Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 23 de outubro de 2018

PNE: Ensino Básico precisa de mais 1,9 milhão de vagas

A educação na primeira infância exigirá a criação de 1,9 milhão de vagas — o equivalente a 28 mil escolas. Contudo, se o ritmo de investimentos continuar como o atual, o Plano Nacional de Educação (PNE) não atingirá suas metas. Um dos pontos mais frágeis é a inserção de crianças de zero a três anos em creches. O Brasil está longe de ter metade desse público matriculado até 2024, concluiu auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Atualmente, 38,2% frequentam escola ou creche.
Entre os pontos críticos da auditoria, segundo o TCU, estão a não realização de levantamento da demanda por educação infantil, a ausência de definição de metas de expansão da rede pública de ensino infantil, a não realização da busca ativa, como meio de identificar e matricular crianças fora da escola e a ausência de publicação das listas de espera por vagas na rede pública.
A redução das desigualdades educacionais ainda é um problema. A auditoria do TCU chama a atenção para o aumento da desigualdade no acesso à educação infantil entre as crianças de zero a três anos oriundas das famílias 20% mais ricas e as das 20% mais pobres, em oposição ao que prevê o PNE: até 2024, reduzir para menos de 10% a diferença de acesso entre esses dois estratos populacionais.

Vigência de 10 anos

Em 2014, a presidente Dilma Rousseff sancionou, após a aprovação do Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência por 10 anos. Entre os principais objetivos, estão a erradicação do analfabetismo, a universalização do atendimento escolar, a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação, e a melhoria da qualidade da educação.
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