de 2015, a instituição deixou de proceder ao recolhimento dos depósitos do FGTS, passando por vários “acordos” não cumpridos com a Caixa Econômica, contando com certeza com a prescrição que desde o ano de 2014 é de 5 anos. Em mesa redonda realizada no dia 13/03/19, na Gerência Regional do Trabalho de São Bernardo do Campo, a UMESP confirmou os débitos pendentes.
A ação de cumprimento interposta pelo SINPRO ABC garante a não prescrição dos depósitos do FGTS até 15/12/2017, já estamos providenciando nova ação de cumprimento, para garantir a não prescrição dos depósitos após tal data.
A UMESP admitiu que não tem repassado os valores descontados em folha de pagamento, a título de CONSIGNADO aos bancos. Ou seja, desconta do trabalhador, mas não paga os bancos credores, levando o nome dos trabalhadores para o rol dos devedores. Essa denúncia já foi encaminhada para o Ministério Público do Trabalho.
O salário relativo a fevereiro de 2019, não foi pago até a presente data, com promessa inicial de ser pago até 29/03/2019, e a promessa atual é de pagamento até o dia 08/04/19!
O SINPRO ABC interpôs ação cobrando o pagamento do salário de fevereiro/19, inclusive com o pagamento de multa diária e pedido de liminar, e cobrou da UMESP e da IGREJA METODISTA, todos responsáveis pelas mazelas e desrespeito com a comunidade, composta pelos docentes, discentes e trabalhadores administrativos.
O SINPRO ABC, por meio de ação de cumprimento, tem garantido também o pagamento de multas pelo atraso no pagamento dos salários, dobra de férias mais um terço, pelo pagamento fora do prazo legal.
Professores e professoras entrem em contato com o sindicato. Vamos manter a unidade e ficar mobilizados!
Informe-se no SinproABC.Pagamento dos salários de fevereiro já!
Basta de calote!
E deu no jornal:
Os professores da Universidade Metodista de São Paulo estão com salários atrasados e o depósito do FGTS não é feito desde 2015. Há anos que a Metodista acumula processos trabalhistas por não cumprir com os direitos dos docentes.
O presidente do sindicato, José Jorge Maggio, informou que os atrasos vêm ocorrendo sucessivamente nos últimos anos. "Desde 2015 estamos tendo um problema com o recolhimento do FGTS", afirmou.
No final de 2017, 83 docentes foram demitidos pela instituição, sendo 54 professores universitários e 15 do colégio. De acordo com o sindicato, desde então outros docentes foram demitidos sem a regularização do salário.
O sindicato também afirma que os valores descontados da folha de pagamento dos funcionários, referentes a crédito consignado, não estão sendo repassados para as instituições bancárias. O Sinpro disse que essa denúncia foi encaminhada para o Ministério Público do Trabalho e que vem tentando se reunir com a reitoria da Metodista desde dezembro, sem sucesso.
A Federação dos Professores conjuntamente com o Sindicato dos Professores do ABC e outras entidades sindicais do país se juntaram numa frente nacional pedindo explicações da Metodista. Veja a cobertura do caso em: