Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 19 de abril de 2024

24 de junho de 2021

24/06 – Conselho de Educação veta tentativa de ensino básico 100% online, Avenues cobra $10 mil por mês por EaD puro, SBPC na defesa da educação, e mais: sai Salles mas ameaça ao meio ambiente continua

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O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Conselho de educação diz que escola 100% online é ilegal e pede esclarecimento à Avenues
Folha de S. Paulo; 22/06
https://bit.ly/35Rp84i

O Conselho Estadual de Educação (CEE) de São Paulo encaminhará à Avenues, colégio de Nova York com sede em São Paulo, um ofício requerendo esclarecimentos sobre o programa de aulas 100% online para alunos do 4º ano do fundamental ao 3º do médio, anunciado para ter início em agosto e continuar mesmo após o fim da pandemia.

O órgão já deixará claro no documento que, nesses termos, o projeto é ilegal e não poderá oferecer diploma válido no Brasil.

De acordo com a legislação brasileira, alunos do ensino fundamental devem ter 100% dos 200 dias de aulas do ano letivo presenciais. No ensino médio, 75% da carga mínima obrigatória deve ser presencial, e o restante pode ser online. O ensino remoto em vigor no país desde março de 2020 foi autorizado como uma exceção da pandemia.

Os conselheiros do CEE afirmaram ter tomado conhecimento da Avenues OnLine por meio da reportagem publicada pela Folha no último dia 14 e que não havia uma consulta formal ao órgão, que tem competência para avaliar a proposta curricular.

A Avenues tem unidades em Nova York, São Paulo e Shenzhen, na China. São 3.700 alunos, do ensino infantil ao médio, dos quais 1.200 estudam em São Paulo.

Na capital paulista, a mensalidade é de R$ 12.700, e o da Avenues OnLine, de cerca de R$ 10 mil.

 

Eleito para a SBPC, Janine vê riscos para educação
Valor Econômico; 23/06
https://glo.bo/2U3oUEs

O país corre o risco de ver a ciência e a educação serem “destruídas” até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022. O alerta é do professor da USP e ex-ministro Renato Janine Ribeiro (foto), eleito para presidir a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) nos próximos dois anos. Com os recorrentes cortes de recursos e de incentivos às duas áreas, os retrocessos enfrentados tanto pela ciência quanto pela educação dificilmente serão superados no curto prazo.

Janine assumirá a presidência da principal organização da comunidade científica no país em julho. O professor de ética e filosofia política na USP foi ministro da Educação por seis meses na gestão Dilma Rousseff, em 2015, diretor de avaliação da Capes e colunista do Valor. Fez graduação, mestrado e doutorado em filosofia, e é livre-docente.

Os desafios para a ciência no país sob o governo Bolsonaro não são poucos. Na avaliação de Janine, há forte risco de sucateamento das universidades públicas pela falta de investimentos federais. “Corremos o risco de, nesse um ano e meio que falta do governo Bolsonaro, vermos a destruição da ciência e da educação no Brasil. Esse é um risco muito grande, é um problema crucial”, diz. “Se não tiver verbas para as universidades, metade delas poderá fechar seus laboratórios, perdendo tudo o que fizeram ao longo de anos.”

 

Na TV Fepesp: Renato Janine fala sobre ética, ciência, eleições
Fepesp; 28/04/18
https://youtu.be/W862un9WDTM

Em entrevista com Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação e autor do livro ‘A Boa Política – Ensaios sobre a Democracia na era da Internet’, a TV Fepesp traz uma discussão sobre os rumos do debate politico em tempo de retrocessos no mundo e no Brasil, o discuso de ódio, fake news, etica e caminhos para o futuro.


Estudantes mais pobres têm acesso menor a abertura de escolas na pandemia, mostra Datafolha
Folha de S. Paulo; 24/06
https://bit.ly/3db78G7

O movimento de retorno às escolas experimentado nas redes públicas do país, mesmo que parcialmente, revela forte quadro de desigualdades.

