Federação dos Professores do Estado de São Paulo, 29 de maro de 2024

10 de junho de 2022

10/06 – Patronal do Ensino Superior foge de mediação na negociação salarial, protestos em todo Brasil contra cortes na Educação, e mais: ‘Lula mais honesto que Bolsonaro’ põe fim a pesquisa semanal da XP

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Ensino Superior 2022, parte 3 de 6 no Minuto Fepesp: Para vencer o impasse na campanha salarial do Superior, nós oferecemos uma mediação profissional e isenta. O patronal recusou. Fogem da mediação. Não tem argumentos para sustentar sua intransigência. E, por isso, vamos à assembleia no dia 15 – com a sua falta abonada!
Assista agora no YouTube.

  

 

Ensino superior: patronal recusa mediação, impede dissídio, gera impasse
Fepesp; 09/06
https://bit.ly/3acLKlj

Na sessão de negociações realizada na quarta-feira, 08/06, os representantes das instituições de ensino superior privadas deixaram as aparências de lado e afirmaram, pela primeira vez, que não pretendem repor a defasagem da inflação nos salários de pessoal administrativo e de professores. Reclamam da economia (e até da guerra no outro lado do mundo!)  para chorar suas dificuldades – apesar das mensalidades terem sido reajustadas e das matriculas estarem em alta (veja aqui).

Para superar o impasse, o coordenador da comissão de negociação dos sindicatos integrantes da Fepesp, Celso Napolitano, propôs que nossas reivindicações por reajuste salarial e condições de trabalho fossem examinadas por um mediador profissional e isento (veja aqui). Mas isso também foi recusado pelo lado patronal. A possibilidade de dissídio, com julgamento pelo TRT, também foi recusada pelas mantenedoras e, pela lei, se não há comum acordo entre as partes, não há possibilidade de dissídio.

Por que o patronal se recusa a tanto? Por um motivo simples: eles não tem argumentos para justificar sua intransigência, eles não tem moral para negar o reajuste salarial justo aos seus profissionais.

 


CAMPANHA SALARIAL 2022

MG: greve dos professores da rede particular continua, ‘Não avançou nada’
Estado de Minas; 09/06
https://bit.ly/3tsaVar

Reunião nesta quarta-feira (8/6) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) determinou a continuidade da greve dos professores, iniciada na segunda-feira (6/6). De acordo com Newton de Souza, diretor do Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro MG), a negociação “não avançou nada”.

Na próxima segunda-feira (13/6), às 10h, haverá nova rodada sobre a continuidade do movimento na ALMG . Segundo Newton de Souza, foi discutido nesta quarta-feira, além do reajuste de 5% proposto, mais 1% em outubro.

Os professores reivindicam recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada (19,7%) e um ganho real de 5%, bem como manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e regulamentação do trabalho virtual.

 

“NOVE-JOTA”

Cortes de Bolsonaro na educação provocam dia de protestos de estudantes e trabalhadores
Rede Brasil Atual; 09/06
https://bit.ly/3OamMSu

Estudantes e trabalhadores foram às ruas em diversas localidades do país nesta quinta-feira (9) para prostestar contra os novos cortes do governo de Jair Bolsonaro (PL) no orçamento do Ministério da Educação, que afeta as universidades, o ensino, a pesquisa e a ciência. Os atos foram convocados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e contaram com apoio de diversas entidades, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e partidos políticos de oposição.

Os novos cortes no orçamento do Ministério da Educação e a proposta, apoiada pelo governo, de cobrança de mensalidades nas universidades públicas mobilizaram os manifestantes, contrários aos ataques desferidos por Bolsonaro desde que tomou posse, em janeiro de 2019.

Cortes no orçamento da Educação geram protestos no Rio Grande do Sul
Correio Do Povo; 09/06
https://bit.ly/3xDevRv

A quinta-feira foi repleta de movimentações de estudantes de universidades públicas no país, contra os cortes de orçamento das instituições federais de ensino. Chamada de “9J”, a manifestação foi coordenada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), em parceria com a União Estadual de Estudantes (UEE) de diversos estados, incluindo o RS.

