Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por Beth Gaspar em 24 de setembro de 2019

Educação no modelo neoliberal: escolas como vetor de concorrência no mercado.

Luiz Carlos de Freitas: 'vivência ética e solidária', necessária nas escolas

"Inserir a educação no livre mercado concorrencial implica em privatizar as escolas", disse o professor Freitas nesta terça, 24/09. "A maneira mais acabada de privatizar a educação é a privatização por vouchers, onde os pais escolhem as escolas para seus filhos e as pagam com recursos públicos repassados a eles através de voucher".

 
Como forma de resistência a esse processo, o professor Freitas recomenda que, em cada sala de aula, "deve-se focar na construção de processos de vivência coletiva, solidária e ética entre os estudantes", insistindo na gestão democrática em cada escola. "A forma de gestão da escola também ensina", disse.

Trecho: 

No liberalismo centrista o Estado era o indutor de inclusão, por direito do cidadão. No liberalismo radical o Mercado é o indutor de inclusão, por mérito (e custo) do indivíduo. A participação é dada a partir da posição do indivíduo no mercado.

Direitos sociais são reconvertidos em serviços a serem adquiridos no Mercado.

Quem  está no Mercado acumula méritos e acessa direitos, quem está fora  do Mercado não têm direitos. E a culpa é só deles, pois fizeram escolhas erradas em um ambiente concorrencial.

A educação deve ensinar o jovem a escolher corretamente, guiado pela concorrência, e a responsabilizar-se pelas suas próprias escolhas. Ele é lançado no Mercado como “empresário de si mesmo”.



Veja aqui a apresentação de Luiz Carlos de Freitas neste
'Diálogos Fepesp', em formato PDF:
.
crossmenu