As eleições domingo, em 5.518 municípios, da Capital mais cosmopolita ao vilarejo mais ermo, empurraram o Brasil rumo à direita.
Essa configuração, já notória no Congresso Nacional por meio do Centrão, ganha mais materialidade. A direta se adensa.
E o acúmulo direitista reforçará a pauta reacionária no Congresso, obrigando o governo Lula a novas composições e concessões.
Mas não é o fim da história. A cena se moverá se houver resistência, unidade e luta por parte da classe trabalhadora, do sindicalismo, dos movimentos sociais, dos partidos progressistas e dos demais setores ainda não avassalados pela cultura conservadora, excludente e violenta.
Se ainda não há movimento articulado que retenha o direitismo, incumbe-nos travar a luta em nosso território. No sindicalismo, atender a categoria, orientar os representados, sindicalizar, peitar os abusos patronais e buscar avanços.
Há tarefas urgentes, contudo. Em São Paulo, impedir eventual vitória do privatista e neoliberal prefeito Nunes.
O quadro agravado pelos resultados das urnas preocupa. Mas já vivemos momentos piores. Eles foram superados pela lucidez das lideranças, a coragem individual e a união coletiva.
As direções da Fepesp e Sindicatos integrantes reúnem experiência e compromissos com o Brasil. É hora de concentrar forças. Nada de dispersão!
São Paulo, 8 de outubro de 2024
Diretoria executiva da Fepesp.