Estudantes e professores manifestam contra cortes na educação no Centro do Rio de Janeiro
O Dia; 09/06
https://bit.ly/3aNk3Qb

Dezenas de estudantes e professores fizeram um protesto pacífico na Candelária, no Centro do Rio, desde a tarde desta quinta-feira (9), contra os cortes na educação proposto pelo governo, que atinge as universidades federais e escolas públicas federais. No local era possível ver pessoas com cartazes com dizeres como: “Pobre formado derruba o estado”, “Educação não é gasto, é investimento”, “Vida, pão, vacina e educação”, “Não ao corte de verba”, entre outros.

Em Belém, ato público defende gratuidade da educação pública e é contra cortes nas instituições federais
G1; 09/06
http://glo.bo/39at5qd

Professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) fizeram um ato público em defesa da educação nesta quinta-feira (9) em Belém. Eles saíram em caminhada pela avenida Governador José Malcher. Os manifestantes defendem a gratuidade na universidade pública e são contra os cortes ao orçamentos das instituições federais de ensino pelo governo federal.

Brasília: em protesto pacífico, estudantes e professores manifestam contra cortes na educação
G1; 09/06
https://bit.ly/3tsHFQV

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto Federal de Brasília (IFB) e secundaristas participaram na manhã desta quinta (9/6) de ato convocado por movimentos e entidades estudantis. A concentração teve início por volta de 9h30, ao lado da Biblioteca Nacional de Brasília. Às 10h30, o grupo seguiu até o Ministério da Educação. Também participaram da manifestação docentes e servidores da unB e do IFB.

 

O NEGÓCIO DA EDUCAÇÃO

Setores de ensino e telefonia vencem disputa no STF
Valor Econômico; 09/06
https://bit.ly/3xFRSvS

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que instituições de ensino privado e operadoras de celular não precisam estender para os atuais clientes as promoções que são oferecidas aos novos. Três processos sobre esse tema foram julgados de forma conjunta em sessão plenária realizada nesta quinta-feira (9). duas ações foram ajuizadas pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen).

O representante da Confenen, José Roberto Covac, reforçou aos ministros que não faz sentido obrigar as faculdades a oferecer descontos que muitas vezes são concedidos a alunos carentes a outros alunos que não têm a mesma necessidade. Essa obrigação, frisou, poderia inviabilizar as promoções.

 

Metodista, nota conjunta: Plano de recuperação judicial e a deliberação em assembleia geral dos credores
Sinpro ABC; 09/06
https://bit.ly/3xFRSvS
Sinpro Campinas; 09/06
https://bit.ly/3MFmP7i

Como já reiteradamente divulgado e debatido, o plano de recuperação judicial (PRJ) proposto pelo grupo metodista, em curso na 2ª Vara Empresarial de Porto Alegre-RS, ao contrário do que a justa ânsia de ver satisfeitos seus créditos retidos pelas instituições de ensino que o compõem faz muitos acreditarem, não traz qualquer alento, nenhuma perspectiva de que isso venha se concretizar, ao menos em termos de definição de prazo, notadamente por sua última versão.

A assembleia geral de credores, com a finalidade de que decidam se aprovam ou rejeitam o PRJ, foi designada para os dias 10 e 24 de agosto próximo vindouro, respectivamente, primeira e segunda convocação. Será realizada em plataforma virtual, on- line.

Dada a insegurança sobre quando e quanto efetivamente receberão de seus créditos – veja pelo link www.encurtador.com.br/kzLN6 a nota explicativa sobre a nova versão do plano – e à inviabilidade econômico-financeira do PRJ, o único caminho seguro que resta aos/às credores/as trabalhistas para não ver esvaírem-se seus créditos de natureza alimentar, sem qualquer expectativa de retorno, é o da rejeição do PRJ,

 

SAÚDE

Covid-19: Afastamento de alunos por pouco tempo preocupa professores em SP
yahoo!noticias; 10/06
https://bit.ly/3QqPcJV

O afastamento de alunos do ensino médio de uma escola estadual da zona oeste de São Paulo por apenas quatro dias após a confirmação do contágio pelo novo coronavírus vem preocupando professores e profissionais da rede pública de ensino.

O problema começou nesta semana, quando dois alunos do Ensino Médio foram à UBS Jardim D’Abril, na região do Rio Pequeno, onde o teste rápido de antígeno confirmou a suspeita de contaminação. Lá, receberam na última quinta-feira (2) um atestado médico solicitando quatro dias de afastamento por motivo de saúde. Na última terça-feira (7) ambos já haviam voltado a dividir os espaços da escola com colegas e profissionais.

