Agora que você está de férias, e longe da sala de aula desde que o ensino remoto virou rotina na pandemia, lembra como ficou o quadro negro da sua escola?
Pode ser que você tivesse arte na sua sala.
Foi o que pensou a fotógrafa Jessica Wynne (que também é professora), de Nova Iorque, nos Estados Unidos: durante um ano, ela visitou salas de aula de professores de matemática e fotografou o que eles haviam deixado anotado nos seus quadros.
As fotos, em si, não tem nenhuma pretensão artística, foram clicadas de frente, chapadas, sem adornos ou filtros. O que restava nos quadros, no entanto, chamou a atenção da artista, que viu qualidade gráfica no que para a maioria das pessoas representa apenas áridas abstrações matemáticas. Em alguns, a marca do apagador sobre o giz foi o atrativo.
"Os professores são muito parecidos com os artistas: eles adoram falar sobre seu trabalho, nem tanto sobre as fórmulas matemáticas, mas sobre a motivação para lidar com um problema específico e também como trabalhar", diz Jessica, a autora. "Como fotógrafa, eu não apareço nessas fotos, nem gostaria, porque os professores trabalham em seus quadros-negros e é isso que eu fixo em uma imagem, uma verdade objetiva ", conclui.
As fotos foram reunidas e publicadas em livro de arte (com o título 'Do not erase', ou não apague, em tradução livre), pela editora da Princeton University..
O jornal New York Times publicou uma seleção das fotos (veja matéria aqui), que reproduzimos nesta galeria. Clique em cada uma para vê-las ampliadas na sua tela.
(Faça o mesmo, fotografe o seu quadro no final da aula - e envie para imprensa@fepesp.org.br. Publicaremos aqui, com sua permissão, para que os colegas também vejam sua arte pós-aula!)
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