O clima na manhã era de forte mobilização e o comparecimento de pais, mães e estudantes foi abaixo da média. No entanto, um grupo alunos que foi até o Colégio retornaram com os próprios pais para suas casas e outros se mostraram indignados com a falta de avisos e informações claras por parte da escola.
O SinproABC – Sindicato dos Professores do ABC entregou a notificação à Metodista na sexta-feira, dia 25, e junto com os professores decidiu que a paralisação iniciaria segunda-feira em respeito às atividades extra classe dos alunos. O SinproABC em carta aberta aos pais de alunos descreveu detalhadamente os motivos pelos quais a greve foi a alternativa escolhida (veja abaixo).
A indignação dos pais e mães de estudantes deu à tônica do primeiro dia de paralisação e recaiu sobre a administração da Metodista. De um lado os responsáveis pelos alunos se solidarizaram com a paralisação por saberem que os professores estão com os salários atrasados e que nem mesmo o depósito de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é feito corretamente e também pela falha na comunicação, sem aviso prévio, por parte da Instituição que não antecipou claramente que poderia ser desencadeada a greve.
NOTA DE APOIO DOS SINDICATOS
INTEGRANTES DA FEPESPFORÇA, COLEGAS
DO METODISTA!
Os Sindicatos integrantes da Federação dos Professores do Estado de São Paulo – Fepesp, e sua diretoria executiva reunida hoje, 29/10, reconhecem a justeza e a urgência das reivindicações dos professores e funcionários administrativos do Colégio Metodista, e manifestam seu apoio à greve que paralisa a instituição.
Professores e funcionários administrativos vivem situação dramática diante da falta de pagamento de salários e benefícios por parte da instituição. Alunos e pais de alunos, que pagam suas mensalidades em dia, são também fraudados pela indiferença e irresponsabilidade com que o Colégio Metodista trata seus profissionais que, orientados pelo Sindicato dos Professores do ABC, souberam encontrar o caminho da unidade para demonstrar sua insatisfação e exigir seus direitos.
Como no Colégio, também na Universidade Metodista professores e funcionários foram obrigados a recorrer à greve para exigir seus direitos básicos, demonstrando que, na Instituição, a união de todos é o que vencerá o desrespeito da instituição.
Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo
A greve foi definida depois que a Instituição demonstrou intransigência e não apresentou formas factíveis de pagar os débitos com os docentes, perante duas mesas de conciliação chamadas pelo SinproABC: uma realizada dia 22, junto à Gerência Regional do Trabalho e Emprego e, uma segunda, realizada dia 23 junto ao Ministério Público do Trabalho, onde os representantes da Metodista assinaram uma ata com uma reprimenda da Promotora de Justiça “...que a Metodista não pode esperar dos seus funcionários trabalho voluntário e gratuito...pois o seu salário, fonte de subsistência e razão maior do próprio trabalho...” afirmou.
O SinproABC orientou os docentes a permanecerem em suas casas e orienta os pais de alunos a acompanhar os desdobramentos jurídicos sobre a suspensão das atividades, tendo em vista que o Colégio Metodista até o momento não apresentou uma saída para as pendências que estão sendo questionadas.
Uma nova assembleia já esta agendada para terça-feira, dia 29, onde a categoria vai definir os rumos da paralisação.
O SinproABC lamenta que a Instituição não se importe nem com a situação dramática vivida pelos seus profissionais nem, também, com os pais e alunos, que poderão ser prejudicados pela indiferença e irresponsabilidade dos seus dirigentes.
Os professores reivindicam de imediato:
1. Pagamento integral do salário de setembro de 2019;
2. Pagamento de 1/3 das férias (que pode ser parcelado);
3. Regularização dos vales-alimentação, atrasados há 5 meses;
4. Regularização dos depósitos do FGTS.
5. Pagamento dos salários dentro do prazo legal, ou seja, até o quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado;Entretanto, está também na pauta dos docentes:
6. Pagamento da multa pelo atraso no pagamento dos salários;
7. Estabilidade de 90 dias para os professores e funcionários do Colégio Metodista;
8. Suspensão de avaliação pedagógica tendenciosa relativas ao desempenho do corpo docente;
9. Não cobrança por parte da coordenação e direção, de leitura de e-mail fora do horário de trabalho;
10. Respeito aos 20 minutos de horário para intervalo;
11. Não atrasar mais o pagamento do convênio médico;
12. Melhoria do acesso aos holerites;
13. Cancelamento dos HTP e do atendimento aos pais, enquanto os pagamentos em atraso de tais atividades não forem realizados.