Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 01 de dezembro de 2023

23 de janeiro de 2019| , , , , , , , ,

Brasil ‘merece alguém melhor’, diz vencedor do Nobel

Vencedor do prêmio Nobel ainda brinca com o fato de Bolsonaro ser menos razoável em seu discurso que Trump e Viktor Orban; ambos conhecidos pela pouca ponderação

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Jair Bolsonaro esteve durante a tarde desta terça-feira, (22), em Davos, Suiça, para discursar no conhecido Fórum Econômico Mundial. O intuito do Fórum é reunir grandes líderes empresariais e políticos, intelectuais e jornalistas renomados para que questões de urgência no mundo contemporâneo sejam debatidas; de pautas econômicas até meio-ambiente.

 

 

O presidente do Brasil, no entanto, fracassou e foi mal visto pela imprensa internacional. Diversos órgãos da mídia global comentaram sua participação adjetivando-a como “genérica” ou “um fiasco”. Sylvie Kauffmann, diretora e colunista do Le Monde e colaboradora do NY Times escreveu em seu Twitter:

 

“Fiasco de Bolsonaro em Davos, incapaz de responder concretamente às questões de Klaus Schwab. 15 min. de generalidades”.

 

Ainda, disseram que Bolsonaro tentou vender a ideia de “um novo Brasil”, mas não convenceu. Houve críticas até ao tempo de seu discurso; considerado insosso, sem sustância, repleto de “generalidades”.

Nesta linha de pensamento, Robert Shiller, vencedor do prêmio Nobel de Economia – Professor na Universidade de Yale – Tido com um dos maiores economistas do nosso tempo, também não ficou convencido com a discursiva do novo presidente brasileiro:

 

“O Brasil é um grande país. Merece alguém melhor”, disse. “Ele me dá medo”, insistiu.

 

Shiller chegou a comparar, em tom de brincadeira, Bolsonaro com Trump e Viktor Orban, dois representantes da extrema-direita e indivíduos conhecidos pela agressividade nas falas: “Vi Viktor Orban (primeiro-ministro da Hungria) em um discurso e ele também (em relação a Trump) parecia moderado e razoável”, apontou.

 

“Bolsonaro não combinou com a multidão de Davos. Um discurso de campanha curto, muito geral, depois evita dar respostas concretas às perguntas de Klaus Schwab. Definitivamente, nenhum aplauso de pé”, escreveu a jornalista Kauffmann.

 

“O presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos. Grande fracasso. Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua melhor linha era dizer às pessoas para irem de férias ao Brasil. Bolsonaro é classificado como ‘Trump sul-americano’, mas ele parecia morno”, escreveu Heather Long, jornalista do The Washington Post.

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