O protocolo seguido por todas as instâncias de saúde atualmente é um mínimo de sete dias de isolamento para os pacientes confirmados. “No mínimo solicitamos cinco dias, realizando um novo teste ao final disso, ou sete dias com a liberação caso não haja nenhum outro sintoma, como febre”, explica a infectologista Natasha Nicos, participante do Projeto S, que estudou o efeito da Coronavac na totalidade da população de Serrana, no interior paulista, que reforça:

“Apesar de o pico da variante Omicron ser mais rápido, por sete dias a pessoa ainda está transmitindo o vírus”.

 

 

 

Quem tem medo de pesquisas eleitorais?
Nexo; 09/06
https://bit.ly/3myRHMb

Resultados de levantamentos podem servir como mecanismo de coordenação. Ao saber que outras pessoas também estão pensando em votar num candidato, você pode acabar optando por ele.

Clientes bolsonaristas da XP Investimentos pressionaram a corretora para que os resultados de uma nova pesquisa eleitoral não fosse divulgado. Isso parece esquisito já que o único motivo pelo qual uma corretora teria incentivos para fazer pesquisas eleitorais seria para informar seus tomadores de decisões e clientes. Imagino que essa informação sirva para que eles tomem melhores decisões financeiras. Então por que a corretora e alguns de seus clientes acreditam que menos informação é melhor do que mais informação?

O medo deles é que o resultado de uma pesquisa eleitoral que seja muito desfavorável ao seu candidato possa afetar o resultado final da eleição de outubro. Ou seja, que ao saber que Lula está próximo de ganhar a eleição no primeiro turno mais pessoas apareçam para votar e outras mudem seu voto de forma estratégica para derrotar Bolsonaro logo de cara. Mas será que isso faz sentido? Uma pesquisa que mostra que um candidato está na frente pode fazer com que as pessoas decidam votar nele?

Apesar de existir uma vasta evidência empírica com experimentos de laboratório mostrando que indivíduos respondem à competitividade eleitoral, até pouco tempo atrás a evidência com dados reais era limitada e muitos economistas e cientistas políticos não acreditavam que eleições concorridas pudessem explicar a decisão de votar. Um trabalho recente do economista Leonardo Burztyn e coautores traz uma nova luz para esse debate. Os autores usaram dados de alta frequência de pesquisas eleitorais na Suiça e diversas votações em referendos. Eles descobriram que a informação de que uma eleição será apertada afeta de forma significativa a decisões dos eleitores de se deslocarem para votar. Os dados mostraram que o efeito de pesquisas eleitorais é magnificado quando jornais locais usam essa informação em suas notícias, como seria esperado. É claro que no Brasil o voto é obrigatório então esse fenômeno tende a ser menor. Mas mesmo assim ele pode ser relevante. Primeiro porque as taxas de participação em eleições caíram na última década. Segundo porque grupos de jovens, em que o voto não é obrigatório, podem fazer uma grande diferença em uma eleição apertada.

Mas não é só na decisão de votar ou não que pesquisas de opinião podem ter efeito. Temos ampla evidência empírica de que um grande grupo de eleitores vota de forma estratégica. Ou seja, muitas vezes vota em um candidato que não seria sua primeira opção para evitar que o outro que está muito longe de sua preferência ganhe. Nesse contexto, resultados de pesquisas eleitorais podem servir como mecanismo de coordenação. Ao saber que outras pessoas também estão pensando em votar num candidato, você vota por esse candidato.

 

Lula mais honesto do que Bolsonaro põe fim a pesquisa semanal da XP
Blog do Noblat; 0/06
https://bit.ly/3H95l2a

Era uma por semana até o fim das eleições. Agora, será uma por mês. Os bolsonaristas detestaram a mais recente que mostrou Lula com um índice maior de eleitores que lhe conferiram a condição de o mais honesto. E, pior: mais honesto do que Bolsonaro.

Por telefone, como sempre faz, o Ipespe ouviu mil eleitores de todas as regiões do Brasil entre 30 de maio e 1º de junho. Uma das perguntas foi sobre os atributos de cada candidato. Lula aparece como o mais honesto, derrotando Bolsonaro por 35% a 30%.

Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, parlamentares e seguidores do presidente da República pediram punição pelo que chamaram de “pesquisa falsa” e pregaram, inclusive, que bolsonaristas fechem suas contas na XP. Aí deu ruim.

A corretora não aguentou a pressão e recuou. Mais vale dinheiro no bolso do que independência e desejo de servir ao distinto público.

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