Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 24 de abril de 2024

20 de dezembro de 2022

20/02 – A migração de alunos de escolas particulares para as públicas, orçamento secreto inconstitucional, o ‘preço fixo’ do livro novo, e mais: a trapaça dos trabalhos acadêmicos feitos por app de inteligência artificial

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De todos nós na Fepesp, a esperança renovada por um ano com oportunidades criadas pelo nossa ação coletiva, unida, unitária, organizada. (Nos veremos novamente em 2023: entre esta quarta, 21/12 e o dia 17 de janeiro, a Fepesp estará em recesso, como os demais professores e professores no Estado de São Paulo – uma conquista de nossas campanhas, inscrita em acordos e convenções coletivas!)

 

 

 

Ano escolar se encerra com uma geração de adolescentes formada pela pandemia – Não é um ano usual, onde adolescentes se formam no Ensino Médio rumo a uma outra etapa da vida. Este ano, 2022, temos uma geração inteira de adolescentes que saem da escola formados não só por ela, mas também pela pandemia

Dos três anos destinados ao Ensino Médio, os adolescentes tiveram apenas um para vivenciar o que era esperado. Talvez nem um, talvez um semestre. Porque quando as aulas começaram em fevereiro eles precisaram, primeiro, reencontrar o espaço escolar e se reencontrar dentro dele. Estadão 19/12 https://bit.ly/3PJzsSk

 

 

TRANSIÇÃO

Ao julgar orçamento secreto inconstitucional e viabilizar Bolsa Família sem PEC, STF muda cenário entre Lira e futuro governo? O Supremo Tribunal Federal declarou, nesta segunda-feira (19), inconstitucionais as chamadas emendas de relator. O plenário do STF concluiu nesta segunda-feira (19) o julgamento do orçamento secreto. Com um voto de Ricardo Lewandowski e outro voto de Gilmar Mendes, o placar ficou 6 a 5 pela inconstitucionalidade. Desse modo, a prevaleceu o entendimento da presidenta da Corte, a ministra relatora Rosa Weber, pela derrubada do instrumento legislativo.

A decisão do STF representa uma derrota para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos articuladores do orçamento secreto. Foi a segunda notícia incômoda para Lira em menos de 24 hora. Isso porque o ministro Gilmar Mendes decidiu ontem que recursos para pagamento do Bolsa Família de R$ 600 ficam fora da regra do teto de gastos. Desse modo, o futuro governo Lula pode recorrer a créditos e extraordinários para cumprir o compromisso. Rede Brasil Atual  19/12 https://bit.ly/3YGArGH

 

Bolsa Família: Entenda a decisão de Gilmar Mendes e como ela mexe com a PEC da Transição A decisão de Gilmar ocorre em meio à dificuldade do governo eleito em negociar a PEC da Transição na Câmara, pela pressão do Centrão por cargos na Esplanada dos Ministérios em troca de apoio à proposta. A PEC, porém, deve continuar a ser o plano A do novo governo, afirmou nesta segunda-feira o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O despacho de Gilmar Mendes também abre caminho para que a Câmara dos Deputados tente reduzir o valor da proposta.  Estadão  19/12 https://bit.ly/3v3doIz

 

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Anhanguera demite docentes e migra para EaD em Bauru – A Anhanguera Educacional demitiu cerca de 70 professores em Bauru e deixará o prédio da avenida Moussa Nakhl Tobias para funcionar, predominantemente, como um polo de educação a distância (EaD), em um espaço menor. A informação foi prestada pelo Sindicato dos Professores das Escolas Particulares de Bauru e Região (Sinprobau), que realizou reunião online com parte destes docentes na tarde desta segunda-feira (19).

Por meio de nota, a instituição disse que apenas os cursos de Direito e Psicologia serão ofertados em novo endereço, a partir de janeiro de 2023. A localização do prédio onde funcionará o polo, solicitada pelo JC, não foi informada. JCNet 20/12 https://bit.ly/3HOSCnA

 

 Após vender ativos, foco da Pearson é ensino de idiomas – Após vender seus sistemas de ensino COC e Dom Bosco à Arco Educação por R$ 920 milhões, no ano passado, a britânica Pearson está priorizando, no Brasil, o negócio de aprendizado de idiomas. “Nossa estratégia é focar em poucos negócios que sejam escaláveis”, disse o italiano Gio Giovannelli, presidente global da divisão de aprendizado de inglês da Pearson.

No Brasil, a Pearson é dona das escolas de inglês Wizard e Yázigi. Na Wizard, são 305 mil alunos distribuídos em 1,1 mil unidades franqueadas e 60 mil matriculados em cursos on-line. Já o Yázigi está presente em cerca de 120 cidades e 240 escolas, com 70 mil alunos, por ano. Valor Econômico 20/12 http://glo.bo/3jcvF3z

 

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

Mais de um milhão de alunos migraram de escolas particulares para públicas – A crise econômica atual agravada pela pandemia no Brasil atingiu também os sistemas de ensino. Segundo o Censo Escolar 2021, o número de estudantes matriculados em escolas particulares no Brasil caiu 10%, que representa quase um milhão de estudantes, entre 2019 e 2021.

