Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 25 de julho de 2019

Congresso extraordinário: frente contra avanço antissindical

A convocação de um Conatee Extraordinário foi decidida em novembro do ano passado, durante o XX Conselho Sindical (Consind) da Confederação. Naquele encontro, logo após a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições, já se antecipava a necessidade de uma resistência para retomada a construção do estado democrático e com justiça social.

O prognóstico não só se confirmou como o cenário de ataques à educação e aos trabalhadores se mostra ainda mais grave, fazendo com que o Conatee, na construção desse enfrentamento, seja não apenas preciso, mas urgente.

O 3º Conatee foi aberto nesta quinta-feira, 25/07, em São Paulo.

 

 

A mesa de abertura contou com a presença de dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), bem como de outras entidades educacionais em nível nacional. Logo em seguida, foi debatida a atual conjuntura nacional e internacional, com debate conduzido pelo ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vanucchi e pelo presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo.

 

Celso Napolitano, da Fepesp, no congresso: resistência e unidade.

“O Brasil já passou por situações piores do que esta e viramos o jogo e viraremos novamente — o tempo anda para frente e não existe retorno à barbárie”, disse Paulo de Tarso Vannuchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e ex-membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). “É preciso trazer os jovens para a política e para os partidos políticos para enfrentar o governo de ultradireita. Bolsonaro é um fantoche dos interesses do governo dos Estados Unidos e precisamos superar este período. A unidade é palavra fundamental para este momento”.

No sábado, as discussões começaram com uma análise da conjuntura educacional, frente a tantos ataques desferidos pelo governo, incluindo corte de verbas, privatização da educação pública, atendimento aos interesses das grandes corporações de capital aberto, assim como censura e perseguição ao magistério e a uma educação crítica. A mesa teve a participação do professores Luiz Carlos de Freitas, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

 

Foto: Leandro Freire/TREEMIDIA

 

No sábado, 27, os delegados à Conatee aprovaram um Plano de Lutas, moções e uma avaliação do momento político vivido pelo país, que serão publicados no Caderno de Resoluções e no Portal da entidade. “São documentos que avançam na organização e potencializam a luta da categoria”, avaliou Gilson Reis, coordenador geral da entidade.

 

Conatee Extraordinário começa com análise de conjuntura e importância da unidade

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