A implantação de escolas militarizadas, promovida pelo governo federal com apoio de administrações locais, não tem apoio na Constituição ou na Lei de Diretrizes e Bases e está sendo tocada ‘burlando a lei’, afirma especialista Catarina de Almeida Santos, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista exclusiva à Revista Giz, do Sinpro SP.
“Não há na Constituição Federal, ou na LDB, qualquer figura que trate da gestão de escola por grupos militares”, afirma a professora Almeida Campos na entrevista. “Mesmo nos artigos que regem a formação e atuação de professores, nada há sobre essa possibilidade. Para não deixar de explicar, a lei fala, sim, da formação do profissional militar, das academias de formação de oficiais, como Agulhas Negras, por exemplo. Os oficiais da reserva que estão sendo destacados para administrar escolas não têm formação para atuar na educação básica, não existe essa figura do professor militar”.
Leia a entrevista completa aqui: http://bit.ly/2SqJ203
A revista GIZ é uma publicação do Sinpro São Paulo. Catarina de Almeida Santos estuda esse tema há anos e, nos últimos meses, vem se concentrando nele também como parte de sua pesquisa no pós-doutorado, realizada na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (FE/Unicamp). Ela critica duramente a proposta – que chama de o “ato final” de uma marcha conservadora em curso no país.