Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por agencia sindical em 4 de setembro de 2024

Professora Rita destaca importância do “Setembro Amarelo”

Durante todo este mês, várias instituições e setores da sociedade promovem a campanha “Setembro Amarelo”. Originária dos Estados Unidos, devido ao suicídio de um jovem local, essa bandeira foi empunhada fortemente, a partir de 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria.

Rita Fraga, diretora do Sinpro-SP, defende a massificação da campanha. “Mais que prevenir, é preciso promover a valorização da vida. E essa é uma tarefa para a sociedade, o Estado, o sindicalismo e demais organizações sociais”, afirma.

A meta central da campanha “Setembro Amarelo” é alertar para a questão do suicídio, “que, hoje, infelizmente, atinge também muitos jovens, por diversas razões”. Pode ser por bullying, racismo, discriminação de gênero e outros fatores.

Na opinião da professora Rita, “esse tema é de difícil abordagem, porque em si a questão é dramática e também por enfrentar uma espécie de pacto de silêncio”. Daí, ela argumenta, a importância de campanhas como a deste mês.

O avanço do neoliberalismo, que precariza duramente o trabalho, tem provocado síndromes e doenças que fragilizam o estado emocional das pessoas. No entender de Rita, “estresse, fadiga, depressão são sinais de alerta que precisam ser observados por familiares ou colegas de trabalho”.

No caso do professorado, os estados de fadiga, estresse e esgotamento têm relação direta com a carga de trabalho, o aumento das atribuições e a precarização acelerada. No X Congresso da categoria, realizado em agosto pelo Sinprosasco, esses temas emergiram com força durante os debates.

Barreira - Para Rita Fraga, o enfrentamento das causas que podem levar ao suicídio é tarefa que extrapola o âmbito sindical. Ela diz é importante realizar palestras, lives e utilizar as redes sociais como forma de prevenção e alerta. A pedagoga também chama atenção para a responsabilidade do Estado.

Órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) acompanham o problema, em escala mundial, e divulgam, periodicamente, dados de ocorrências. No Brasil, dados de 2019, apontavam 38 suicídios por dia. “Mas há subnotificação dos casos”, observa Rita Fraga.

Sinpro-SP - O portão de acesso do Sindicato da Capital, a cada vez, ostenta um banner temático. Este mês. Com os dizeres: “Se precisar, peça ajuda. Você não está sozinho”.

CVV - O Centro de Valorização da Vida mantém uma linha no ar em tempo integral, todos os dias da semana. É o 188. Ligação grátis.

MAIS - Site do Sinpro-SP.

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