A proporção de alunos pobres que tiveram essa oportunidade (16%) é menor que a metade da registrada entre estudantes com maior renda (38%). Os dados são de pesquisa Datafolha encomendada pela Fundação Lemann, pelo Itaú Social e pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).


CORONAVÍRUS

Doria prorroga fase de transição em São Paulo, mesmo com explosão de casos de covid-19
Rede Brasil Atual; 24/06
https://bit.ly/3gUc4Si

Volume de novos casos de covid-19 em São Paulo é semelhante ao ocorrido no pico da pandemia, em abril. Situação é de pandemia totalmente descontrolada.

Ignorando a explosão de casos e o aumento de mortes pela covid-19 no estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) anunciou hoje (23) a prorrogação da fase de transição da quarentena até 15 de julho. Com isso, o horário de funcionamento do comércio e dos serviços segue sem alteração, das 6h até as 21h e sem limite de ocupação, embora o governo recomende que não ultrapasse 40%. Também segue valendo o chamado toque de recolher das 21h às 5h. O estado registra hoje 520 casos de covid-19 por 100 mil habitantes, o maior número de casos por grupo de 100 mil habitantes de toda a pandemia.

Criada por Doria para agradar empresários, a fase de transição teve início em 18 de abril, para ser uma etapa com maior flexibilização, entre as fases vermelha e laranja da quarentena. Mas foi sendo modificada com o passar do tempo e se tornando tão branda quanto a fase verde.

 

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Os próximos passos da startup de educação online Descomplica após comprar universidade no Paraná
InfoMoney; 23/06
https://bit.ly/3j5ExpD

A investida de R$ 450 milhões liderada pelo gigante japonês SoftBank na startup brasileira Descomplica já rendeu frutos. Para continuar crescendo, o negócio de educação online alocou parte dos novos recursos no mundo físico.

O Descomplica anunciou nesta terça-feira (22) a aquisição da UniAmérica, centro universitário paranaense tem cerca de 2 mil alunos. O valor da transação não foi revelado. Essa compra da UniAmérica é apenas uma parte de um plano ambicioso: investir R$ 1 bilhão nos próximos três anos. Os recursos virão tanto daquela captação externa com o SoftBank quanto da própria geração de caixa do Descomplica.

Os investimentos terão três linhas principais: conteúdo, tecnologia e operação. O Descomplica vai investir na contratação de professor e na produção dos seus vídeos; em software e experiência do usuário na plataforma de ensino online; e em funcionários para suportar a expansão da startup. O Descomplica pretende ir de 700 para 1.100 pessoas até o final deste ano.

A plataforma de ensino online tem 5 milhões de alunos por mês em todas as suas frentes educacionais, pagantes ou não. Ao final do período de investimento, Pedrino estima que o Descomplica chegará a 6 milhões a 7 milhões de usuários.


Investigado pela PF, Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente
Estadão; 23/06
https://bit.ly/3gQ6sYX

Depois de dois anos e meio no cargo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixou nesta quarta-feira, 23, o comando da pasta. Ele não resistiu ao desgaste provocado pelas suspeitas de envolvimento num esquema ilegal de retirada e venda de madeira. A saída do ministro foi anunciada ontem no Diário Oficial da União. Salles será substituído pelo atual secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite.

 

Saída de Salles não deve mudar rumo da política ambiental de Bolsonaro
Folha de S. Paulo; 23/06
https://bit.ly/3qlyQFH

Alguns ambientalistas que impulsionam há anos a hashtag #forasalles celebrarão vitória com a sua saída, mas Ricardo Salles era mero executor das ideias antiambientalistas do presidente Jair Bolsonaro. É ilusão acreditar que a sua saída sinalize alguma reorientação.

O agora ex-ministro era apenas um pouco competitivo candidato a deputado federal por São Paulo, em 2018, quando Bolsonaro prometia desmantelar a fiscalização ambiental “xiita” do Ibama e do ICMBio, congelar a criação de unidades de conservação, legalizar garimpos e governar com militares.

Escolhido pelos ruralistas, Salles só ganhou o cargo porque Bolsonaro não cumpriu a promessa de extinguir a pasta —radical até para a ala mais retrógrada do agronegócio.

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