As demissões em massa da Laureate não vão ficar por isso mesmo. Na justiça do Trabalho, diante de juiz, a dona da FMU, FIAM, FAAM e Anhembi Morumbi teve que concordar em discutir os cortes com o sindicato e negociar benefícios que reduzam o impacto social das demissões. Isso foi o resultado da audiência desta segunda-feira, 15/07, quando representantes da Laureate foram convocados a sentar-se em audiência do dissídio coletivo de natureza jurídica impetrado pelo Sinpro SP.
Na próxima terça-feira, 23/07, às 11h30, a Laureate volta ao Tribunal, também diante do Sindicato, para apresentar suas justificativas ou medidas compensatórias. O Desembargador Fernando Pinheiro, que presidiu a audiência, também afirmou em ata que poderá julgar liminar na próxima sessão do dissídio do dia 23.
O dissídio foi instaurado pelo Sindicato com a autorização dos professores da Laureate, reunidos em assembleia em 26 de junho, imediatamente após o anúncio de cortes do final do semestre nas instituições mantidas pelo conglomerado internacional.
A pressão contra a Laureate está crescendo e precisa do apoio de todos. Em 4 de julho, por iniciativa do Sindicato, a Assembleia Legislativa de São Paulo realizou audiência pública onde foi exposta a precarização do ensino gerada pela mercantilização do ensino superior privado no Brasil.
Requerimento para a realização de outra audiência pública, desta vez na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, em Brasília, foi também encaminhado para discutir a mesma questão – e demonstrar que não se pode tratar educação sob a lógica de mercadoria.
O Ministério Público do Trabalho e o MEC também foram chamados a se manifestar, e vamos cobrar de todos eles uma posição em defesa do ensino e do emprego dos professores.
SINDICATO LEVA LAUREATE À JUSTIÇA: NESTA SEGUNDA, VAI A DISSÍDIO
Assembleia organiza resistência contra desmandos da Laureate