Fepesp - Federação dos Professores do Estado de São Paulo

Por agencia sindical em 11 de setembro de 2025

Salvador Allende, presente!

Este 11 de setembro marca 52 anos do golpe que derrubou o governo de Salvador Allende, no Chile, em 1973. Darcy Ribeiro considerava o médico socialista o mais preparado entre todos os dirigentes que conhecera em sua agitada vida política, de educador e também pensador da modernidade, especialmente acerca da América Latina.

O governo Allende se apoiava na Unidade Popular, frente com a qual venceu a eleição e buscou governar com autonomia frente às potências de então.

O governo Allende foi permanentemente sabotado pela direita chilena, pelo militarismo reacionário e, ainda, pela ultraesquerda. Nesse sentido, vale ler o libelo de Darcy Ribeiro: “Allende e a esquerda desvairada”.

Lá, como cá, a extrema-direita agitou os caminhoneiros. Eles fizeram greve de sabotagem, que paralisou o abastecimento de gêneros, num país de topografia acidentada, dependente do transporte rodoviário. A greve, capitaneada pela CIA, dividiu os chilenos dentro de casa: o marido trabalhador apoiava o governo aliado; a esposa o combatia porque faltavam na mesa os gêneros de primeira necessidade.

O desfecho do golpe se deu a 11 de setembro de 1973, com a traição do general Augusto Pinochet, então comandante em chefe do Exército. O general, que fazia juras de fidelidade à ordem constitucional, foi quem mandou bombardear o Palácio de La Moneda. E foi lá que Salvador Allende resistiu, de metralhadora em punho, até ser alvejado pelo inimigo.

Como gesto de extrema traição, Pinochet propôs a Allende embarcar num jato com a família e sair do Chile. Veio se saber, depois, que o mesmo Pinochet dera ordens para o avião ser abatido. Anos e anos depois, Pinochet seria julgado e preso por comprovada roubalheira em seu governo fascista.

Salvador Guillermo Allende Gossens era um líder culto e humanista. Pinochet dizia odiar poesia. Allende figura no panteão da História. Já Pinochet se encontra na lata de lixo da infâmia.

Que saibamos observar a História atual, aqui e acolá, com olhar cauteloso e arguto, para que a mentira, a violência e o golpismo sangrento não se repitam.

Viva Allende! Viva a unidade latino-americana!

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