Para o professor e especialista em Geopolítica Norberto Salomão, a migração de alunos da rede privada para a pública é um sintoma do atual modelo econômico que causou redução na renda das famílias brasileiras, entre outros impactos.. Sagres 19/12  https://bit.ly/3GglFj3

 

Senado: Comissão de Educação vota nesta terça preço fixo para livros novos – “Nove projetos com votação em caráter terminativo estão em pauta nesta terça-feira (20) na Comissão de Educação (CE) do Senado. Entre eles, a proposta que determina um preço fixo para livros novos. O texto prevê que todo livro, inclusive digital, receba da editora precificação única por prazo de um ano, a partir de seu lançamento ou importação. [O outro lado: o ‘preço fixo’ do livro, concebido para “ajuda os livreiros a enfrentar a concorrência das grandes livrarias virtuais”, como está no definido no projeto, impede que o livro novo seja oferecido por um preço menor nas livrarias). Agência Senado 19/12 https://bit.ly/3PFSuZv

 

Capes divulga avaliação da pós-graduação após atrasos pela pandemia e por processo jurídico – A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) divulgou nesta segunda (19) o resultado da avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação de 2017 a 2020. Segundo os novos dados, o Brasil teve um incremento de 37% em programas considerados de excelência.

A avaliação é realizada periodicamente para indicar as notas dos programas de pós-graduação do Brasil. É com base nela, por exemplo, que um programa pode deixar de ter bolsas disponíveis para estudantes ou até mesmo ser descredenciado. Folha de S. Paulo 19/12  https://bit.ly/3G5KPR1

 

 

‘Inteligência Artificial’: avanço de software alerta sobre trapaça de estudantes em trabalhos acadêmicos
Do Financial Times, via Folha de São Paulo, 19/12
https://bit.ly/3BQI1F4

Programa pode elaborar argumentos e escrever textos convincentes, causando preocupação sobre trapaças em trabalhos escritos

As universidades estão sendo instadas a se protegerem contra o uso de inteligência artificial (IA) em redações, após o surgimento de um sofisticado programa de chatbot que pode imitar o trabalho acadêmico. Isso provocou um debate sobre as melhores maneiras de se avaliar os alunos no futuro.

O programa ChatGPT, criado pela empresa OpenAI, apoiada pela Microsoft, pode elaborar argumentos e escrever textos convincentes, causando uma preocupação generalizada de que os estudantes usem o software para trapacear em trabalhos escritos.

Acadêmicos, consultores de ensino superior e cientistas cognitivos em todo o mundo sugeriram que as universidades desenvolvam novos modos de avaliação para reagir à ameaça representada pela IA à integridade acadêmica.

A ampla acessibilidade dessa ferramenta, que é gratuita para o público, tem gerado dúvidas sobre se ela torna as redações redundantes ou exige outros recursos para corrigir o conteúdo.

O Turnitin é um software usado por cerca de 16 mil sistemas escolares em todo o mundo para detectar trabalhos plagiados e pode identificar alguns tipos de escrita assistida por IA. A empresa sediada nos Estados Unidos está desenvolvendo uma ferramenta para orientar os educadores a avaliarem trabalhos com “vestígios” de IA, disse Annie Chechitelli, diretora de produtos da Turnitin.

Chechitelli também alertou contra uma “corrida armamentista” na detecção de trapaceiros e disse que os educadores devem incentivar habilidades humanas, como pensamento crítico e edição de textos.

A dependência excessiva de ferramentas on-line pode afetar o desenvolvimento ou a criatividade. Um estudo em 2020 da Universidade Rutgers sugeriu que os alunos que usam o Google para responder a seus deveres de casa obtêm notas mais baixas nos exames.

“Os alunos não obterão A automaticamente ao apresentar conteúdo gerado por IA; é mais um ‘burro de carga’ do que um Einstein”, disse Kay Firth-Butterfield, chefe de inteligência artificial do Fórum Econômico Mundial em Davos, acrescentando que a tecnologia vai melhorar rapidamente.

Os acadêmicos alertaram que a educação tem demorado a responder a essas ferramentas. “O sistema educacional em geral está apenas acordando para isso, [mas é] o mesmo tipo de problema que os telefones celulares na escola. A resposta foi ignorá-lo, rejeitá-lo, bani-lo e depois tentar acomodá-lo”, disse Mike Sharples, professor emérito da Open University e autor de “Story Machines: How Computers Have Become Creative Writers” [Máquinas de histórias: como os computadores se tornaram escritores criativos].

Mudar para avaliações mais interativas ou trabalho reflexivo pode ser caro e desafiador para um setor já sem dinheiro, disse Charles Knight, consultor de ensino superior.

“A razão pela qual o ensaio escrito é tão bem-sucedido é em parte econômica”, acrescentou. “Se você fizer [outras] avaliações, o custo e o tempo necessário aumentam.”

A Universities UK, que representa o setor no Reino Unido, disse que está acompanhando de perto, mas não trabalhando ativamente na questão, enquanto o órgão regulador independente australiano do ensino superior, TEQSA, disse que as instituições precisam definir suas regras com clareza e comunicá-las aos alunos.

“O aprendizado é um processo, não se trata do resultado final em muitos casos, e um ensaio não é útil em muitos empregos”, disse Rebecca Mace, filósofa digital e pesquisadora educacional do Instituto de Educação da University College London (UCL).

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