Com base em informações oficiais do Ministério da Saúde e de profissionais em hospitais de referência, preparamos este guia para professoras e professores evitarem da melhor maneira qualquer ameaça de vírus.
Algumas escolas particulares de São Paulo têm recomendado que alunos de famílias que viajaram recentemente ao exterior permaneçam em casa, em quarentena - espontânea na maioria dos casos ou mandatória, como registrado em uma escola. A quarentena preventiva não é recomendação das autoridades de saúde.
Mas a atenção a sintomas, os cuidados com a higiene e o encaminhamento ao médico de adultos ou crianças com febre, tosse e espirros é.
Veja aqui como se prevenir contra o vírus.
O infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas, afirma que é muito importante que os pais participem da proteção das crianças, evitando levar os filhos com sinais de gripe às escolas. Gorinchteyn sugere que a medida que a escola perceba uma criança com sintomas semelhantes a gripe, que informe aos pais para que ela seja levada para casa para ser tratada.
Segundo informe do Hospital Albert Einstein, as escolas devem estar atentas a presença de casos compatíveis com gripes envolvendo dois ou mais alunos em uma mesma sala de aula para evitar a disseminação dos vírus respiratórios.
Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que as crianças não são as mais vulneráveis à doença. Um dos indicativos disto é que não houve ocorrência de morte em infectados de 0 a 9 anos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS é importante que todos conheçam as formas de prevenção do coronavírus. As escolas devem adotar os mesmo métodos de higienização de superfícies, como móveis e corrimão, e de objetos compartilhados, como teclados e materiais escolares.
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.
É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe.
O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.
Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:
O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.
Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.
Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Mensagens que circulam nas redes sociais trazem muitas notícias falsas sobre a circulação do vírus e até dicas de prevenção erradas. A equipe do 'Fato ou Fake' do portal G1 checou e mostrou o resultado no jornal Hoje. Veja no clipe: