A celebração do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, convida a uma reflexão sobre a resistência histórica e a luta constante contra o racismo. Neste contexto, Aloísio Alves da Silva, dirigente do Sinpro ABC e diretor-financeiro da nossa Federação, fala dos desafios enfrentados pelo professorado negro nas escolas.
Para Aloísio, esse racismo quase sempre é de forma velada. Ele conta que sentiu na pele o preconceito quando concorria a uma vaga numa instituição de São Caetano do Sul. “Estava praticamente contratado após a entrevista com a coordenadora. Porém, a próxima etapa era uma sabatina com o diretor da escola. Quando entrei na sala, pelo olhar de surpresa do diretor ao ver um professor preto, percebi que tinha perdido a vaga”, relembra Aloísio.
O professor observa que o empregador quase nunca é explícito ao dizer que não contrata um negro pela cor da pele, mas que dá diversas desculpas, como distância, currículo ou qualquer fato genérico a fim de evitar a contratação. “Ainda vemos o racismo se repetir em instituições de ensino que deveriam dar exemplo de igualdade, e não de preconceito”, ressalta.
O Dia da Consciência Negra, em memória de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo e ícone da resistência contra a escravidão, é também uma lembrança do papel essencial que professores e professoras desempenham na formação de cidadãos críticos e conscientes. A data reforça a importância de um ambiente escolar inclusivo, no qual os educadores possam exercer sua profissão sem discriminações.
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